Concordo com praticamente tudo aquilo que foi escrito no texto acima, há exepção de uma pequena coisa. Segundo aquilo que ouvi, o Dr. Álvaro Baptista não foi excluído de nada, pelo contrário ele auto-excluiu-se, visto que há vários anos que nenhum trabalho faz para câmara de Abrantes. Sim ele é excelente na área, e provavelmente o melhor, mas não foi citado nesse trabalho, porque não participou nele. De resto concordo. A escavação em torno do castelo foi vergonhosa e o IGESPAR, deveria ter interferido.
Cara Margarida:
Desculpe o atraso em responder-lhe. Estamos de acordo em quase tudo e suponho que depois dalgumas novidades que espero tenhamos tempo para publicar aqui, que continuemos de acordo.
Publicarei na segunda-feira um texto do Álvaro Batista, que espero que faça alguma luz sobre o afastamento deste distinto arqueólogo desses cursos onde se confunde o cu com as calças (desculpe a expressão) ou seja Decio Junius Brutus com Gualdim Pais.
Mas acho que não é o Álvaro que se afastou, acho que afastaram o Álvaro.A quem faz confusões que dariam um chumbo liminar na quarte-classe, era melhor mandá-los ler os clássicos, começando pelo Plínio, mas vou-me contentar com o prestigiado discípulo de João Manuel Bairrão Oleiro, o Prof. Alarcão, da Universidade de Coimbra, que apesar de desconhecer alguns pormenores dos meandros da arqueologia local diz acertadamente o seguinte (...)'' A estátua (Souza, 1990, p. 53, n.º 147), feminina e acéfala, foi achada nos inícios do século XX no interior da igreja de Santa Maria do Castelo, a um metro de profundidade, numas escavações que então se fizeram (...)'' e remete como fonte para este autor: '
SOUZA, V. (1990) -Corpus Signorum Imperii Romani, Portugal. Coimbra: Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras
Como é o que V.Souza escrevendo em 1990 sabia isso ? Incluindo a profundidade a que estava a estátua?
Passo a citar directamente Diogo Oleiro no ''Abrantes Cidade Florida'', página 9: '' No interior da Igreja de Santa Maria do Castelo, à profundidade de cerca de um metro, apareceu uma estátua romana descabeçada, que se encontrava em posição horizontal e actualmente está exposta no Museu, como uma das suas mais valiosas peças'' (....)
Isto é o V.Souza repete apenas o que disse Diogo Oleiro. Na página 63 acrescenta Oleiro '' estátua romana descabeçada, de mármore lindamente drapejada, um dos raros exemplares daquela época entre nós'' (...).
O Prof. Bairrão Oleiro descreveu longamente a estátua em artigo já aqui publicado onde inclusive diz a data em que se achou a estátua : 24 de Outubro de 1911.
Como é que o Prof. B.Oleiro sabia isso? Em 1911 não tinha nascido.Naturalmente porque o pai dele, Mestre Diogo Oleiro o tinha apontado, e as inúmeras fichas e apontamentos que fez sobre arqueologia abrantina estão como já disse aqui, num sítio que eu sei e também o sabem alguns dos curiosos que escrevem no Jornal de Alferrarede sobre arqueologia local.
De maneira que o Professor Alarcão devia ter citado o que foi seu Professor e antecessor na direcção da estação de Conímbriga, e certamente não o fez apenas por não ter à mão o recorte aqui publicado.
Publica-se de seguida uma grande foto duma estátua romana de Santa Maria do Castelo da autoria do nosso amigo Cidadão Abt.
Cara Margarida, desculpe ter sido tão prolixo a responder-lhe, mas de facto há coisas lamentáveis: o blogue (interessante) do Sr.Oliveira Viana diz isto:
O que está a vermelho é igual a
e é da autoria do Professor Alarcão, o Sr.Oliveira Viana esqueceu-se de lá meter umas aspas e de citar o autor da frase, que por certo foi professor na EICA abrantina nos seus inícios.
Bom Sábado
MN
PS- A foto da estátua encontrada no Castelo é do Senhor Camilo, que além de distinto sportinguista, montou uma barbearia toda verde, onde eu fui cliente e educado nos verdadeiros valores desportivos ou seja na crença inabalável que o SCP é o melhor...
É incrível a ignorância das pessoas sobre a sua própria terra. Não é só em Abrantes.
ResponderEliminarBom dia!
Também fiquei pasmado...
Responder¡¡Eu creio,embora não seja isento, que no Norte há mais conhecimento, interesse e amor às coisas da terra.