Celebrou-se ontem o Dia Nacional dos Centros Históricos. Esperámos para ver se havia alguma iniciativa particular ou municipal. Não há notícias delas. É natural o programa da maioria socialista é dar cabo do Centro Histórico abrantino com o projecto do Carrilho da Graça, face à indignação da elite abrantina, da opinião culta e dos instrumento de planeamento urbanistíco aprovados.
Estamos certos que o licenciado Carrilho da Graça aprecia muito as opiniões estéticas de Ceacucescu que destruiu Bucareste em nome da arquitectura científica estalinista.
''Introdução
As cidades, vilas e aldeias portuguesas têm sofrido, nas últimas décadas,diversas pressões e dinâmicas urbanísticas. Uma das consequências da terciarização da nossa economia tem sido a descaracterização das zonas urbanas tradicio nais.A par da desertificação populacional das zonas históricas das povoações,têm ocorrido diversos atentados à har monia da herança histórica,cultural e social. Grandes edifícios, pouco contextualizados, têm tirado lugar a símbolo vivos do nosso passado.Parte do nosso património arquitectónico tem sido destruído, ao passoque os novos edifícios nem sempre têm respeitado a paisagem urbana.É nosso propósito construir mecanismos de Defesa, Salvaguarda, Valorizaçãoe Promoção do Centro Histórico de Abrantes e Rossio ao Suldo Tejo.É nossa intenção preservar e recuperar o Património existente bem como definir regras específicas para as novas edifica ções. Mais do quecondicionar e proibir certas realizações, pretende -se fornecer alternativasde reabilitação urbana.É nossa intenção ainda, que o presente Regulamento não seja visto como redutor da iniciativa dos promotores, mas antes como um instrumento de gestão didáctico a divulgar, cumprir e fazer cumprir, disciplinandoas intervenções futuras nas zonas históricas de Abrantes e Rossio ao Sul do Tejo.''
Quem ler não pode deixar de concluir que a intenção do legislador e dos deputados municipais que o aprovaram foi a de impedir barbaridades como as que vamos ver:
As imagens desta fotomontagem divulgadas pelo PSD abrantino são da responsabilidade da arquitecta Beatriz Noronha e mostram bem o impacto desastroso da megalomania do licenciado Carrilho da Graça no tecido urbano da Cidade.
Estamos à espera (e a paciência esgota-se) que os edis do PSD sejam consequentes com as promessas eleitorais e tentem encontrar uma solução política para este assunto, passe ele pela reformulação do projecto, passe pelo afastamento pura e simples de Carrilho da Graça
devido às irregularidades do projecto e dos contratos formulados com o seu atelier.
Se não houver solução política, haverá outras que poderão passar pela responsabilização dos responsáveis, incluindo os funcionários e técnicos municipais que intervieram no processo.
E naturalmente os políticos.
E agora a descrição do SIPA:
Núcleo Urbano de Abrantes |
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IPA |
Conjunto |
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Nº IPA |
PT031401110084 |
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Designação |
Núcleo Urbano de Abrantes |
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Localização |
Santarém, Abrantes, São João |
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Acesso |
A1 (93 km, saída 7, Abrantes/Torres Novas), A23, E806 (38 km, saída Abrantes / Rio de Moinhos), N3 (à esquerda), o centro de Abrantes localiza-se a cerca de 1,5 km. |
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Protecção |
Inclui Igreja de Santa Maria do Castelo (v. PT031401130001), ZEP Igreja de São Vicente (v. PT031401130002), Igreja de São João Baptista (v. PT031401130003), Fortaleza / Castelo de Abrantes (v. PT031401130004), Antigo Convento de São Domingos (v. PT031401130006), Casa da Câmara Municipal (v. PT031401130007), Igreja e antigo Hospital da Misericórdia de Abrantes (v. PT031401130011), Pórtico da Igreja do Convento da Esperança (v. PT031401130013) |
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Enquadramento |
Urbano. Abrantes situa-se sensivelmente no centro geográfico do país na região de Lisboa e Vale do Tejo e na transição do Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa. A cidade implanta-se à cota altimétrica de 210 m (castelo/ fortaleza), na margem direita do rio, cujo leito é bem visível dos seus pontos altos. Esta margem, ao invés da margem sul, apresenta um relevo mais escarpado, visível na descontinuidade do crescimento urbano. A cidade está a expandir-se essencialmente para NO., o Tejo representando uma barreira natural com uma envolvente a preservar. Actualmente, as povoações de Alfarrarede e do Rossio ao Sul do Tejo, incluídas no século passado nos limites urbanos da cidade, formam com Abrantes, um grande conjunto edificado, apesar da ruralidade ainda perceptível da envolvente. Alfarrarede, também na margem direita, e situada a NE., dista a uma distância inferior a 1 km da parte alta cidade; recebeu no séc. 19, o comércio grossista de Abrantes. Na margem esquerda, passando a ponte rodoviária, a 1,5 km e com um povoamento bastante contínuo ao longo do eixo de acesso, situa-se a povoação do Rossio ao Sul do Tejo (ou Rossio de Abrantes), zona de expansão da cidade, que se prolonga para os Bairros do Carvalhal, Cabrito, Bairro, Arrifana e Maiorca. Esta área, enquadrada pela ribeira de Fernão Dias, a E. e o rio Torto, a O., é praticamente plana. O Tejo tem um papel fundamental na agricultura da região, cujo porto fluvial foi desde cedo um incentivo à produção cerealífera, vinícola e oleícola, observando-se em todo o concelho uma vasta herança patrimonial agrícola (lagares e engenhos) e grandes quintas de produção. Da ponte rodoviária é visível o conjunto de pilares, os Mourões, pertencentes a uma antiga ponte de Barcas, do séc. 19 (v. PT031401090005). |
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Descrição |
Núcleo urbano adaptado à encosta, com fundação no castelo situado no topo de colina e com crescimento para as encostas mais favoráveis, de SO. para SE.. Malha orgânica junto ao castelo, de raiz medieval e de configuração radioconcêntrica, caracterizada por vias estreitas e sinuosas e por quarteirões compactos com lotes estreitos e quintal nas traseiras, com muro a confrontar a rua de trás. Os três conventos da vila (São Domingos, v. PT031401130004, da Esperança, v. PT031401130013, da Graça, demolido), edificados no séc. 16 e situados em limites opostos (SE. e NO) foram estruturantes para o crescimento da malha setecentista, mais recticulada mas igualmente adaptada à morfologia do terreno, que se juntou harmoniosamente à malha já existente. Esta transição, de NO. para SE., faz-se pelo eixo da Rua Corredoura (actual Rua Marquês de Pombal) / Rua do Bacharel (Rua D. João IV) / Rua Nossa Senhora do Socorro (Rua Tenente Valadim). Nos topos deste eixo, os Conventos da Esperança e o Colégio de Nossa Senhora de Fátima, a NO., e o conjunto da Santa Casa Misericórdia e o convento de São Domingos, a SE.. Perpendicularmente e menos demarcado em planta, um eixo domina, atravessando os vários largos e praças da cidade, também estruturantes que, apesar de diferentes na sua configuração, são semelhantes na sua vivência (espaços de lazer e sem trânsito rodovário). É definido, de SO. para NE., pela Rua das Pousadas (actual Rua Nossa Senhora da Conceição), a Praça da Palha de Baixo (actual Praça do Barão da Batalha), a Praça da Palha de Cima (actual Largo Dr. Ramiro Guedes), a Rua Avelar Machado "fechando" na Praça do Concelho (actual Praça Raimundo Soares), onde ainda se localiza o centro político e administrativo da vila, representado na Casa da Câmara Municipal, construída no séc. 16 (v. PT031401130007). No séc. 20, a zona envolvente ao Largo da Feira foi urbanizada, desaparecendo o olival da vila. Aí se encontram os equipamentos de Abrantes (mercado, tribunal, repartição de finanças e conservatória). Já fora do centro histórico implanta-se destacado o Hospital, e a zona residencial junto da Alameda de Santo António, a O., preenchida com a demolição da muralha. Esta área caracteriza-se por quarteirões alongados, no sentido da encosta, por lotes de maior dimensão, alguns com moradias. A S., na Praça da Palha de Cima (actual Largo Dr Ramiro Guedes), de confuguração triangular, é visível a transição de malhas; daí partem vários eixos viários, originando quarteirões de configuração rectangular, que dão acesso ao Largo da Feira. Actualmente, resultado do relevo escarpado onde se implanta a cidade, o crescimento urbano é bastante descontínuo, ao longo dos eixos viários de acesso à vila. Devido à sua localização geo-estratégica, Abrantes torna-se no séc. 19, numa das praças fortes mais importantes do país, tendo sido fortificada (cf Planta de 1817) depois da primeira invasão napoleónica. Os testemunhos que restam hoje resumem-se ao pano de muralha abaluartado do castelo, ao reducto de São Pedro (Jardim do Castelo e Rua dos Quinchosos) e aos panos muralhas de Santo André (Rua da Barca e Ladeira dos Quinchosos), de São Domingos (junto ao convento), do Adro Velho (nas traseiras da Igreja de São Vicente) e de São Francisco (Rua de São João Baptista de Ajudá e Rua Defensores de Chaves). O recinto do castelo / fortaleza, de forma sensivelmente oval e abaluartada a S.., hoje ajardinado, encerra torre de menagem (v. PT031401130004), a Igreja de Santa Maria do Castelo (v. PT031401130001), do séc. 14, actual museu municipal D. Lopo de Almeida, e o palácio dos Governadores. A Rua do Castelo (actual Rua Capitão Correia de Lacerda) é a principal via de acesso ao castelo, bastante alterada (observável na largura da via e nos lotes que foram sendo urbanizados, assim como nas casas do séc. 19 e habitações plurifamiliares do séc. 20); é provalmente uma das mais antiga da vila, a par da Rua Nova e da Rua Grande. Faz a ligação do mesmo à Largo da Ferraria, onde se encontra sobrelevada a Igreja de S. Vicente (v. PT031401130004). Deste largo distribuem-se, radialmente: a Rua Grande, que dá acesso à Igreja de São João Baptista (v. PT031401130003) e à Rua da Barca, que ligava a cidade ao rio (ainda com o pavimento urbano em seixo rolado); a Rua Nova, a Rua dos Oleiros (actual Rua Maria de Lurdes Pintasilgo) que liga à Praça do Concelho; a Rua de São Vicente (actual Rua dos Combatentes da Grande Guerra), que dá acesso ao Largo de São Pedro, onde se implanta destacado o Cine-Teatro São Pedro, construído no local da igreja com o mesmo nome. Terá sido na Rua da Boga (actual Rua dos Condes de Abrantes), que se situou a judiaria da vila, nos séc. 14 e 15. Os espaços públicos do centro histórico, com excepção do jardim da República, antigo Rossio, e do Largo Actor Taborda, caracterizam-se pelo despojamento de árvores, que aliás não desempenham um papel relevante na cidade, como acontece nas núcleos urbanos de origem medieval. Nos séc. 19 e 20 fizeram-se alguns arranjos paisagísticos (Largo do Barão da Batalha e Rossio). A O., e já fora do limite do centro histórico, o Campo de Santo António (onde entraram as tropas francesas), actual Parque de Santo António, foi adaptado a espaço lúdico na década de 40 do século passado, é a única área verde de grandes dimensões da cidade. A zona comercial da vila localiza-se a SO. da Praça do Concelho, destacando-se o espaço urbano de lazer da Praça da Palha de Baixo. A arquitectura residencial corrente caracteriza-se por casas unifamiliares e plurifamiliares de 2 e 3 pisos em alvenaria de xisto, com escada interior lateral, iluminada por óculo. Destacam-se algumas casas abastadas, que seguem o alinhamento da rua (Rua Grande), assim como moradias, do século passado, algumas da autoria de Raul Lino (Casas na Rua Tenente Valadim, Rua Luís de Camões, Rua de S. Pedro, Rua de Santa Isabel e r. D. Afonso Henriques). Na decoração das fachadas predominam as molduras em argamassa e os cunhais, caiados com pigmento amarelo. As chaminés, por vezes datadas e perpendiculares à fachada principal destacam-se nos pontos altos da cidade. |
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Descrição Complementar |
Não definido |
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Utilização Inicial |
Militar / Cultual / Residencial |
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Utilização Actual |
Residencial / Comercial / Cultual |
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Propriedade |
Pública: estatal, municipal / Privada: Igreja católica, Misericórdia |
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Afectação |
CMA (Igreja de Santa Maria do Castelo) |
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Época Construção |
Séc. 12, 14, 17, 20 |
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Arquitecto | Construtor | Autor |
Manuel de Sousa Ramos, Coronel (renovação das fortificações) |
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Cronologia |
1148 - conquista de Abrantes aos mouros, fundação da Igreja de São Vicente; 1173 - é doado o castelo de Abrantes e o seu termo à ordem de Santiago; 1176 - D. Afonso Henriques doa o canal de pesca de Abrantes ao mosteiro de Lorvão; 1179 - repelido ataque Abrantes. Concessão de foral, por D. Afonso Henriques; 1215 - edificação da igreja de Santa Maria do Castelo; 1217 - D. Afonso II confirma o foral concedido em 1179; 1240 / 1243 - Doação de a Abrantes D. Mécia Lopes Haro, mulher de D. Sancho II; 1250 - o Concelho obriga-se perante D. Afonso III a reconstruir o castelo, à sua custa; 1281 - concessão, por D. Dinis, do senhorio de Abrantes a D. Isabel; 1300 - edificação da Igreja de São Baptisata, pela Rainha D. Isabel; 1300 - no reinado de D. Dinis, edificação da torre de menagem e reforma dos muros do castelo; 1385 - D. João I parte de Abrantes para a Batalha de Aljubarrota; 1386 - primeira referência documental da Rua do Castelo (actual Rua Capitão Correia de Lacerda); 1372 - doação a D. Leonor Teles; 1392, 22 Outubro - primeiro documento que refere a Judiaria de Abrantes (arrendamento pelo vigário e os raçoeiros da Igreja de S. Vicente, de uma casa na Judiaria); 1385, Abrantes é ponto de encontro entre as tropas de D. Nuno Álvares Pereira e de D. João I, antes da partida para a Batalha de Aljubarrota; 1476, 13 Junho - D. Lopo de Almeida é nomeado primeiro conde de Abrantes; 1483 - fundação do Hospital de São Salvador; séc. 16 - data de construção dos conventos de S. Domingos e da Graça (demolido); 1506 - nasce em Abrantes o infante D. Luís, filho de D. Manuel, que aí terá permanecido durante cerca de 20 anos, refugiando-se da peste que se fazia sentir em Lisboa; 1506 / 1507 - nascem em Abrantes, no antigo Paço Real, os infantes D. Luís e D. Fernando, filhos de D. Manuel; 1509 - início da constrição do convento de São Domingos; 1518 - A 10 de Abril é concedido foral a Abrantes, por D. Manuel; séc 16 - contrução dos Conventos de Nossa Senhora da Esperança (demolido) e de São Domingos; 1548 - provável datação da Igreja da Misericórdia; 1605 - construção da actual câmara municipal, autorizada por Filipe II, conclusão em 1609; 1641 - após Lisboa, o povo de Abrantes aclama D. João IV, em prova de gratidão este intitula Abrantes de "Notável Vila de Abrantes", separando-a da Comarca de Tomar; 1663 - D. Afonso VI manda efectuar um estudo da fortificação e ao seu levantamento topográfico; séc. 18 - criação da Legião de Alorna, sob o comando do marquês de Alorna, início da fixação de guarnições permanente na vila; 1771 - Marquês de Pombal manda plantar amoreiras em Abrantes, para incremento da indústria nacional da seda, até ao início do séc. 19, o comércio fluvial era a principal actividade económica; 1789 - chegada a Abrantes da Legião de Alorna (3000 homens), enquanto não é construído um quartel no antigo fosso do castelo, fica alojada nos conventos de S. Domingos e de Santo António; 1807, 24 Outubro - primeira invasão napoleónica, comandada pelo general Junot; 1809 - projecto de fortificação da vila, não executado, do capitão de engenheiro inglês Pacton; a fortificação, adaptada aos limites da vila, é dirigida pelo coronel Manuel de Sousa Ramos; Abrantes resiste à segunda e terceira invasões francesas, tornando-se num dos principais depósitos de munições e de víveres; as freiras dominicanas abandonam o convento da Esperança, cujo edifício fica comprometido pelo traçado da fortificação (são transferidas para o mosteiro de Via Longa); 1810 a 1830 - Igreja de S. Vicente convertida em paiol; 1834 - metade da Rua da Amoreira, que se prolongava até à Tv. do Tem-te-Bem, foi posta à venda; 1863 - a linha ferroviária do leste chega a Abrantes; 1870 / 1889 - conclusão das 2 pontes sobre o Tejo; 1891, a partir de - transferência do comércio grossista para o sítio de Alfarrarede, com melhores acessos e maiores áreas; séc. 18, finais - desenvolvimento da industria da seda, resultado política reformista do Marquês de Pombal; realçaram-se as freguesias de Mouriscas, Rio de Moinhos e Abrançalha. A vila vai perdendo a sua vertente militar; Séc. 20 - Abrantes perde importância militar, com o advento de novas técnicas. Hoje, existe apenas uma guarnição simbólica; 1900 - construção da Praça de Touros; 1909, 2 Maio - instalação da energia eléctrica na cidade; 1916, 14 Junho - elevada a cidade; 1921 - inauguração do Museu regional D. Lopo de Almeida, situado na Igreja de Santa Maria do Castelo; 1933 - construção do mercado diário; séc. 20, anos 50 - demolição de prédios oitocentistas, para construção da Caixa Geral de Depósitos, no Largo Dr Ramiro Guedes; séc. 20, anos 50 - demolição da Casa do capitão-Mor (Rua 17 de Agosto / Praça do Barão da Batalha), construção do edifício do "Café Pelicano", com 5 pisos; 1947 - primeiro plano de urbanização (parte alta da cidade), do arquitecto urbanista suíço De Groër; 1949 - construção do cine-teatro São Pedro no lugar da igreja com o mesmo nome, demolida em 1943; séc. 20, década 60 - abertura da Rua de Angola, para ligar o centro histórico, na Rua Marquês de Pombal à Av. 25 de Abril; 1962 - plano de urbanização, abrangendo Alfarrarede, do eng. Barata da Rocha; 1996 - inauguração da Galeria municipal de Arte; na Praça Raimundo Soares; 2001 - concelho tinha 42235 habitantes; 2001 - inauguração do Centro de Divulgação de Tecnologias de Informação no Alto de Stº António; 2005, 1 Junho - publicação em DR 1ª Série B, nº 127, do PDM de Abrantes. |
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Tipologia |
Vila fundada no topo de outeiro onde se implanta o castelo do séc. 12. O crescimento urbano, adaptado à morfologia do terreno, deu-se para S., nas encostas mais favoráveis. Malha urbana de origem medieval, de configuração radial em torno do castelo e da igreja de São Vicente. Recurso ao escalonamento para vencer o declive, visível nos muros de suporte de alguns largos e nas soluções arquitectónicas dos lotes, onde os muros dos logradouros confrontam as ruas. A construção dos conventos de São Domingos e da Esperança., situados em eixos opostos, deu origem à malha que os envolve. Urbanizações ocorridas em meados do séc. 20 completam os limites O. e S. do centro histórico. |
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Características Particulares |
Devido à sua localização estratégica junto ao Rio Tejo e à sua implantação no topo de uma colina, abrangendo todo a a envolvente, Abrantes teve desde a fundação de Portugal, um importante papel na defesa do território. Durante as invasões napoleónicas, após a primeira invasão, foi fortificada nos seus limites, resistindo e tornando-se numas das praças-fortes desta época. Malha urbana medieval de configuração radio-circular bem preservada. |
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Dados Técnicos |
Paredes autoportantes. Paredes estruturais em alvenaria de pedra (xisto) rebocadas com argamassa de cal e areia e caiadas. Paredes interiores em tabique ou tijolo burro, estrutura entre pisos com vigamento em madeira, coberto com soalho. Coberturas de 2 águas revestidas a telha de canudo e rematadas, na fachada principal, com cimalha. Elementos decorativos em argamassa caiados com pigmento amarelo, sacadas com guardas em ferro forjado. Caixilharias em madeira com desenho arredondado que caracteriza a cidade. Pavimentos urbanos em seixo rolado, parelipípedos de granito e calçada portuguesa. |
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Notas:
O texto é da responsabilidade da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais e contém gralhas e alguns erros históricos, mas como não somos censores, não o alterámos. Anotamos alguns que com o tempo desenvolveremos.
a) Não há prova que Afonso Henriques tenha conquistado Abrantes no dia referido. A história da Ordem de Santiago é bastante mais complicada.
b) Isabel de Aragão não fundou a Igreja de S.João em 1300. A Igreja já existia cem anos antes, como explicámos um dia destes.
c) O Convento da Esperança não foi demolido a não ser parcialmente. Foi profanado para montar o teatro Taborda e alvo de obras de recuperação ilegais dirigidas pelo Padre José da Graça com a benção ilegal camarária de Humberto Lopes. Não tinham autorização do IPPAR. Como recompensa mais tarde Lopes foi nomeado Director da Nova Aliança A façanha estava punida pela Lei, mas o único punido foi o Sr. Estronca morto num acidente de trabalho durantes as obras.
d) Falta menção ao plano de urbanização do Rossio de Castel-Branco e de D.Fernando Távóra E a mais instrumentos de planeamento urbanístico.
e) Faltam casas de Raul Lino (nas Barreiras de Tejo-2). Há alguma que não temos a certeza da sua atribuição.
f) A Azinhaga do Baptista parece-nos que foi já aberta em finais de 60.
h) O péssimo PDM que a CMA entregou a um grupo de incompetentes, recusando Duarte Castel-Branco que fizera os da Covilhã e do Porto, é de 1995 e é quase tão medíocre como o foi Presidência do homem que o fez aprovar. A delimitação da REN é de 2002.
i) Não se assinala o nascimento de João Pico, do Padre do Pinhal (e as suas visões) e de Alves Jana.
j) Corrigimos os erros dactilográficos mas deixámos as evidentes gralhas sobre o PDM e o tonto de D.Afonso VI.
l) O mapa usado e publicado foi retirado do Livro do Arq. Santa-Rita Fernandes e os Senhores do SIPA podiam citar a fonte.
Agradecemos ao Padre rústico, mas que ainda estudou pelo manual liceal do Alfredo Pimenta, os seus comentários. Mas dizemos-lhe que modere a verve para as homilias e esteja calado sobre pedófilos nas outras freguesias que o Sr. Bispo zanga-se.
m) Não se referem edifícios notáveis em Alferrarede (Castelo da Marquesa) e Rossio (Palácio do Morgado da Omnia e Solar Caldeira)
Jota Pico volta a demonstrar que estudou muito bem a história dos Mesquitellas para que D. Gonçalo o nomeasse Regedor. Mas não teve sorte nenhuma.
Marcello de Ataíde e Dr.Miguel Abrantes
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