Segundo o ''Livro de Milagres do Santo Condestável'' um jovem do Sardoal, filho de Manuel Martins, estava possesso.
Tendo acorrido a várias romarias, não encontrava Santo que o salvasse, nem sequer Santo Anacleto, de forma que resolveu acorrer às graças de Nuno Álvares Pereira.
O Pai levou-o ao Santuário e deu-lhe de beber a terra ''onde jazia o Santo'' e com isso foi-se o demónio. (1)
O ''Livro de Milagres do Santo Condestável'' foi mandado compor por D.Duarte para preparar a canonização de Nuno.(2)
ma
(1)-112, Artur Filipe dos Santos Gonçalves, Pandemónios: Casos de Possessão demoníaca no Portugal Medieval,Tese na UNL, 2019, ,Tomo 2
(1) 25-Tomo 1
Quando começaram as campanhas de beatificação do Condestável D.Nuno Álvares Pereira, iniciaram-se naturalmente as recolhas de graças feitas pelo Santo aos fiéis.
Frei José Pereira de Santana recolhe na Crónica dos Carmelitas (ordem muito protegida por Nuno e a que se acolheu durante os últimos anos da sua vida, embora não tenha professado), editada em 1745, um delicioso milagre abrantino.
São múltiplos os milagres de Nuno contra vermes, lagartas e pulgões. Realmente a morte é chata, durante a sua longa e belicosa vida matou muito Nuno, matou castelhanos e portugueses bandeados por Castela à espadeirada, ou comandou hostes que chacinaram gentes dessas, já retirado no Carmo (convento com uma curiosa história abrantina, que aqui se espera contar), voltou Nuno a pegar na espada para matar sarracenos em Ceuta, quando ousaram, os Príncipes da Ínclitica Geração, dizer que estava velho e já não sabia matar.
Mas eis que depois de morto, Deus Nosso Senhor o reduz a matar o pulgão ou a ser a versão celeste dos pesticidas.
Aposto que se Nuno soubesse isto, tinha preferido ficar no Purgatório.
ma
Fico à espera que o cónego das seringas envie um cartão a SMF el-Rei D.Duarte III
agradecenço a mercê.
Fico à espera que o Conselho Régio lhe passe o competente alvará.
Se o Graça é capelão real deixa de ser cónego, segundo o convite da Confraria, terá sido despromovido por Sua Excelência Reverendíssima, D.Antonino ou está em transição para Monsenhor?
ma
Dizia a revista, era para ouvir Rádio Berlim e escutar que os palermas dos nazis iam ganhar a guerra!
O amigo deles
prometia, mas não tinha dinheiro para financiar a obra
contratou o arquitecto, aliás de renome
o arquitecto fez o projecto
pediu dinheiro a Salazar (carta já aqui publicada)
mas o monumento só seria construído no final dos 60 por Duarte Castel-Branco e Lagoa Henriques, por encomenda de Agostinho Baptista (que foi partidário da ala da União Nacional de H.Augusto)
talvez um dia destes se reproduza aqui o projecto, que realmente era dum arquitecto de grande prestígio e obra notável (não um carrilho qualquer)
MN
créditos: foto do hitleriano de São Miguel, blogue do dr.Rui Lopes, extracto de documento
foto do Outeiro: publicada por Diogo Oleiro numa revista nacional em 1942, desconheço o fotógrafo, deixo aos ''historiadores'' oficiais o trabalho de identificarem a publicação
Tubucci
Os deuses parecem estar zangados. Já por várias vezes este blogue assumiu as vestes negras do obituário, o que tanto pode querer dizer que os acidentes da vida o provocam ou que este vosso amigo tem amizades no escalão etário mais propenso a estes desenlaces.
A leitura do Público de hoje trouxe-me a notícia do falecimento do Professor e Arquiteto Duarte Castel-Branco e isso transportou-me num flash-back súbito para uma época da minha vida profissional que me deixou imensas recordações de prazer intelectual e sobretudo de fruição da companhia de gente muito inteligente, culta e intelectualmente sobressaltada, que ajudou a formar o que sou hoje, para o bem e para o mal.
(Duarte Castel-Branco)
A história do meu contacto com o aristocrata, professor e arquiteto Duarte Castel-Branco conta-se de modo singelo.
O Duarte, como lhe chamávamos, tinha assinado talvez o contrato da sua vida com a Câmara Municipal do Porto, como urbanista encarregado da revisão do Plano de Ordenamento da Cidade do Porto, que havia de transformar em Plano Diretor da Cidade, na era se bem me recordo de Paulo Vallada e do seu Vereador Carlos Brito. Como homem de escala, Duarte Castel-Branco convenceu a CMP a constituir uma equipa da sua confiança, capaz de interagir com os serviços de urbanismo e outros, equipa essa que seria instalada num palacete para os lados de S. Roque, onde funcionavam uns serviços camarários cuja função já se me varreu da memória. A equipa, na qual um então ainda jovem António Figueiredo fazia a sua incursão pioneira pelos domínios do urbanismo, integrava os seguintes elementos: Professor Arquiteto Lixa Filgueiras, Professor Doutor Pereira de Oliveira, geógrafo, então Diretor Regional da Cultura em Coimbra, Arquiteto Nuno Guedes Oliveira (que tinha estudado urbanismo com o Duarte no Centro de Estudos de Urbanismo e Habitação Engenheiro Duarte Pacheco) e meu grande amigo, Professor Doutor Nuno Grande que então dirigia as Biomédicas e aos quais ainda se juntavam gente mais nova como o Adriano Zilhão (sociologia), a Teresa Andresen (paisagismo e ambiente), assumindo este vosso amigo a pasta da economia, coordenando na prática os trabalhos de elaboração redatorial do Plano. Assomam na minha memória os almoços e reuniões de trabalho deste grupo de assessores do Plano, realizados no então Hotel Batalha do Porto, onde o ambiente de discussão, de crítica, de aventura intelectual, de turbilhão das ideias eram o elemento de união e de motivação de toda aquela gente, dos mais novos como eu e o Nuno Guedes até aos mais velhos.
Na altura, o Duarte Castel-Branco já não estava no auge da sua força intelectual e permanecia por vezes preso à convivência que teve em Paris com Henri Lefèvre. A interdisciplinaridade do grupo e o seu turbilhão de ideias acho que fizeram bem aquela fase da sua vida. O Duarte era um aristocrata ribatejano sempre devoto da Senhora sua mãe D. Maria Cristina e pude compreender esse contexto aristocrático no batizado de um dos seus netos, na sua propriedade de Abrantes mesmo à beira-Tejo.
Depois dos trabalhos do Plano do Porto, período em que regressou à sua conturbada Faculdade de Arquitetura de Lisboa, perdi-lhe o rasto, podendo registar apenas dois momentos bastante espaçados no tempo. O primeiro em sua casa na Defensor de Chaves em Lisboa onde fui certificar uns elementos curriculares ainda relacionados com o Plano do Porto. Lembro-me de à saída, numa tarde solarenga com aquela luz única de Lisboa, me ter dado boleia até à Baixa, já que se deslocava para Arquitetura ao Chiado. Não foi uma boleia qualquer. Foi uma boleia no seu Jaguar com motorista. Recordo-me da sensação de descer a Avenida da Liberdade numa viatura com motorista. O segundo momento, bem mais recente, foi na Conferência Ibérica dos Urbanistas, na Universidade da Beira Interior, Covilhã, creio que há três anos. O velho Duarte já não era o mesmo, mas pela mão do seu filho António, também professor em Arquitetura, assistiu a toda a conferência.
Do Duarte fico com aquela imagem da finura de espírito, do seu talento e cultura musical (a arquitetura talvez tenha furtado a vida de um pianista), a sua graça, a sua entrega à interdisciplinaridade, ao turbilhão das ideias e a sua elegância aristocrática. A ele devo ter podido trabalhar com um grupo tão entusiasmante.
Abrantes acolhe-o em paz, mirando seguramente o Tejo enquanto as notas perdidas de uma peça qualquer de Debussy lhe acalmam o espírito.
Publicada por António Figueiredo à(s) 21:54''
Interesse privado/acção pública com a devida vénia
No mesmo blogue há uma referência a uma personalidade local: '' notáveis menos nacionalmente mediáticos, e esta vez não constituiu exceção na pessoa da Presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque.'' Seria bom que a notável tivesse explicado a Freire e Sousa, o autor do post, que o monumento a Nuno, da autoria de Duarte Castel-Branco, com estátua (desaparecida) de Lagoa Henriques, foi deixado pela notável e edis associados assim:
foto António Almeida no blogue binttage.blogspot.com.es, com a devida vénia
E por muito que a notável encha as actas com elogios póstumos a Duarte Castel-Branco, também há actas em que os pedidos do Professor para que se defenda o Património da Cidade são tratados de forma mal-educada e são desprezados....
mn
D.Duarte de Bragança, Conde de Ourém, o título que Nuno arrancou em Aljubarrota, em Abrantes.
A Missa de S. Nuno de Santa Maria foi Presidida pelo Rev. Padre Frei Joaquim Rodrigues, monge carmelita.
mn
Foi um êxito a visita de D.Duarte à Igreja de S.João de Abrantes, que a sua antepassada Isabel de Aragão, mulher de D.Dinis de Portugal, o rei que trovou rimas e bastardos, plantou pinhais e fez a guerra, mandou ampliar e tomou sob sua protecção.
Tinha a Rainha Isabel o direito de padroado sob a Igreja ou seja indicar o Prior que presidia a 6 curas, porque a Igreja era Colegiada.
Em 1288, por graça da Rainha, era Prior João Eanes que não sabemos se tinha barregã ou seja amásia.
Pode ter tido, há uma escritura medieval onde outorgam os Priores de S.João e São Vicente para delimitarem as fronteiras das Paróquias, onde as barregãs respectivas são testemunhas.
Sabemos o nome delas.
Agora o Prior de S.João para outorgar escrituras sobre S.João leva outro tipo de testemunhas e declara não saber que a Rainha, que o Vaticano elevou aos altares, tornou S.João de humilde capela em grande Igreja.
Certamente que o Prior João Eanes, mesmo que tivesse barregã, não declaria isso a um tabelião de 1288, porque lhe custaria o cargo.
Isabel de Aragão podia ser Santa, mas não era tonta e exerceria justiça como Senhora da Vila. Não poderia no entanto mandar pendurar o Prior João Eanes numa corda à porta da Igreja ou castrá-lo, como fez o seu neto Pedro, o Cru, a certo escudeiro que na Vila de Abrantes abusara de uma mulher.
O Senhorio de Isabel tinha limitações, a pena de morte só podia ser ditada pelo Rei.
Ontem o Prior que ousou omitir o nome da Rainha Santa duma escritura prestou vassalagem a Duarte de Bragança e fez uma intervenção caracterizada pela falta de educação, incultura e ousadia.
Incultura, porque disse que Nuno, Conde de Ourém, antes de entrar em religião se despojara dos seus bens e os dera à Igreja.
É mentira.
Nuno sabia que não podia fazer isso. Nuno tinha uma filha, herdeira legítima, que não podia ser deserdada. Nuno entregou os seus bens à filha e entre esses bens estava o Castelo de Ourém, ainda hoje propriedade da Fundação da Casa de Bragança.
Nuno entregou à filha metade do Reino. E casou-a com Afonso, bastardo de
D.João I, que depois foi Duque de Bragança.
Nuno fez liberalidades com os seus bens, mas não os deu à Igreja.
Deu-os aos seus homens de armas que de Abrantes, abandonado um rei cobarde, marcharam com ele para a Jornada de Aljubarrota.
À Igreja que estava vendida a Castela, tratou-a Nuno como se deve tratar.
Do alto da Sé de Lisboa o povo e os homens de Nuno atiraram um Bispo vendido a Castela.
E como um rafeiro morreu o tipo e o povo de Lisboa ultrajou o seu corpo, como ultrajaria a Miguel de Vasconcelos, enquanto gritava : Viva o Mestre!
Foi ainda deselegante o Pároco com D.Duarte de Bragança. .
Que se esperava do homem que insultou, ingrato, Santa Isabel de Portugal?
Disse ainda o Prior, que não é infelizmente gago, ''que não se deve dizer mal das pessoas''.
Já terá feito penitência pela longa lista de insultos que dirigiu ao Sr Dr.Jorge Moura Neves Fernandes, nas páginas do Jornal de Abrantes, onde levou o correctivo merecido?
Em 1292 era Prior de S.João um gago..
Pena que o actual não seja também gago, poupava-nos a ouvir sandices.
mn
bibliografia Hermínia Vilar, Abrantes Medieval,
citação: o Arqueólogo Portugu[es XVI-XVIII
O Duque de Bragança participará amanhã numa missa, na Igreja de S.João, às 19h.
A missa é promovida pela Real Confraria de São Nuno e integra-se numa rota histórica de peregrinação aos locais onde Nuno, Condestável do Reino, protagonizou a gesta do combate a Castela que ameaçava a independência de Portugal.
Foto Homem Cardoso
É provável que o Duque, que condenou expressamente, nas páginas da Imprensa Nacional, o projecto da edilidade abrantina e do licenciado Carrilho da Graça
para construir uma torre gigantesca na cerca do mosteiro abrantino, visite o Convento de São Domingos e volte a expressar a sua condenação pelo atentado ao património.
mn
Acho que é a primeira vez que anunciamos uma Missa, mas tendo em conta que alguns membros da Confraria assinaram a petição e muito fizeram por ela.
Tendo em conta que D.Duarte de Bragança, nosso amigo, patrocina a Santa Missa
Tendo ainda em conta que a Missa é por Nuno
NUN`ALVARES
Pátria — é um palmo de terra defendida.
A lança decidida
Risca no chão
O tamanho do nosso coração,
E todo o inimigo que vier
Tem de retroceder
Com a sombra da morte no pendão.
Eu assim fiz,
Surdo às razões da força e da fraqueza.
(A liberdade não discute os meios
De se manter.)
Mais difícil era a empresa
Que a seguir comecei:
Já sem cota de malha, combater
Por outro Reino e por outro Rei!
Miguel Torga
Talvez haja novidades a 5 de Novembro e um descendente de Nuno, Conde de Ourém e Condestável de Portugal, esteja em S.João, .
ma
Carta de Henrique Augusto da Silva Martins ao insigne ''Chefe da Revolução Nacional'', Prof. Oliveira Salazar, solicitando apoio para construir o Monumento a Nuno Álvares Pereira, 1939.
Como é sabido a construção do monumento só foi feita em finais dos anos 60, mostra de que Salazar era cauto em gastar dinheiro indiscriminadamente em palermices patrióticas. Fazia-o, mas com conta, peso e medida.
Em 1939 começa a 2 ª Guerra e termina a Guerra de Espanha. O dinheiro fazia mais falta para armas, munições e víveres.
O foguetório patriótico poderia esperar....
Introdução do Governador-Civil de Santarém da época, Eugénio de Lemos
mn
fonte: Torre do Tombo
História
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montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
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