in ''As Constituintes de 1911 e os seus Deputados'', Lisboa, 1911, obra que saiu com autoria de ''um oficial da secretaria do Parlamento''
Anote-se a sua contratação para a Companhia de Tabacos pelo escritor Oliveira Martins, que politicamente defendeu um regime ditatorial como único remédio para os males que afligiam Portugal em finais do século XIX.
ver também aqui
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O desastre de Badajoz devia ter soado por todo o Al-gharb, onde as correrias e façanhas do bando de Affonso Henriques espalhavam a angustia e o terror; e o musulmano, inimigo por patria e religião, não devia ao bulhento principe a generosidade magnanima do genro leonez. Um novo e poderoso exercito transpõe o Tejo, e vem cercar o ferido em Santarem (1171). Acode-lhe Fernando II que, como verdadeiro rei, sabia calar os resentimentos pessoaes, deante de um perigo commum para todos os principes christãos da Peninsula. Duas vezes salvo pelo genro que o vencera; humilhado, abatido, ferido e velho, Affonso Henriques já não é o irrequieto soldado de outros tempos. Santarem que ganhára por esforço proprio, escalando os muros, era o seu tumulo. Ahi n'um leito gemia dores de muitas especies: todo o Alemtejo estava perdido; e agora (1184) Jussuf, o grande émir de Marrocos, vinha em pessoa, dirigindo o exercito, cercal-o outra vez. Acudiria o genro outra vez a salval-o? Cinco annos havia que o exercito musulmano passeiava triumphante pelos seus reinos. Não pudera entrar em Abrantes, mas tinha destruido Coruche, que era para a defeza de Lisboa e da linha{pg. 91} do Tejo, como fôra Leiria para Coimbra e para a linha do Mondego. Evora apenas resistiria ás invasões, que tinham levado Alcacer e Serpa, Beja, Moura, Jerumenha e todo o Alemtejo (1179-82). Como o javali, encerrado no covil e perdido, o guerreiro contava as horas, e antecipadamente sentia o penetrar das lanças nas suas carnes abatidas pela edade, e o quebrar dos seus ossos tão rijos ainda, mas mal governados pelos tendões flacidos. Chorava; talvez se arrependesse dos seus erros. Feliz porém mais uma vez, os acasos imprevistos concorriam para o salvar. Á magnanimidade do genro devera o não ter ido acabar n'alguma masmorra escondida nas montanhas das Asturias; e a esta circumstancia, verdadeiramente excepcional, de um principe generoso, devera tambem o salvar-se do primeiro cerco. Em vez de Fernando, que não acudiu agora, veiu em seu auxilio a sorte que matou o émir de Marrocos, e espalhou uma peste no meio do exercito almuhade.
Levantou-se o cerco, Affonso Henriques pôde respirar ainda livre os ultimos annos da sua já acabada vida.''
a mais soberba prosa que a História viu em Portugal, Oliveira Martins a História de Portugal do amigo de Eça de Queiroz está aqui on-line. Leiam-na.
mn
a página de propaganda devia culturalizar-se, o Joaquim Pedro morreu em 1894, portanto não pode ter visto Abrantes em 1933....
a redacção
Oliveira Martins disse no século XIX que ''Portugal era um banco e uma granja'', especuladores financeiros e campónios para os sustentarem, nada de fábricas.
Os Burnays eram os DTT da época.
Quando os campónios não podiam sobreviver, Brasil com eles, e as remessas vinham para sustentar o deficit, a parasitagem política e os funcionários.
Para a costa de África iam os os condenados ao degredo, foi essa gente, delinquentes políticos e comuns que começaram a povoar Angola e pouco a pouco iam lutando pela hegemonia política e social com a oligarquia mulata de Luanda, que vivia de negócios negreiros.
Hoje já morreu a indústria lusa, a integração europeia sacrificou as pescas e a lavoura e vivemos de esmolas europeias, gastas em coisas absurdas, como os cursos da Tecnoforma, e de novo das remessas duma nova geração que o país, ou seja Sócrates & Passos expulsaram.
A finança está nas mãos dos ladrões angolanos.
Aqui vai um daqueles bancos brasileiros, que exportavam remessas de desgraçados, alguns deles quase escravizados nos campos de café de São Paulo, para manter a parasitagem lisboeta, primeiro monárquica, depois republicana
mn
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