'' Um trabalhador do padre do Sardoal, de apelido Gaspar casou para Água das Casas, nos idos de 1820, com uma senhora dessa povoação. Apadrinharam o acto por parte da noiva, uma senhora muito caridosa da época, D. Helena Baptista e o marido e por parte do noivo, o próprio pároco do Sardoal. O ofício foi celebrado pelo Reverendo Padre, José dos Santos Baptista, na Igreja do Souto.
Relendo Eduardo Campos ou Diogo Oleiro é que se pode traçar a biografia da imprensa abrantina, coisa que o fecundo Mestre Martinho Gaspar tentou fazer aqui.
Agradece-se o esforço, mas esqueceu-se o Gaspar que nos tempos anteriores a 5 de Outubro também houve imprensa ligada ao rotativismo monárquico, caso do Echo do Tejo, que deu brado.
Além disso houve muito mais jornais, incluindo os do Padre Raposo (tão odiado pelo Formiga Branca) e um relativamente recente que foi importante.. Refiro-me ao Notícias de Abrantes, que saiu em duas séries.
(Notícias de Abrantes)
A primeira era pró PS e nela se destacou (tinha de ser) o notável talento jornalístico do António Colaço, a segunda série foi laranja e na cooperativa que era dona do título estava o Humberto Lopes. Como seria de esperar a segunda série foi um fracasso. Mas o Gaspar é do Souto e é injusto não recordar o Reverendo Padre Baptista e o seu afamado periódico Souto do Zêzere, é dele o artigo que se transcreve
Quanto ao Echo, andou a ele associado o nome de Solano, mas não é dele a crónica sobre ciganos do Sardoal que se reproduz. Só para terminar o Gaspar sabe pouco sobre o que escreve e não devia escrever sobre Imprensa abrantina sem ler o Eduardo Campos.
reproduzido de Eduardo Campos, A Imprensa Periódica de Abrantes,
Transcrevo a crónica do cigano, com a devida vénia ao Sardoal Com Memória, do Sr.Luís Gonçalves,
mn
O Departamento de Estudos Históricos do Por Abrantes acaba de dar uma enorme lição de história do Souto ao Snr. João Pico que nos agradeceu.
Um pouco reticentemente mas agradeceu!!!
Milagre!!!! Da Senhora do Tojo!!!!
Mas as considerações históricas que faz o Snr. Pico são um pouco audaciosas.
O confisco dos bens da Igreja começou com D.Dinis (ou antes) e é uma constante na História de Portugal. Como é uma constante a forma rápida como a Igreja refaz o seu património e se torna outra vez um potentado económico.
Veja-se em Abrantes, a paróquia de São Vicente e os seus negócios.
Consegue o Sr. Pico interpretar um anúncio de jornal de 1824 com uma ligeireza aterradora.
O que sabemos é que havia uma gafaria com bens doados certamente por heranças pias e um grupo de pessoas ocupava esses bens pagando rendas irrisórias.
Por exemplo 1/2 galinha.
Entre os felizes contemplados estava o Padre Baptista e é curioso que sejam os clérigos e os beatos a conseguirem sempre os negócios pios.
A fazenda real quis pôr fim a estes abusos e pôs à venda as terras que o felizardo Baptista ocupava por tuta e meia.
O pobre Baptista teve o dinheiro para licitar na penhora e ficar os bens que pelos vistos transmitiu à família.
Isto é o Presbítero participou segundo Pico no saque aos bens da Igreja. Era pois porque o supomos que clérigo regular (portanto isento de voto de pobreza), além de chefe de uma quadrilha de guerrilheiros , homem de posses.
Onde fizera fortuna.? Algumas das fortunas de Abrantes fizeram-se com os negócios das guerras napoleónicas e liberais.
Se foi assim em Abrantes, também o terá sido lá para o Pinhal.
Outras foram feitas recentemente graças a Abril.
Este Departamento comunica ao Sr.Pico que quando encontrar mais notícias do Sr.Pimenta e do guerrilheiro.presbítero o avisará.
O Departamento de História.
Nota de Miguel Abrantes: Está o Snr. Pico enganado sobre os delatores. Estes eram aquela tropa a quem a Jota Pimenta fazia o favor de publicar anúncios no boletim oficial...
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