O coronavirús fez-nos passar ao lado da notícia. Na primeira volta das municipais francesas, em Parthenay o povo enterrou o caciquismo local, iniciando um novo ciclo político, elegendo o macronista Jean-Michel Prieur e derrotando Argenton, grande amigalhaço dos caciques abrantinos. O derrotado governou durante 19 anos. Isto é a prova que é possível derrotar os caciques e criar alternativas políticas. Em Abrantes como em Parthenay.
O Museu de Parthenay faz conferências sobre a vida local e a história dos ofícios que fizeram parte integrante de séculos da vida da comunidade.
No caso, da fundição e dos fundidores.
Com 2 freguesias onde este ofício foi motor da vida económica local desde prá ai 1880, ou seja no Tramagal e no Rocio, nunca aí mostraram a vida dos homens da fundição.
Em Parthenay, há museu e caciques.
Em Abrantes, há a cacique e uma legião de boys e girls e secretários e chefes de gabinete e contínuos desta gente.
Mas o único museu é uma Igreja onde Diogo Oleiro meteu os tarecos velhos da terra em 1921 (salvo erro) depois do povo ter impedido o Sr.Luís Keil dos levar para Lisboa.
O Keil ajudou muito depois o Museu D.Lopo.
Nenhuma das freguesias dos fundidores tem museu.
Por isso não se pode saber a história deles.
Mas têm fundições onde continua a haver fundidores.
E têm ruínas, a dar com um pau na cabeça dos autarcas.
foto da Senhora D.Emília Marques Rosa, com a devida vénia
Na cabeça dos autarcas ou na nossa, quando formos a passar e nos cair uma casa ou um calhau em cima.
mn
A UDI é o partido direitista que governa a parvónia de Parthenay, geminada com Abrantes.
Monsieur Aymeri Francis André Philippe de Montesquiou , não contente de tal nome, acrescentou os seguintes apelidos '' Montesquiou-Fezensac d'Artagnan'', coisa que deixou descontente os verdadeiros descendentes do conde d'Artagnan, que o meteram no tribunal.
O senador usa título nobiliárquico (dito de cortesia, ou seja para o discutível) de marquês de Montesquiou-Fezensac e autoproclamou-se duque de Fezensac.
Mas o grande problema do falso descendente de d'Artagnan é a sua amizade estreita a Sarcozy e estar envolvido num dos grandes negócios franceses : venda de armamento e comissões ilegais.
La Depeche
Ser falso duque e falso d'Artagnan é minúcia irrevelante para o veterano político, herdeiro duma família que cacica a região do GERS há séculos, o problema grave são as vendas de armamento, em nome da França, à ex-república soviética.
Segundo apurámos a sociedade civil de Parthenay vai iniciar uma série de iniciativas de apoio ao político e vão convidar a sociedade civil abrantina para se juntar '' à gloriosa luta''.
mn
Afinal nem todos os fascistas foram à pesca ou eram rancorosos, o candidato da Direita
é reeleito, pode mandar um telegrama a Madame Le Pen a agradecer
''
Avec 59,02 % des voix sur le canton de Parthenay contre 40,90 % à leurs adversaires Anne-Laure Blouin et Christian Proust, le conseiller sortant Gilbert Favreau et son binôme Béatrice Largeau (UDS) ont largement remporté ce scrutin. Gilbert Favreau améliore même son score de l'élection précédente de plus d'un point.
Plus d'informations dans La Nouvelle République de lundi 30 mars.''
a derrota do PS francês é geral, diz Manolo Valls
a redacção
Na primeira volta na conhecida aldeia gaulesa de Parthenay
as eleições departamentais (uma espécie de regionais) tiveram uma enorme abstenção 47% e estes resultados:
Monsieur Favreau só se safa com os votos neo-fascistas, xenófobos e eurocépticos da Front National
Monsieur Maurin, o fascista, é um pândego, eis o seu derrotado programa:
"Un programme pour le département ? Non, des grandes lignes, c'est tout. On commencera par un audit. Après, on baissera les impôts et on fera des économies sur le train de vie des élus. Et puis, on augmentera les retraites. Ah non, ce n'est pas le département qui s'occupe de ça''
e depois explica o que é o fascismo de Parthenay:'' "On dit que le FN est un parti fasciste, mais moi je suis un humaniste dans l'âme […] Qu'est-ce que c'est que le fascisme ? C'est une forme de rigueur en toute chose…"
Monsieur Favreau é teoricamente ''sarcozysta'' ou seja da UMP, mas esta região é feudo de Alain Juppé , condenado por inventar empregos fictícios com Chirac em Paris, Maire de Bordéus e rival de Sarcozy na corrida ao Eliseu.
.
Bem o fascismo local também é atípico, um candidato FN declarou:
O Gilbert Favreau ficou lixado por ter de passar à segunda volta. Estava à espera que os fascistas votassem nele à primeira. Espero que os fascistas não tenham ido todos à pesca e não se esqueçam de cumprir o seu dever de votar na Direita local.
Bem, os fascistas franceses às vezes não gostam de neo-gaullistas e recordam o seu velho camarada François Mitterand e votam na extrema.
Monsiuer Favreau só será Conselheiro Regional se os fascistas não tiverem todos ido à pesca ou não resolverem vingar o Marechal Petain.
a redacção
créditos: Nouvel Observateur, Conselho Regional (foto do M.Favreau), RTF (resultados), Núcleo da FN de Parthenay , Clube de Pesca de Parthenay
Monsieur Xavier Argenton, o anfitrião dos geminados abrantinos, da direita dura colhe os votos da FN e arrasa PS.
58,1% para ele, 41,89% para a deputada PS Madame Dely
A sociedade civil já está a mandar foguetes!!!!!
SN
fonte RTL
O mirante
O maire part-time de Parthenay, Xavier Argenton está dependente na 2ª volta dos votos da extrema-direita (Frente Nacional, identitários e restante ralé neo-fascista) para ser reeleito, dado que não conseguiu ser eleito à primeira-volta.
A direita sarcozysta a que pertence (na ala mais próxima da FN de Madame Le Pen) subiu em todo o país, mas ele não conseguiu ser eleito.
''Inscrits : 7246 - Votants : 4897 ( 67.58%) - Exprimés : 4727 - Participation : 67.58% - Abstention : 32.42%
http://resultats-elections.bfmtv.com/election-municipale-parthenay-79200
Argenton é o do extremo à direita na segunda fila. Algumas declarações suas foram conotadas com as dos anti-semitas da FN

La Nouvelle Republique
Xavier Argenton est-il en ballottage favorable ?
La Nouvelle Republique
Como sublinha o jornal de referência da região tudo depende da abstenção e do Argenton conseguir negociar ''en coulisses'' o apoio da FN. Madame Blouin desistiu e apoia para a segunda volta a deputada PS Bély, que é próxima a Segoléne Royal.
Nunca se sabe, porque algumas vezes os lepenistas preferem PS (eram conhecidas as ligações históricas de François Mitterrand ao Marechal Petain, a que a extrema-direita sempre prestou culto).
Face a tanta confusão, o sr. dr. José Eduardo Alves Jana deu por finda a sua liderança da Associação de Geminação e anda a dedicar-se à filosofia aplicada e vai organizar um curso de inglês para reformados.
MA

O Maire da cidadezita que está ''geminada'' com Abrantes meteu-se em 2010 num monumental escândalo ligado ao anti-semitismo.
Madame Grinspan, Ida de nome próprio, era uma miúda de 10 anos, judia e francesa, coisa que devia fazer muita confusão ao Marechal Petain, o traidor, que fez uma Lei retirando a nacionalidade aos judeus.
De Petain trataram os tribunais, condenando-o à morte e o General usou o seu direito de graça, para converter a pena capital em prisão perpétua . É a única atitude que eu não aplaudo a De Gaulle.
Ida Grinspan foi enviada pelos pais para a região de Parthenay onde estudou escondida entre amigos, a mãe foi caçada pelos nazis em Paris em Julho de 1942, em 1944, 3 polícias franceses prendaram Ida, tinha então 14 anos e entregaram-na aos alemães. O destino foi os campos de concentração no Reich e assistir a quotidianos envios de vítimas da Shoah para as câmaras de gás. Sobreviveu e escreveu este livro a meias com uma das mais ilustres penas da França,
Uma escola da região de Parthenay pediu a Madame Grinspan que escrevesse uma carta para ser lida nas escolas, em 2010, no dia em que se evocavam ''as vítimas e heróis da deportação'' nazi-petainista.
Madame Grinspan escreveu a carta e o Maire local, M. Argenton, na foto acima com Alves Jana e Maria do Céu Albuquerque, proibiu alegadamente a leitura da carta, porque podia ''estigmatizar'' a polícia francesa, que sob ordens do agente nazi e traidor Petain procedeu voluntariamente e sem ordens alemãs à caça dos judeus na zona ocupada e para mostrar serviço entregou-os aos carrascos do Reich.
O Argenton diz que não deu ordens para censurar, mas Madame Lanzi, política local PS e professora de História dos miúdos diz ter provas escritas do contrário e condena com veemência esta atitude, que a ser real, seria vergonhosa.
Madame Grinspan, justamente indignada, afirma: ''c’est terrible, cette mentalité-là. Il faut savoir regarder la vérité en face. Ce que je dis dans ce texte, je le dis à chaque fois que j’interviens dans une école. Je dis simplement ce qui a été".
Tudo isto desencadeou uma violenta polémica e a atitude do político direitista foi condenada por organizações anti-racistas e pelos grandes títulos da imprensa francesa.
Le Point, um grande semanário nacional, da centro-direita, acusou a municipalidade de Parthenay de censura.

comunista, é mais contundente.Fuzila o sarcozista Argenton e o seu adjunto Michel Birault, com o sugestivo pelouro de ''questões patrióticas'', acusando-os de banalizar Petain e Vichy.
Não vou perder mais tempo com o Argenton, mas aproveito para dizer que é um indesejável em Abrantes ou em qualquer local civilizado.
Será certamente bem recebido entre os ayatolas anti-semitas ou nos comícios da Front Nacional. . Que ele esteja ao lado do tipo que censurou no ''Jornal de Abrantes'' o António Castel-Branco é natural.
Finalmente parece que se festeja a geminação abrantina com a terra dum Maire duvidoso.
Não se podiam ter geminado com outra parvónia ?????
E agora vamos ouvir Madame Grinspan
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