A Tubucci publicou outro dia, na sua página do facebook, esta extraordinária vista de Abrantes, datada de finais do século XIX.
É uma vista da Vila de Abrantes antes do bárbaro camartelo camarário destruir um Convento abrantino, o da Graça, que estava a par de São Domingos.
Os argumentos dos bárbaros e analfabetos que enviaram para o esquecimento este monumento abrantino eram exactamente iguais aos da pandilha que queria destruir São Domingos e profanar a paisagem da Cidade de Abrantes com uma torre cujo elogio só seria compreensível na mente obscura dum parolo néscio nascido no Souto, educado na Reboleira entre os caixotes do Jota Pimenta e com carreira profissional desenvolvida na nobre arte da construção civil.
Mas vimos a edilidade ser activa patrocinadora do crime e ganhar portanto galões intelectuais que colocam a sua inteligência ao nível desse Nobel do Pinhal que se chama João Pico.
Vimos a Sr.D. Isilda Jana raciocinar com a destreza cartesiana que costuma usar o régulo do sertão para justificar e promover o crime.
A fotografia mostra outro crime.
Na Barão da Batalha levantava-se ainda orgulhoso o solar do Capitão-Mor, abatido nos anos 50 pela cupidez imobiliária, pela avidez saloia, pela ignorância atrevida, pelo culto provinciano, à moda de Casais de Revelhos, pela modernização bacoca.
Foi lá que fizeram o caixote do Pelicano.
Vamos permitir mais crimes ou vamos agir????
Vamos educar a sociedade de Abrantes para defender o Património ou vamos ficar silenciosos em troca de tachos, favores, cunhas, medos e palermices da mesma laia?
Vamos honrar a memória de Diogo Oleiro e de Eduardo Campos ou ficar caladinhos?
Deixo a resposta aos abrantinos
Marcello de Noronha