O nosso amigo Paulo Falcão Tavares lança novo livro, editado pela Academia Tubuciana, sobre um tema inédito na bibliografia abrantina, a sair dos prelos em Março
O livro analisa: cerca de 100 brasões dos concelhos de Abrantes, Sardoal, Constância, Mação, Vila de Rei e Ponte do Sôr, ao longo de c. 200 páginas, todas com os desenhos e fotos dos brasões das famílias em causa. Desde o final da 1ª Dinastia que a nossa região, conserva alguns dos exemplares heráldicos mais bonitos de Portugal, desde os brasões góticos dos condes de Abrantes até ao importante legado artístico dos actuais cemitérios. Surgem centenas de personagens e de histórias completamente desconhecidas do leitor. São mais de seis séculos de arte/ património e de uma riqueza que é estratégica para todo o turismo do centro e que permite conhecer melhor os locais e compreender as suas gentes. Esta é, a primeira obra do género em toda esta vasta região.
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Publica-se um texto importante de história de Abrantes, da autoria do dr.Paulo Falcão Tavares, referente ao fim do absolutismo em Abrantes
Tesouro Real miguelista em Abrantes ( I )
Como é sabido, o Reino de Portugal viveu uma sangrenta guerra civil em 1833, entre dois reis (D. Pedro “malhado” e S.M.F. Dom Miguel I “realista”) onde Abrantes foi palco.
Irei citar umas memórias de um monge cartuxo, que foi perseguido e teve que exilar-se em Itália no Mosteiro da Cartuxa de Calábria, onde foi Prior e escreveu diversas obras, falamos do Padre Fr. D. Francisco de Assunção Ferreira de Mattos.
“…no dia 12 [de Setembro de 1833] partimos para a villa de Abrantes, á cuja terra chegamos ás 2 horas da tarde. Procuramos no Convento de Santo António lugar para descansarmos hum pouco dos incómodos da viagem, e o Guardião nos conduzio para huma grande caza, na qual o ar entrava por todas as quatro partes; nos quatro ângulos da mesma estavam preparadas 4 camas, as quais, nos disse o mesmo Guardião estarem destinadas para 4 Religiosos, que deviam ser recebidos no seu Convento, por ordem do Exmo Governador: logo entendemos que aquele belo aposento estava preparado para nós, mas como o vimos mais próprio para nos acabar que para nos restabelecer, não obstante a grande dôr de dentes que me afligiu, roguei a D. Bruno [monge cartuxo português] que me acompanhasse a caza da Exma Senhora D. Francisca. Com efeito fomos ás cegas (porque não sabíamos nada das ruas da villa) procurar S. Excª; por acaso passamos pela caza do Exmº Governador o Sr. João Vieira Touvar e Albuquerque, o qual porque não tinha noticia do habito cartuxo, nos mandou perguntar, que religiosos eramos? Como soubemos da pessoa que nos fez esta interrogação, donde ella procedia, lhe rogamos nos fizesse a caridade de nos indicar a caza de S. Excª, o que não recusou. Fomos a sua caza e depois de havermos cumprimentado S. E. lhe expusemos o nosso triste estado de saúde, e a descómoda caza que julgamos estar destinada para nós. S. Excª logo reconheceu sermos nós os Religiosos por quem lhe tinha falado a Exmª Srª D. Francisca,
A Infanta D.Maria Francisca, Vicente Lopez Portaña
e se dignou mandar hum D. Alvaro [Tavares], seu Ajudante de ordens, ao Convento de S. Domingos, pedindo ao Prior, Fr. João de S. Jacinto, em seu nome alguma cella desocupada para nos accomodar. Mas o Prior, porque tinha ocupado todo o Convento com os creados da Real Caza, respondeu, não lhe ser possível acomodarnos no Convento, mas que sendo necessário punha à disposição de S. Excª o hospicio que tinha distante da villa, ¼ légua [em Alferrarede]. Como vimos que nada se podia obter naquela ocasião, despedimonos de S. Excª agradecendo-lhe a sua boa vontade, e nos dirigimos ao Paço [antigo solar da família Freire de Castro] para falarmos à Exma Srª D. Francisca. Já D. Ricardo e D. Manoel [dois monges] estavam no quarto de S. Excª, os quaes nos derão a boa nova, que o Guardião sabendo que nós estávamos a promover outro arranjo, desocupou 2 cellas, e na mesma tarde lhe deu as chaves dellas, com o que desistimos de fazer outras diligencias a este respeito. No seguinte dia 13 fomos cumprimentar toda a Real Família, que nos recebeu sempre, com as demonstrações do maior afeccto. A segunda vez que tivemos a honra de beijarmos a Real Mão do Senhor Dom Carlos [de Espanha],
D.Carlos de Borbón
nesta villa, se dignou dizer-nos: Saibão, Padres, que não os irei visitar a [Convento] Santo António porque sei de certo que o guardião do convento he muito malhado [liberal]. E parece que não se enganava, como depois o vimos por experiência. Nesta villa he que soubemos pela Serenissima Srª Infanta D. Maria da Assunção (que Deos a tenha em Santa Glória) que o sr. D. Pedro, seu irmão, tinha mandado publicar na Cronica de Lisboa hum decreto a respeito de nós os Cartuxos do [Mosteiro] de Laveiras, honrando-nos com o nome de rebeldes ao seu intruso e usurpador governo, por havermos abandonado excandalosamente o nosso mosteiro, passando para a parte do Legitimo Rei da Monarchia Portugueza o Senhor Dom Miguel Primeiro, e por isso declarava supreesos todos os conventos onde fossem recebifos, ou qualquer outro Religioso emigrado da capital. Por este mês de Setembro chegaram á villa de Abrantes os Generais Bromout e Clouet, com mais 30 ou 40 oficiais franceses, que infelizmente El Rey (por maus conselhos) dimitiu de seu Real Serviço.”
Felicitamos a SHIP pela nomeação
E claro o Paulo Falcão Tavares
Paulo F. Tavares faz a biografia do edil que mais tempo governou no XIX. Vamos ler e depois comentamos.
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Filipe de Araújo e Castro foi Presidente da Academia Tubuciana no séc XVIII. Liberal moderado chegaria a Presidente do Ministério (Ministro do Reino) em 7 de Setembro de 1821. Curto mandato teve até 28 de Maio de 1822.
Tendo o Rei D.João VI dito que lhe parecia mal ter um governante que não era Comendador, porque parecia republicano, respondeu-lhe que a si lhe parecia mal atribuir-se a si próprio uma Comenda, conta o Prof Adelino Maltez, que o biografa, aqui na Politipedia.. A sua acção na vila abrantina, onde foi juiz de fora (1796-1805), é contada por Paulo Falcão Tavares no recente livro
cuja leitura recomendamos.
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imagem da Academia Tubuciana
Passeio da Família Dominicana
25 de Maio 2019 - Abrantes
10h00 Acolhimento
(Junto Escola básica e secundária Dr. Manuel Fernandes **)
Morada: Av. General Humberto Delgado, 1; 2200-125 Abrantes
O Presidente da Tubucci, Dr. Paulo Falcão Tavares apresenta o seu novo livro sobre a Ordem de São Maurício em Viseu.
Foto do sr. Luís Costa com a devida vénia.
A ex-PGR Joana Marques Vidal proferiu uma Conferência em Ponta Delgada onde esteve presente o Presidente da Tubucci, que aí se encontra para o lançamento do seu livro sobre a Ordem de Maurício e S.Lázaro
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O livro do nosso amigo e colaborador Paulo Falcão Tavares é já a obra de referência sobre esta ordem dinástica italiana, que tem actualmente como Grão-Mestre, SAR o Príncipe Vittorio Emanuele de Sabóia.
O livro será apresentado pelo historiador José de Almeida Mello.
Lançamento em Abrantes doutro livro de Paulo Falcão Tavares, sobre o ''Real Convento de S.Domingos'', onde se historia o convento e se fuzila a maldita torre com que Carrilho da Graça e a autarquia abrantina (nas pessoas de Céu Antunes, Isilda Gomes e o cacique Carvalho, actualmente a administrar as dívidas que a sua gestão criou no CRIA), queriam fornicar a paisagem abrantina, destruindo o nosso património.
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notícia do ''Açoriano Oriental'', o mais antigo jornal luso
Publica-se a carta da Associação de Defesa do Património Tubucci hoje entregue na CMA acerca do bárbaro atentado ao património em Santo Amaro
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