Domingo, 14.08.11

 

Tem este blogue o grato prazer de anunciar que a Ex.ma. Srª Poetisa Maria da Piedade ganhou esta semana o almejado galardão.

 

 

Maria da Piedade Anselmo, escritora abrantina.

Acta do Júri

 

Tendo em conta os acontecimentos desta semana e as candidaturas apresentadas, estudados os méritos de cada candidato, em pormenor e profundidade, foi decidido:

 

a) Afastar a candidatura do povoado de Lagarelhos, também conhecido por Póvoa dos Armandos, por nessa localidade não se falar a língua pátria mas sim o galego e haver demasiadas relações com os separatistas de Feces de Abajo.

Podiam dizer que nós estávamos a atribuir o prémio a galegos e este blogue nunca atribuirá nenhum prémio a qualquer

 

GALEGO!!!!!!

b) Considerar que a candidatura da Exma Senhora D. Isabel Alçada de Vilar é prematura, dado não ter sido ainda publicado o seu livro sobre Etares. Fica em lista de espera.

 

c) Considerar que o licenciado José Martinho Gaspar não pode ganhar o prémio, por enquanto, devido a haver uma enorme pilha de documentação sobre a sua obra para analisar. Se o licenciado tivesse apresentado uma carta de recomendação de alguém credenciado como o intelectual Jota Pico ou o venerando Padre Rosa a coisa mudaria de figura. Considerar que, enquanto o licenciado não reconhecer publicamente que Afonso de Albuquerque foi o maior Vice-Rei não terá grandes possibilidades de ganhar o prémio.

 

d) Analisando a última candidatura pendente, delibera-se outorgar o prémio à Exma Srª D. Maria da Piedade pelos seus méritos líricos, ter feito um blogue aos 92 anos e ainda ter sido aluna aplicada da disciplina de Mitologia dada pelo Sr.João Farinha, grande amigo da petição e uma referência moral entre os professores de Abrantes.

Fica a  Exma Srª D. Maria da Piedade com a obrigação moral de fazer um soneto em honra do Sr.Padre Narciso.

 

Esta deliberação foi adoptada por unanimidade.

Abrantes, 14 de Agosto de 2011

Miguel Abrantes

Marcello de Noronha

Adérito Abrantes, secretário




publicado por porabrantes às 22:10 | link do post | comentar

Maria da Piedade Anselmo, escritora abrantina. foto escola Manuel Fernandes

 

A poetisa Maria da Piedade marca pontos e parece isolar-se no comando da tabela de classificação do concurso: a Estrela da Semana.

 

Entretanto o Gaspar mete os pés pela Zahara.

 

A  poetisa Maria da Piedade é uma jovem nonagenária com bom gosto.

 

Aluna da Universidade da 3ª Idade destaca  aquele que considera o seu melhor Professor: o sr.dr.João Farinha, emérito latinista, professor liceal reformado e autor duma estimável coluna de bem falar e escrever português no mensário Jornal de Alferrarede. O sr.dr. Farinha leccionava Mitologia na UTIA

antónio jorge gonçalves no Inimigo Público 

 

Além disso é um intelectual amigo da petição, embora motivos de saúde,   desvelados pela D.Maria da Piedade e também abordados na sua coluna  pelo Dr.Farinha, que chegou a ter de suspender a sua colaboração no jornal do Sr.Martinho, o tenham impedido de aderir informaticamente ao grande manifesto em defesa de Abrantes.

 

Com esta a D.Maria da Piedade ganhou o apreço do júri e parece imbatível.

 

A não ser que o povo de Lagarelhos faça um milagre. Por exemplo decretar o Buiça ''persona no grata'' em Vinhais.

 

Ainda mais, a Srª D. Maria da Piedade tem um blogue poético, a Seara do Vento que vamos adicionar aos nossos links.

 

A Seara da Vida

 

Convidamos os leitores a lerem a lírica da maior poetisa da R.Actor Taborda (onde também vive a Presidente que faz uns versos inferiores aos desta Senhora)!!!!

 

Marcello de Noronha

 

Só não percebo porque sendo a D.Maria da mesma idade que o Rev. Padre Narciso, capelão do Colégio de Fátima, faz versos ao Graça, esquecendo o bondoso sacerdote nonagenário a quem Abrantes deve muito mais que ao Cónego.

 

 

O Senhor Padre Manuel Narciso Alves (foto da Diocese)



publicado por porabrantes às 15:44 | link do post | comentar

Sábado, 13.08.11

 

 

O concurso Estrela da Semana, prestigiado prémio já com relevância internacional (recebemos um comentário de Angola sobre ele), encontra-se próximo da frase de apuramento e o júri vem realçar que é completamente independente não aceitando por isso pressões, cunhas, patrocínios, subsídios nem recados.

 

Por isso não somos subsidiados nem patrocinados pela

 

(patrocinadora da revista do Gaspar)

 

 

 

 

A minha fotografia

nem pela Juventude Mariana Vicentina de Alferrarede

 

nem pela Junta de Freguesia de São Vicente

 

 

nem pelo Banco Alimentar contra a Fome, organização aconfessional fundada por um sacerdote católico

 

 

nem pela CMA

 

somos independentes e o galardão será atribuído preservando a nossa independência

 

 

são candidatos à final

 

a poetisa católica e apostólica, Maria da Piedade

 

Maria da Piedade Anselmo, escritora abrantina. foto Escola Manuel Fernandes

 

o sr. dr.José Martinho Gaspar, nato no Souto, director da revista histórica Zahara e candidato a ser o Fernão Lopes abrantino

  foto Barca

 

os naturais do lugarejo de Lagarelhos, concelho de Vinhais, no caso de ganharem o prémio será este entregue ao sr. dr. Armando Vara por ser mais importante que qualquer outro Armando de Lagarelhos

 

a Exma Drº Isabel Alçada de Vilar, ex-Ministra da Educação por nos constar que está a escrever uma aventura infantil para menores de 5 anos com o bonito título ''Uma aventura na única Etar não poluente, a das Arreciadas''

 

 

 Miguel Abrantes



publicado por porabrantes às 12:40 | link do post | comentar

As Ondas da Vida

Professora, esta palavra
Que tanto valor tem
É uma chama que lavra
Palavra como a de mãe

Que lavra por todo o mundo
Seu ensino não em paga
E tem um valor profundo
Quando a criança afaga

Nos tempos que já lá vão
Só queria quem queria
Havia mais educação
Era o pão de cada dia

Nos tempos que vão correndo 
Há muito mais instrução
a educação vai morrendo
Não há quem lhe ponha a mão


Professora não te deixes abater
Luta pela educação.
Saber escrever e ler 
Como é linda a instrução.

Maria da Piedade Anselmo

 

 

 

 

Publicamos estes versos arrebatadores saídos da lira da D.Maria da Piedade

Maria da Piedade Anselmo, escritora abrantina. foto esc. Manuel Fernandes

 

e salientamos que depois da estrofe final

 

Como é linda a instrução.

 

O Gaspar arrisca-se a perder o prémio 

 

 

Eu não percebo como é que a Dr. Ana Soares Mendes se atreve a considerar poetisa com ''aspas'' uma Senhora que tem uma um estro tão inspirado como este.

 

Mas também não percebo como é que a inspirada Poetisa não terminou a elegia ao Cónego Graça

 

 foto JMV de Alferrarede ''Visita Pastoral''

 

''como é lindo o seu cabeção, quando o Sr.Cónego vai na procissão''

   

 

tá visto que não percebo nada, lá em Vinhais é tudo mais simples....

Edite Fernandes, baptizada na Igreja de São Facundo de Vinhais 



publicado por porabrantes às 12:20 | link do post | comentar

Quinta-feira, 11.08.11

        

 

Sempre atenta aos novos talentos literários a aristocrata e advogada Ana Soares Mendes, directora do Observatore Romano abrantino não resistiu a inserir na notícia dos 45 anos de Missa Nova do Rev.Graça, Conselheiro das Finanças da nossa Diocese (porque terá sido afastado o Cónego Lúcio, porquê????) a deslumbrante notícia da descoberta duma nova fabricante de rimas sacras, a ''poetisa'' Maria da Piedade.

 

 

Rev.Cónego Lúcio Alves Nunes

 

 

Não compreendemos a prudência da drº Ana em chamar poetisa entre ''aspas'' à talentosa Piedade.

 

A senhora é uma nova versão feminina de Monsenhor Moreira das Neves consagrado autor do best-seller apostólico e lusitano (porque em Roma ninguém o teria publicado, os itálicos não compreendem a poesia, não podendo portanto ser romano )''A hóstia florida''.

         

 

É tal o talento, o romantismo clerical, a riqueza léxica, a elevação litúrgica, o pathos pastoral que não compreendo a reticência que as aspas significam e só posso compreender a rendição incondicional à música seráfica, à epopeia canónica desta poesia cuja qualidade me recorda a prosa da esposa do Armando Fernandes na revista Zahara!!!!

 

A leitura desta elegia ao Graça onde se diz que as ovelhas têm alma, e que o Graças as salvou, reminiscência pagã de sabor rústico, que a Chefa incluiria de bom grado numa antologia da poesia pegacha mais genuína, despertou-me tal devoção que não encontro palavras para a exprimir e transmito-a através da pena de António Lobo Antunes: 

 

''Quando eu era pequeno deram-me um livro de poemas, com o título de Hóstia Florida, escrito por um cónego sensível, chamado Monsenhor Moreira das Neves, que me lembro de ver em casa de uma tia-avó minha, bebendo chás virtuosos, gordo, cheio de opiniões e bondade, muito dado às torradas. Foi a minha primeira grande influência literária e, na minha opinião, o título Hóstia Florida era um achado de génio. Lembro-me do Monsenhor Moreira das Neves declarar, enquanto a minha tia-avó me mostrava a obra com respeito



- Vende-se como pão



e de me surpreender a imagem, vinda de um espírito tão delicado e fino, a apanhar as migalhas da batina com o indicador molhado em cuspo, sob a fotografia emoldurada do doutor Salazar a apertar a mão ao senhor Cardeal Patriarca, unidos num sorriso afectuoso e digno porque se vivia numa época de respeito, avessa ao casamento civil e ao comunismo ateu, duas expressões que não percebia o que significavam mas que, a calcular pela opinião das pessoas responsáveis, eram coisas perigosas e desumanas, que podiam ser evitadas pela leitura da Vida Exemplar De São Luís Gonzaga, acompanhada da história de um outro menino francês que ofereceu a existência em troca da conversão do padrinho, o qual se persignou, ajoelhado, diante da urna e, a partir desse momento, se tornou exemplar e esmoler, outra expressão difícil, dedicado aos leprosos que no princípio do século, ou seja mil e novecentos, mil novecentos e tal, enxameavam Paris, vivendo nas grutas que rodeiam a torre Eiffel e descendo os Campos Elísios de gatas e aos guinchos, cobertos de percevejos e trapos. Ao perguntar ao Monsenhor Moreira das Neves acerca das grutas que envolvem a torre respondeu, sempre a catar migalhas



- De certeza que há mas talvez não sejam assim tantas, para aí umas trinta



e aí temos o motivo de eu não gostar de Paris: imagine-se um leproso atrás de nós a pedir esmola, incapaz de apanhar migalhas porque não tem dedos e refugiando-se depois nas savanas dos Campos Elísios, onde o padrinho exemplar e esmoler lhe oferecia bavaroises e canards à l'orange, que são o equivalente de pão da véspera para nós, a fim de o aliviar das torturas da fome, acrescentado do folheto Preparação Para a Primeira Comunhão, destinado ao ensinamento salutar das almas transviadas. O folheto Preparação Para a Primeira Comunhão ofereceu-mo o senhor Cónego, repleto de ordens úteis: não comer nem beber depois da meia noite para não misturar Jesus com o rosbife, vestir a melhor roupa mas com mangas compridas dado que Deus odeia a carne ao léu, receber a hóstia sem lhe tocar com os dentes



(muita atenção a este ponto)



não a descolar do céu da boca com o mindinho, consentindo apenas que a saliva



(o termo cuspo não é da estima divina)



ajude Jesus a deslizar sem riscos até um estômago devidamente limpo



(estou a citar)



templo interior adequado à recepção da Graça. Para onde é que a Graça ia depois a Preparação não falava, mas presumia-se que não se puxava o autoclismo, no dia seguinte, enviando-a para o Tejo através dos esgotos da Cruz Quebrada: Jesus não era pessoa para trambulhar com o lixo e decerto que se elevava do estômago até à alma através de misteriosos tubos que possuímos cá dentro, destinados ao trajecto barriga-céu sem paragens intermediárias. À questão



- Onde é que eu tenho a alma?



o senhor Cónego elucidava-me designando o tecto com o queixo, para além do tecto o vizinho de cima que batia na mulher, estremecendo o lustre e, para além do vizinho de cima, que trabalhava de contrabandista, ajudando as hóstias a ultrapassarem a fronteira do telhado, a alma à espera de Jesus numa impaciência gulosa, unindo-se num abraço casto



(Não penses em porcarias, miúdo eu que não pensava em porcarias, me maravilhava só)



que nos colocava mais perto de uma eternidade de bem-aventuranças



(O que são bem-aventuranças? Tanta pergunta cansa-me)



cujo significado eu descobriria mais tarde



(Hás-de descobrir isso mais tarde)



quando a experiência da vida me ensinasse



(A experiência da vida há-de ensinar-te, garoto)



a distinguir subtilezas que a minha pouca idade me impedia de visionar



(Visionar quer dizer ver, pateta)



com a clareza que o Espírito Santo não deixa de conferir às pessoas honestas, característica que a avaliar pela generosidade das torradas da minha tia-avó e do seu espírito naturalmente bondoso



(naturalmente bondoso julgo que relacionado com a qualidade do chá Este chá é um primor, minha senhora)



eu herdaria certamente. É possível que tenha herdado o espírito naturalmente bondoso



(item número dezanove do seu testamento: ao meu sobrinho-neto lego o meu espírito naturalmente bondoso)



dado que nem um tostão abichei com a sua morte. Os outros apropincuaram-se com o dinheiro e os tarecos, mas o espírito bondoso já cá canta, só que até hoje não me rendeu fosse o que fosse, a não ser chamares-me



-Parvo



a cada passo e eu, humilde, a escutar-te, pensando se soubesse dizer-te o que sinto, se pudesse abrir o peito para tu veres lá dentro, e os postais ilustrados, os pombinhos, os bambis, os naperons, as rolas, a tralha toda com que te afoguei ao princípio da crónica, tu, aproveitando uma pausa, a comunicares-me



-Não esperes por mim para jantar



pondo, à pressa, mais perfume, visto que a buzina de um automóvel te chama da rua, e o Jorge é suficientemente impulsivo para nos entrar casa dentro.''



(publicado na Visão)

 

Depois desta prosa, certamente inferior à do Rev.Graça, só me resta dizer:
 

 

o Sr.Bispo devia propor a Maria da Piedade para poetisa oficial da Diocese 

 

 

Miguel Abrantes, ex-católico, actualmente templário e rosa-cruz, além de Comendador do 33º Grau da Venerável Loja Raul Rego do antigo rito escocês 



publicado por porabrantes às 19:40 | link do post | comentar

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