Construção da ponte de Abrantes. Foto entre 1868-1870.
Divulgada no face pelo sr. Joaquim Duarte Garrido, que vem publicando muito material gráfico sobre a Chamusca e o Ribatejo.
Com a devida vénia.
mn
O Armindo Silveira faz aqui uma reflexão sobre as obras na Ponte. A ler. O Armindo não se chateará por reproduzirmos o que diz:
''A recente intervenção/requalificação n/da ponte rodoviária de Abrantes tem sido uma fonte de polémicas, equívocos, soluções em "cima do joelho" e explicações que adensam as dúvidas sobre a forma como foi concebido o planeamento, a execução e a recepção desta obra a qual ainda se aguarda a conclusão.
Sobre a área de intervenção é inexplicável que esta não tenho incluído a requalificação dos acessos pedonais à ponte pois se a inclusão social é tema de conferencias, debates, documentários e legislação traduzindo as expectativas da sociedade actual, a Infraestruturas de Portugal (IP) ou quem a tutela ou tutelou, assim não o entendeu.
Candeeiros, passeios e rails
Num leque de opções mais originais, a solução encontrada para a recolocação dos candeeiros, na minha opinião, é um exercício de estética futurista mas que reduz drasticamente a funcionalidade dos passeios como elo de ligação pedonal entre as duas margens do Rio Tejo. É de salientar que estes passeios estão integrados no percurso do "CAMINHO DO TEJO (Caminho do Tejo é um percurso GR (Grande Rota) linear, com cerca de 45 km, ligando Constância a Alvega, no extremo Este do concelho de Abrantes) e na rede pedonal do Plano de Urbanização de Abrantes, plano este aprovado em Setembro de 2016.
No investimento em segurança, o rail de protecção, no passeio a montante, tanto do lado do Rossio ao Sul do Tejo como das Barreiras do Tejo, este só foi colocado depois de terminar o muro onde vai "encaixar" a grade/vedação. Porque é que no passeio contrário o rail não foi colocado também depois de terminar o respectivo muro? No meu entendimento foi por questões de segurança, segurança essa que foi dispensada a montante. Agora pergunto: Se houver um veículo que galgue o passeio e atinja um peão ou cair no abismo quem é o responsável? O rail não servirá para impedir estas possíveis ocorrências?
Cumprir a legislação sobre acessibilidades
A colocação do rail depois do muro permitiu ganhar 4 a 5 centímetros que foram fundamentais para que a IP cumprisse a legislação sobre acessibilidades. Mas do lado contrário já não havia nada a fazer pois a colocação dos candeeiros no espaço destinado à circulação de peões hipotecou tudo. Assim, cadeiras de rodas, de bebé ou outros peões que ultrapassem os 60 cm de largura só podem circular no passeio a montante e um de cada vez se forem em sentido contrário. Reforço que a legislação sobre acessibilidades promove a inclusão social de cidadãos/ãs com mobilidade condicionada.
Projecto iluminação
Quanto ao facto da iluminação até ao presente não ser ligada depois da inauguração no inicio de Agosto, a IP ainda não prestou um esclarecimento público que ajudasse a compreender por que é que o projecto de iluminação não foi incluído no projecto global de requalificação da ponte. É este o meu entendimento e não quero estar equivocado pois se estiver então o caso é ainda mais grave. Entendo que os sucessivos adiamentos no andamento de outros trabalhos permitiram ao dono da obra, ou a quem delegou essa responsabilidade, ter tempo mais que suficiente para tratar das burocracias que parecem impedir a ligação à rede publica de iluminação.
É do conhecimento público a recente onda de assaltos na cidade Abrantes. Nesta época do ano anoitece cada vez mais cedo. Ainda ontem dia 26 de Novembro, embora as luzes do meu veiculo servissem de guia a alguns peões, reparei que alguns deles levavam uma mão ou na grade ou no rail que lhes ia servindo de guia. É grave o que se está a passar. Temo que, mais pergunta menos pergunta, mais inquérito, menos inquérito, a irresponsabilidade irá morrer solteira e os responsáveis continuarão nos cargos e a inaugurar obras sem as mesmas estarem concluídas com a conivência das autarquias, juntas de freguesia e outras instituições locais, regionais ou nacionais num continuo rodopio mediático. Até quando?
Para terminar, saliento que é urgente proceder ao rebaixamento do inicio de ambos os passeios de acesso à ponte a partir das Barreiras do Tejo. As populações merecem mais respeito.
Abrantes, 27 de Novembro de 2016
Armindo Silveira-Membro da Assembleia Municipal de Abrantes''
com a devida vénia
tem toda a razão
Contado ninguém acredita na RTP
O engenheiro das Infrastruturas diz que não passaram ''rodinhas'' na Ponte durante as obras, a CMA não se dignou a prestar declarações ao programa, mandou um comunicado....
O habitual medo a debater quando sujeita ao contraditório....
O engenhocas meteu os pés pelas mãos
mn.
Correio Paulistano, 21 de Setembro de 1879
Bons dias,
em primeiro lugar, acredito que os passeios da ponte Rodoviária de Abrantes ainda vão sofrer alterações que os dotem de uma distância que permita, pelo menos, o cruzamento entre dois peões (uma cadeira de rodas e uma pessoa). Exemplifico um caso que pode ocorrer: existem dois passeios e só um permite a passagem de cadeira de rodas e cadeira de rodas só com 60 centimetros porque as mais largas só na faixa de rodagem… Caso prático: uma pessoa entra nesse passeio e, quando se encontra a 1/4 do percurso, do lado oposto entra uma cadeira de rodas, como não existe espaço para se cruzarem, como se resolve a situação? A pessoa galga os rails e vai para a faixa rodoviária? Pendura-se no gradeamento? Irão colocar semáforos? Alerto que duas pessoas de cintura mais ampla também terão esses problemas. Agora é verdadeiramente deplorável que uma entidade pública se refugie em escassos centimetros pois esta postura ainda é mais lamentável que a falha de não terem previsto as consequências da instalação dos rails. Quanto aos suportes dos candeeiros no espaço do passeio, é uma solução completamente mirabolante e nem merece comentários. Armindo Silveira
ma