O Hilário exigiu ir ao programa da Júlia. Pela animadora do programa ficámos a saber que na cidade vizinha grassa o desemprego juvenil e que há tascas onde os menores podem impunemente beber e darem-se situações como as que levaram à agressão ao Ruben Cavaco.
O Presidente PS local deu uma péssima imagem da terra. Ou seja fez uma taveirada..
O taveirismo do Hilário chegou a um plateau nacional.
E nós temos de pagar com os nossos impostos os delírios da oligarquia. E a Câmara da Ponte de Sôr vai fazer outro irado comunicado contra o sr. Francisco Ferreira da Silva.
O Estado continua a ajustar directamente ao Grupo Lena (Cc: Ministério Público)
A Operação Marquês investiga uma teia de corrupção - e crimes conexos- em que os principais protagonistas são o antigo primeiro-ministro José Sócrates e o Grupo Lena. Quanto mais os investigadores "cavam", mais descobrem indícios da prática de crimes públicos. "Inicialmente o Ministério Público apontava as suspeitas de corrupção apenas para o grupo Lena, defendendo que vários milhões que chegaram às contas da Suíça eram a contrapartida pela intervenção de Sócrates, enquanto responsável político, no desenvolvimento dos negócios daquele grupo, nomeadamente a construção de casas pré-fabricadas na Venezuela, as concessões rodoviárias, o projecto do TGV e as obras do Parque Escolar." (Fonte: Público)
Joaquim Barroca Rodrigues, vice-presidente do grupo Lena e um dos arguidos do processo, chegou a ser detido a 22 de Abril de 2015, estando indiciado por corrupção activa, branqueamento de capitais e fraude fiscal agravada. A investigação no âmbito da Operação Marquês continua e os ajustes directos ao Grupo Lena também. Ora vejamos os ajustes ao Grupo Lena recentemente publicados no portal BASE:
Em 22 de Dezembro de 2015, o município de Lajes do Pico adjudicou a construção dos balneários municipais da Maré, pelo preço de 73.997,06 € (+IVA). (O contrato só foi publicado na semana passada, dia 8). Curiosamente, em Junho de 2015, este município açoriano assinou contrato com o mesmo Grupo para a "construção do posto de turismo das Lajes do Pico, café/bar e instalações sanitárias" pelo preço de 460.001,65 € (+IVA)- o procedimento escolhido foi o concurso público mas não foram publicados os nomes dos outros concorrentes.
No dia 8 de Janeiro, a Parque Escolar adjudicou obras de "reparações diversas" na Escola Secundária de Afonso de Albuquerque, na Guarda. Preço: 41.000,00 € (+IVA).
No dia 16 de Fevereiro, a Águas do Norte adjudicou as obras de reparação na ETAR de Moura Morta - Sedielos, pelo valor de 18.000,00 € (+IVA). (O contrato só foi publicado no passado dia 10).
Outro caso curioso: Ponte de Sor. Em Agosto de 2015, o município adjudicou directamente ao Grupo Lena a "construção de acessos ao campus universitário" por 129.483,92 € (+IVA). Um ano antes, foi publicado o contrato relativo à construção da 2.ª fase do campus universitário por quase 4,3 milhões de euros, fora IVA ( 4.299.000,00 €). O concurso público foi o procedimento escolhido mas desta vez também não foi publicada, no portal BASE, informação sobre os concorrentes preteridos em detrimento do Grupo Lena- ao contrário daquilo que a lei exige. O campus universitário dedicado ao sector aeronáutico era para ter sido inaugurado no final do ano passado. O complexo está inserido no (polémico) aeródromo de Ponte de Sor, cuja obra foi várias vezes denunciada por este blogue em 2013 (aqui, aqui), e seleccionada para o livro "Má Despesa Pública nas Autarquias" (edições Aletheia). Entre as várias notícias publicadas pela comunicação social sobre o aeródromo, partilhamos o link de uma das notícias do jornal I, com o título "Governo de Sócrates responsabilizado por aeródromo de 8 milhões".
Ainda outro caso curioso: Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ, I.P.). Em Maio de 2015, o Instituto tutelado pelo Ministério da Justiça adjudicou directamente ao Grupo Lena a obra de remodelação e ampliação do Palácio de Justiça do Funchal, com um custo de quase 2 milhões de euros, fora IVA (1.965.000,00 €). Este ajuste directo de milhões foi possível graças a uma norma inscrita no Orçamento de Estado de 2014 que veio permitir ao IGFEJ realizar despesas por ajuste directo sem qualquer limite de valor, quando "necessárias para o processo de reorganização judiciária".
Manuel Mattos e Silva, licenciado em Direito, juiz da comarca de Ponte de Sor, natural do Souto, de abastada família aí residente (outro Mattos e Silva, médico foi Colega em Coimbra de Avellar Machado que aí estudou matemática), gostava de pedras antigas e queria montar um Museu na vila alentejana, onde sentenciava pleitos.
Leite de Vasconcelos foi guia de Mattos e Silva na iniciação do juiz ao estudo das antas da região, correspondeu-se com ele e fez uma frutífera incursão a Ponte de Sor e a Montargil, onde recolheu vasto espólio arqueológico.
Mattos Silva recolheu uma importante colecção arqueológica e tentou montar um museu local, mas face ao pouco interesse que as suas intenções encontraram na terra, acabou por doar toda a sua colecção ao Museu de Arqueologia de Belém..
Sobre o assunto
Quase tudo o que digo consta no artigo citado, que convém ler. Acho que há alguma imprecisão sobre as andanças do Leite por Montargil, que aliás foram acompanhadas pelo Comendador e latifundiário Falcão de Souza, mas isso consta noutro registo.
Ver tanto discurso de especialistas municipalizados a falarem sobre arqueólogos abrantinos e arqueologia local, e omitirem o jurista prestigiado e importante arqueólogo amador, que foi o Dr.Mattos Silva é de bradar à Céu.
9/10.6GAPSR Ponte de Sor - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1 Processo Comum (Tribunal Singular)
Autor Ministério Público Arguido Vítor João Lopes Ferreira Interveniente Acidental Projeto Homem - Centro Social Interparoquial de Abrantes Perito António Manuel Mendes Pires
Pelo Tribunal Administrativo Sul de Lisboa. Um privado pedia que lhe fosse devolvido terreno de 84.119,94 m2,. onde está agora a Escola Básica 2/3 de Ponte de Sor, ou seja que lhe fosse dado a Escola (suponho que sem alunos e sem professores), porque o Município andava com desculpas várias para pagar a indemnização justa pela expropriação dos terrenos.
Já condenado o Município voltou a recorrer e foi sumariamente condenado, não a devolver a Escola, mas na prática a pagar uma indemnização mais justa que pode (segundo as próprias alegações da edilidade) ser superior em 800.000 euros ao que queriam pagar.
Ou seja as gloriosas aventuras do Taveira Pinto dão merda.
Que a Oposição CDU, bem entregue, os meta na ordem.