Foi criada uma enorme expectativa sobre um evento (AIR SHOW) que no meu entender, ficou muito aquém do esperado. A enorme expectativa criada, que se pode ver pelo número de pessoas que se deslocaram ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, no passado Sábado 16 de Janeiro de 2016, soube no mínimo a muito pouco, tendo apenas voado 5 aviões. Como se não bastasse, foi anunciado o sorteio de um baptismo de voo, para o qual distribuíram senhas à entrada e que agora sem grandes explicações, foi prenunciado a impossibilidade de o realizar. Como nos diz o provérbio Português: “muita parra e pouca uva”.
(Vítor Morgado)
com a devida vénia ao Victor e ao blogue https://largo25deabril.wordpress.com/
e ainda à CDU da vizinha vila alentejana onde o PS destroça a terra
Será desnecessário acrescentar que nenhum membro do clero diocesano se solidarizou com o padre mulato, duma das mais notáveis famílias crioulas de Luanda.
Se não tinham mexido uma palha por D.António Ferreira Gomes, exilado por Salazar, e antigo Bispo de Portalegre, quem se preocupava com um angolano?
Largo dos Correios
O Padre Pinto de Andrade era um nacionalista angolano, ligado ao MPLA. A guerra começara em 1961. ''Angola é nossa'' berrava a propaganda salazarenta, que o padre Narciso incutia na cabeça dos alunos da EICA com apostólico zelo.
Não vou contar o que foi o trajecto de ruptura do P.Pinto de Andrade com a direcção de Agostinho Neto, sempre fiel a Moscovo e ao estalinismo, que norteou a sua vida.
Só vou assinalar que ontem António Costa indicou como Ministra da Justiça, a Procuradora Francisca Vandunem, de origem angolana, cujo irmão foi liquidado pelos netistas no Golpe Nito Alves.
Conheci a Sita Valles que também mataram. Foi uma chacina impiedosa e planificada, uma caça ao dissidente, uma liquidação em massa em que participaram os cubanos, os russos e os netistas.
E houve oficiais lusos, aí exilados que ajudaram à purga. E o PCP foi largamente solidário com os criminosos.
Diz a Procuradora algures que é muito atenta às questões de igualdade racial, cá na velha metrópole, devido a alguns dissabores que tiveram os filhos em escolas portuguesas.
Não sei quais eram as escolas, mas isso podia-se passar em qualquer escola pública ou privada portuguesa, incluindo o Liceu Francês onde estudam os filhos da elite PS.
Mas as tensões e preconceitos raciais (e sociais) são exclusivo desta velha e decadente cabeça dum Império cujo negócio essencial era o tráfico negreiro?
Não, também aconteciam (e acontecem) em Luanda, uma das primeiras cidades fundadas na África Negra.
É o que conta o irmão do Padre Joaquim, o histórico quadro do MPLA Mário Pinto de Andrade.
É uma tese de Washington Santos Nascimento, sobre os assimilados, numa importante Universidade brasileira. É preciso lê-la para compreender o nascimento do nacionalismo angolano e o itinerário do colonialismo português.
E a razão de ser do despótico regime angolano de hoje.
O grupo Parlamentar do PCP, entregou na Assembleia da República um conjunto de Projectos de Lei para a Criação de Freguesias, entre as quais constavam a reposição das freguesias de Ponte de Sor, de Vale de Açor e de Tramaga, então extintas ao abrigo da “reorganização administrativa do território” acordada entre PS, PSD e CDS com a troica estrangeira e concretizada pelo Governo PSD/CDS-PP.
Em nota de imprensa do passado dia 31 de Julho, o Grupo Parlamentar do PCP tornou público o boicote do PS, PSD e CDS ao impedirem a votação dos Projetos de Lei do PCP para devolução das freguesias às populações.
Segundo a mesma nota, a iniciativa pretendia corresponder “aos anseios e reivindicações das populações e das autarquias, dando corpo ao compromisso [assumido] de reposição das freguesias extintas, […]. No entanto, PS, PSD e CDS-PP impediram a votação dos Projetos de lei de criação das freguesias extintas, contrariando a prática parlamentar, mas limitando também a legitimidade que cada grupo parlamentar tem de ver as suas iniciativas votadas.”
O Grupo Parlamentar do PCP conclui “que PS, PSD e CDS-PP impediram a votação para evitar que tivessem de tomar uma posição sobre estas iniciativas. Esta atitude só revela a cobardia política destes três partidos que querem esconder das populações a sua verdadeira posição contra a reposição das freguesias extintas.”
Mas, neste processo, os factos gravosos para a democracia e o poder local tiveram outros antecedentes.
A Assembleia Municipal de Ponte de Sor, na reunião de Junho, aquando da discussão do assunto para emissão de parecer sobre os três projectos de lei apresentados pelo PCP, assistiu a um número de malabarismo político, capaz de rivalizar com a golpada dos partidos da direita na Assembleia da República e que o PCP denunciou.
Com argumentos falaciosos, o PS e o Presidente da Assembleia Municipal, Taveira Pinto, procuraram boicotar a votação e a emissão do parecer obrigatório por lei, alegando que os projectos de lei do PCP deveriam ser submetidos a um parecer técnico.
A bancada da CDU fez ver a Assembleia que o que estava em causa era a emissão de um parecer, favorável ou desfavorável, sobre um texto que estava a ser apresentado para pronúncia.
A falta de ensaio geral do PS local determinou uma disparidade de posições políticas, culminando no visível descontrolo de Taveira Pinto que, com acto cobarde, abandonou a sala e a sessão a que presidia. Como prova de afectos e lealdade ao chefe, abandonaram ainda a sala o Vice-Presidente da AM, Morujo Henriques, o chefe de gabinete do Presidente da CM, Nuno Castro, o Presidente da JF Galveias Rui Canha Nunes e Lisete Marques, todos do PS.
Prates Miguel, membro da CDU na Assembleia Municipal, assume a Presidência e apesar desta tentativa de boicote, as propostas do PCP foram aprovadas, com os votos favoráveis da CDU, do BE e de três eleitos do PS.
Votaram contra o PSD e três eleitos do PS, e abstiveram-se seis membros do PS, onde se incluem os presidentes das Juntas de Freguesia de Montargil, Foros de Arrão e de Longomel.
A extinção das freguesias de Vale de Açor e de Tramaga representou um projecto de político de empobrecimento do regime democrático, da redução de eleitos de freguesia, da perda de proximidade e do afastamento dos eleitos das populações, da redução da capacidade de resposta perante os problemas das populações, de agravamento das assimetrias regionais e de perda da identidade local.
A CDU e o PCP, em Ponte de Sor, estiveram na linha da frente dessa luta. Com mais este episódio comprovou-se quem em 2010 defendeu o quê e onde se posicionou, apesar de dizer na rua o seu contrário.
Links para o texto e processo dos projectos de lei:
Caríssimo, Muito obrigado pela referência que, por acaso, hoje descobri através pelo google. O link correto do meu blog é http://sobreaponte.blogspot.pt/ que, infelizmente, tenho tido pouco tempo para atualizar.
Caro Dr.Faísca
Obrigado pelo seu comentário. A nossa breve nota ao seu livro (a que pensamos dar o devido destaque um dia destes) bem como ao seu blogue sobre história regional, em especial sobre história da Ponte do Sôr, era para nós uma obrigação porque achamos que a informação de qualidade sobre o passado desta região, é imprescindível para pensar o futuro.
Vamos corrigir o lapso no endereço do seu blogue e recomendamos desde já o seu post sobre a elevação da Ponte do Sôr a cidade com os votos contrários da direita rústica.
Os nossos cumprimentos
MN
PS- Temos para aqui uns comentários dum senhor Joaquim Vaz atacando o nosso admirado Pedro Anunciação, cronista do Sol e dizendo que o Pedro é do Bloco, coisa absurda. Coisa capaz de indignar a senhora Drª Ana Soares Mendes. Também o Vaz recomenda um livro dum ignaro de Bragança. Naturalmente aqui não se fazem críticas infundadas ao Dr.Pedro Anunciação.
(...) No próximo dia 5 de Julho, pelas 16h00, na Biblioteca Municipal de Ponte de Sor, será apresentado o livro «Criando os chaparrais: dois séculos de montado de sobro no Alentejo», da autoria de Carlos Manuel Faísca, através de uma conferência que incidirá naturalmente no conteúdo do mesmo.
O livro, prefaciado pelo Eng. Hugo Hilário, aborda, em pouco mais de 50 páginas, a evolução do montado de sobro alentejano ao longo da história, com o objetivo de conceder ao leitor uma visão geral sobre a «construção» do montado de sobro de uma forma despretensiosa e simples, mas séria e historiograficamente rigorosa.
Este sistema agro-florestal (e ecossistema), tal como ele se apresenta hoje – sem dúvida a principal imagem identificadora de grande parte do Alentejo –, não é mais do que o resultado de séculos de ações e transformações do Homem sobre a natureza. A uma primeira fase mais marcada pela destruição, opôs-se uma fase de construção do montado de sobro, cujas origens remontam a meados do século XVIII, mas que apenas se generalizou durante o século XIX aquando da valorização da cortiça como produto industrial. A obra acompanha assim as vicissitudes do montado de sobro, com especial incidência nos últimos duzentos anos, dando o devido destaque à ação de entidades privadas, às diferentes intervenções do Estado e, sobretudo, às consequências que daí advieram para um dos mais importantes setores da economia regional e nacional, visto que é em Portugal que o sobreiro encontra as melhores condições no planeta para o seu desenvolvimento.
Integrado na coleção «Alentejanando: conversas à sombra de um chaparro» da editora Apenas Livros, este é o primeiro número de uma coleção composta por «livros de bolso» e exclusivamente dedicada a temas alentejanos.
O livro será vendido pelo preço de 4,35 € (à venda no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor).
João Lopes Fernandes junto à Sobreira de Assumadeira, cerca de 1963, na Herdade de Montalvo, em Montargil. Foto in "Devoção Suberícola - As Herdades de "Leitões" e "Montalvo" do Sr. Comendador João Lopes Fernandes" de Joaquim Vieira Natividade.''
página do facebook : Fundação João Lopes Fernandes
Tendo em conta que o espólio do Senhor Doutor Solano de Abreu não foi preservado pelos herdeiros com a dignidade que merecia (parece que chegou a ser levada uma papelada repartida em 2 caixas de sapatos a uma Biblioteca por um gajo que a malta sabe) e andaram por aí papéis a ser vendidos nos alfarrabistas.....
Tendo em conta que nos chegou às mãos parte do espólio do Rev.Cónego Freitas, por compra a um vendedor de velharias local
que foi Pároco e Arcipreste desta Cidade e que Deus tem na Santa Glória, faremos o possível por preservar essa parte da História de Abrantes...e alguma será divulgada aqui
Esta curiosa tabela de preços fúnebres anotada pelo seu próprio punho pelo Padre Freitas, quando era Pároco da Ponte de Sôr, donde saiu para Abrantes, por causas que constam nos papéis na nossa posse e certamente no Arquivo da Cúria Diocesana, é muito curiosa. Que queria dizer o Reverendo Cónego com a marca registada?
Vaticano SA????
Funerária Freitas????
O modelo da tabela de preços, com desconto de 50% para os alentejanos que pagassem a côngrua, foi seguido depois por várias paróquias da cidade e concelho durante a época do bondoso sacerdote (era bondoso mas pouco esperto, não conseguiu que nenhuma idosa legasse os bens a São Vicente, dizia ele se Jesus Cristo não recebeu nenhuma herança, São Vicente que era da mesma escola também não deveria quer receber...)...
No verso o sacerdote anotou
Não venham ralhar connosco por divulgarmos segredos da Igreja, porque o Arquivo de Constância faz o mesmo e divulgou a foto de dois importantes vultos (por acaso minhas amigas ) da História da Igreja abrantina, as irmãs do Sr.Padre Catarino, que também por acaso comungavam com a mesma antipatia que tinha Fernando Velez para com o Freitas....
Arquivo de Constância
Portanto o arquivo do Sr.Cónego Freitas está, como estavam as G-3, que o capitão Fernandes desviou de Santa Margarida, em boas mãos.
MN
PS- Porque será que o Rev.Cónego não meteu um desconto no regulamento para enterros de seminaristas?