O nosso amigo e grande abrantino dr. Paulo Guedes de Campos foi um grande parlamentar do PRD onde foi colega do popular Armandinho.
O PSD queria proibir o Carnaval, seguindo a táctica cavaquista de que tudo o que seja divertido é pecado. Tese em que o actual cavaquista Fernandes difunde num conhecido periódico anti-gay, o apostólico Mensageiro de Bragança.
(...)
o nosso amigo Paulo Campos com o garbo de tribuno republicano, herdado do velho Ramiro Guedes, que espantara o Senado da República com a sua eloquência, teve de salvar a situação:
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A Assembleia ficou esclarecida. Os buscapés eram bichas de rabiar........
E o Fernandes já estava como uma bicha de rabiar ......quando abriu a boca, tinha de ser, o Mendes Bota
que disse que não só as bombas de carnaval deviam ser proibidas, mas todo o tipo de bombas porque o barulho podia matar os doentes cardíacos....
Resta dar a palavra ao deputado cavaquista Abrantes (João) que veio explicar pedagógico ao Fernandes que não se podia proibir tudo: ''
Maria Fernanda Corte Real Graça e Silva, jurista, abrantina, comunista, burguesa (tenho de ir beber um copo com o filho, o cher Orlando), anti-fascista, ex-dirigente do MUD Juvenil, uma das mulheres mais importantes nos anos 40 no movimento estudantil, mulher do Advogado Dr.Orlando Pereira, desafia a ditadura falando pela CDE de Abrantes, ao lado de Maria Barroso, no comício da Oposição na capital do Distrito, em 1969.
Transcrevo a notícia:
'' Grande vibração no comício democrático em Santarém
SANTARÉM 4—(Do nosso enviado especial) — Um entusiasmo vibrante caracterizou a primeira sessão de propaganda dos candidatos democráticos do distrito de Santarém, realiza-da no Cine-Teatro local Muitas centenas de pessoas assistiram á sessão, que foi presidida pelo dr. Fidalgo Pereira, que estava ladeado pelos candidatos No palco sentaram-se ainda representantes <te comissões concelhias do Movimento Democrático e o representante da autoridade. O dístico da «Democracia» e «Amnistia» e as cores nacionais decoravam a sala Uma bandeira portuguesa cobria completamente a mesa da presidência
A sessão foi aberta peio gr. Alves Castelo, da Comissão Coordenadora da C.D.E. de Santarém, que em breves palavras inicieis, pediu uma salva de palmas por todos os que caíram pela Democracia e manifestou. depois a confiança na vitória fina das forças democráticas. dos homens comuns.
O mesmo orador apresentou, depois um a um, os seis candidatos, a quem a assistência dispensou calorosas salvas de palmas, ao mesmo tempo que gritavam «Liberdade», «Democracia» e «Abaixo o Fascismo».
Desigualdade entre a Oposição e a U. N.
O primeiro orador foi o dr. João Luís Lopes, candidato á advocacia Começou por pôr em relevo a desigualdade entre a Opinião Democrática e a União Nacional, nas presentes eleições
No finai, o dr. João Luís Lopes pediu uma ampla amnistia.
Falou, a seguir, o dr. Antunes da Silva. Fez ume crítica severa ao Regime, Historiou as razões que levaram o Estado Novo a promover as eleições citando a frase de Salazar de que «não se pode governar contra a vontade dum povo».
Maria Barroso: uma voz empolgante
Maria Barroso, a oradora seguinte, deu, com a sua voz extraordinária, palavras que foram aplaudidas entusiasticamente pela assistência.
Lembrando que estivera em Santarém há 22 anos, a grande actriz apresentou-se como combatente do Regime.
Com simplicidade — mas também com extrema convicção, que empolgou a assistência — Maria Barroso referiu-se a vários aspectos da actual situação portuguesa.
António Reis, que falou a seguir, dissertou longamente sobre as questões do ensino.
No fim da sua exposição pediu a reforma democrática do ensino e a normalização da situação universitária, segundo as bases aprovadas na reunião nacional do Movimento Democrático. Afirmou que «qualquer reforma democrática do ensino tem de passar por uma reforma geral das estruturas portuguesas». A finalizar referiu-se á situação da agricultura, defendendo a expropriação de latifúndios e sua entrega a associações de agricultores.
O eng.° Lino Neto — recebido, a seguir, com calorosa salva de palmas — começou por criticar o conceito da Pátria, do Estado Novo, dizendo que Pátria é o Povo.
Acentuou que o Povo português demonstrou sempre ser patriota, enquanto as classes dominante se vendiam ao estrangeiro.
Em apoio da sua afirmação lembrou os períodos de D. João I, dos Filipes, do Liberalismo e, finalmente, dos tempos de propaganda da República. «O povo português sabe governar-se, mas não o deixam» — disse.
O papel do escritor
O escritor Alexandre Cabral 1evantou-se, depois, para ler o seu discurso.
Depois de nós só a Turquia
O dr. Fidalgo Pereira, falou, a seguir, das condições em que se desenvolve uma campanha eleitoral, considerando que estas eleições são idênticas ás anteriores. Quando se referiu ao general Humberto Delgado, que apelidou de «o general Sem-Medo», foi alvo de uma impressionante ovação.
Comparou, depois, a situação de Portugal com outros países europeus, demonstrando, com auxílio de estatísticas, que o nosso País ocupava quase sempre o último ou os últimos lugares («depois de nós só a Turquia)».
A finalizar fez um largo exame dos problemas mais prementes do distrito.
Por último lugar falou a dr. Maria Fernanda Silva, de Abrantes, que se empenhou na desmistificação da noção salazarista de «democracia orgânica», historiando as lutas de Oposição, desde o Movimento de Unidade Democrática até aos nossos dias.
A assistência guardou, depois, um minuto de silêncio em memória do general Humberto Delgado e de todos os que caíram na luta pela Democracia. Seguiu-se a entrega de um ramo de flores ao candidato António
Reis por uma representante da juventude do distrito.
A sessão terminou com a declamação, por Maria Barroso, do poema «Ode á liberdade, de Jaime Cortesão, entusiasticamente aplaudido pela assistência.''
devida vénia ao blogue 1969 Revolução Ressaca e ao seu autor Gualberto Freitas
o recorte acho que é do Diário de Lisboa, então dirigido por Ruella Ramos (que mandava o Saramago escrever os editoriais como ele queria...), de 6-10-1969
Do lado do fascismo encontrava-se....Magalhães Mota, como candidato, que terminou ao lado do Armando Fernandes no PRD.
Mas para ser justo, haverá que dizer que, como deputado da ala liberal, Mota combateu a Ditadura, coisa que não posso dizer do Fernandes...
Faltavam-lhe muitas das coisas que tinha a Camarada
que honrou os compromissos de Abrantes com uma velha dama, esta
(azulejos numa casa de Alvega, genial foto do Artur Falcão)
ma
nota: Nunca vi a mulher de extraordinária cultura que foi a Senhora Drª D. Maria Fernanda Corte-Real Graça e Silva dar uma entrevista a dizer que os ''fascistas'' a queriam enforcar na Barão da Batalha, mas vim um ignorante e falsificador da história dizer isso num jornal, de que é directora uma amiga minha
ou seja o clube de tiro de S.Miguel, onde nasceu a tentativa de montar um partido bonapartista, anti-partidos, refúgio de todos os descontentes e desempregados políticos....que se chamou PRD
foi quase tudo, desde ponto de conspiração dum grupo que saía à rua debaixo das saias da Senhora Dona Manuela Neto Portugal Eanes, e que depois andou a hesitar entre apoiar a Lourdes Pintasilgo e um homem decente e anti-fascista, Salgado Zenha, .a.....casa de...
É mais um exemplo da decadência abrantina, que não conseguiu aproveitar uma infra-estrutura com uma situação única.
As fotos excelentes como sempre, são do caro Artur Falcão.
mn
Dedicado aos nosso leitores de Lagarelhos e à comunidade galega
retirado do glorioso livro do caricaturista CID - Superman,Intervenção, Lisboa, 1970
o sr. dr. Duarte Lima no isolamento da sua cela parece que se dedica segundo um grande amigo
galego à leitura dos clássicos.....
Isto é lê este blogue que é um clássico.......
suzy de noronha
Diz-nos um leitor: sobre CMA patrocina Kultura do Vale das Rãs na Quinta-feira, 4 de Agosto de 2011 às 12:13:
licenciar e isentar de taxas arraiais no seio de áreas residenciais é indigno e uma completa falta de respeito pelos residentes. É uma escandalosa falta de noções de civilidade e urbanismo da presidente da câmara de Abrantes, Maria do Céu. Pessoas destas não merecem os cargos que exercem! Isto serve para pagar os favores a uns quantos elementos da comissão a quem ela deve parte da campanha eleitoral na freguesia de São Vicente. Os que pagam os impostos condignamente, que se lixem.
Que porca miséria.
Meu caro leitor:
Tem toda a razão. Como diria o duce Sílvio e diz o meu amigo : porca miseria
substituímos o cevado por um hipópotamo para não ofender um carrilhista ex-prd ( e quem sabe ex-anp) que sempre que lhe falam em porcos, como esta
acha que lhe estão a chamar reco......
Para saber que esta senhora porca não é ele, basta fazer click aqui
Edite Fernandes, natural de Vinhais, mas não de Lagarelhos....hoje ao leme da redacção....
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