Em 1923, Fernando Pessoa publica ''Aviso em Defesa da Moral'' (assinado por Álvaro de Campos) e o seu amigo Raul Leal ''O Descaramento da Igreja Católica'' . Ambos os textos são um protesto contra a apreensão de ''Sodoma Divinizada'' do Leal e das 'Canções'' do António Botto e contra a campanha anti-gay desencadeada pela juventude católica de Lisboa.

Pessoa distribuiu o folheto anti-censura a uma vasta lista de personalidades, uns pelo correio, outros em mão.

Entre os que receberam o médico abrantino Zeferino Falcão e o Reverendíssimo Bispo de Portalegre,que era D.Domingos Frutuoso.

A cara do dominicano deve ter sido digna de se ver quando recebeu o aviso de Álvaro de Campos.

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ver sobre o assunto

Os destinatários dos panfletos pessoanos de 1923

José Barreto

publicado pela Brown University

donde se retirou a informação

Passou há dias o aniversário de António Botto (n. na Concavada em 17 de Agosto de 1897). Felizmente as autoridades religiosas, Kulturais, políticas e analfabéticas estavam a banhos e não vieram insultar o grande poeta com gloriosas comemorações.

Botto foi pouco abrantino porque passou aqui escasso tempo e quanto tinha 4 ou 5 anos foi para Lisboa. Mas à falta de melhor a terra agarra-se a um longínquo parentesco para ter algum vulto  literário de referência, para que o vulgo não pense que os abrantinos são todos como a chefa,  o Jota Pico e outros curiosos exemplares.  

A pátria verdadeira de Botto foi a Baixa Lisboeta e nesta foto aí está no hoje turístico Martinho da Arcada em tertúlia literária, com Fernando António e Raul Leal, o da Sodoma Divinizada, título ainda hoje capaz de dar um ataque de nervos à Dona Ana Soares Mendes.

Estamos a falar de cultura e por isso o Fernando António não é o medíocre carreirista Baptista Pereira, mas o genial Nogueira Pessoa.

Homenagear Botto é lê-lo.

Resta dizer que Botto teve pouca sorte com Abrantes. Primeiro foi saneado duma rua para dar lugar a uma semi-analfabeta chamada Catarina Eufémia. Depois, querem arrasar metade do edifício onde se aloja a Biblioteca que justamente leva o seu nome, para fazer uma coisa''moderna''.

Não quero falar da militância e prática homoxessual de Botto, mas quero falar do Baptista Pereira. Coincidências.....

A criatura que impingiu o Carrilho da Graça aos mentecaptos que o escolheram, aos edis que o aplaudiram e contrataram contra a lei e lhe pagaram quase 1 milhão de ouros (uma telenovela digna não da RTP, mas da RPP) e imbecis como o Armando Fernandes, sempre prontos a aplaudir qualquer coisa que não exista em Lagarelhos.

Por isso digo que, ao defendermos São Domingos estamos a homenagear

António Botto!!!

miguel abrantes