Casa feita por Mestre Raul Lino para a família Serra da Mota. Foto do carísimo Artur Falcão.
ma
O Senhor A..Martins diz assim na página da DGPC
''Tendo recebido foral, em 1313, por iniciativa da Rainha Santa Isabel (1271-1336), é possível que o "Pelourinho do Sardoal" fosse erguido somente no século XVI, centúria à qual remonta a elevação da localidade a Vila, por parte de D. João III (1502-1557) e, mais propriamente, em 1532.
Não obstante, o pelourinho que hoje observamos na praça fronteira aos paços do Concelho resulta de uma reprodução realizada em 1934, a julgar pela data inscrita no seu topo (vide infra).
Assente directamente em soco constituído por quatro degraus, o monumento apresenta-se formado por coluna de fuste oitavado interrompido por anel quadrangular, sendo coroado por capitel paralelepipédico com as pedras de armas da Vila e a data de reconstrução (vide supra), assim como por quatro braços de ferro. O remate é composto de pináculo tronco-piramidal decorado com anéis, em corda, com flor estilizada no topo sobrepujado por ganchos curvados.
[AMartins]''
Depois a página da DGPC assevera que o pelourinho é IIP-Imóvel de Interesse Público remetendo para o Diário de Governo e para um Inventário de Pelourinhos.
Diz o técnico prudentemente ... ''a julgar''.... e não sabe quem foi o arquitecto que inventou o pelourinho.
Bastava ter falado com o historiador e ex- Vereador da Cultura Luís Gonçalves para descobrir o talentoso ''inventor''.
O arquitecto foi Raul Lino.
Resta dizer que a DGPC acha que o ''pastiche'' é um imóvel classificado ,mas não é. Remetem para o decreto salazarista que classificou em 1933 todos os pelourinhos a inventariar pela ANBL-Academia Nacional de Belas Artes. O inventário foi feito, mas nele não consta que existissem então pelourinhos em Abrantes e Sardoal ou sequer vestígios deles.
(Sobre o de Abrantes conheço uma gravura do século XVII que o mostra e Eduardo Campos publicou vários artigos sobre a sua demolição.)
Portanto não está classificado o pastiche de Raul Lino e era bom que o classificassem especificamente. Porque é uma excelente peça arquitectónica.
Fica feita a sugestão ao dr.Miguel Borges.
mn
créditos: Fundação Gulbenkian
Raul Lino foi uma das grandes figuras da arquitectura lusitana com bastantes obras em Abrantes, das quais a mais conhecida é a Assembleia
de Abrantes.
Um dia destes evocaremos algumas dessas obras.
Agora só um breve perfil dum artista que compreendia a paisagem.
Nasceu em Lisboa a 21 de Novembro de 1897 e faleceu a 13 de Julho de 1974. Estudou arquitectura na Alemanha.
Em Portugal desempenhou os cargos oficiais de Chefe de Repartição de Estudos e Obras de Monumentos do Ministério das Obras Públicas e Superintendente dos Palácios Nacionais.
Muitas das obras que assinou revelam concepções da arquitectura tradicional portuguesa.
Entre as obras mais importantes que publicou referem-se: A Casa Portuguesa, A Nossa Casa, Casas Portuguesas, Auriverde Jornada, Quatro Palavras.
Foi colaborador de vários jornais e revistas, entre eles: Diário de Notícias, Diário Popular, Diário de Lisboa, Panorama, Atlântida, etc.
Foi membro fundados da Academia Nacional de Belas Artes e seu secretário.
Na sua profissão respeitou sempre a tradição portuguesa, tanto nos edifícios urbanos como nos rústicos.
Entre as suas obras arquitectónicas destacam-se: Solar dos Patudos, em Alpiarça, Cinema Tivoli, em Lisboa, Casa de Ribeiro Ferreira, em Lisboa, remodelação do parque e edifício do Bom Jesus do Monte, em Braga, arranjos arquitectónicos no Jardim Zoológico, de Lisboa, idem na Casa dos Ciprestes, em Sintra.
A Casa da Comenda, em Setúbal, é obra de Raul Lino.
Em 1927 veio a Setúbal, a solicitação da Câmara Municipal, para se informar do estado em que se encontrava o edifício dos Paços do Concelho. Foi então encarregado de elaborar o projecto da sua reconstrução [pelo qual cobrou dez mil escudos].
Veio várias vezes a Setúbal, tendo entregado o projecto em Junho de 1928. (…)
À data da morte era presidente da Academia Nacional de Belas Artes.
In Quintas, Maria Conceição, Monografia de São Julião – Setúbal, edição da Junta de Freguesia de São Julião, 1993
in praça do bocage um blogue pró PCP de Setúbal
(a que voltaremos para evocar as aventuras de Baptista Pereira)
aqui engravatado, mais o sumavielle and so...
publicado por miguel abrantes
O Sardoal com Memória publica um interessante post sobre os projectos do Arq. Raul Lino para a Vila do Sardoal.
Recomendamos a sua leitura.
O sr. Luís Manuel Gonçalves refere uma notícia do Correio de Abrantes de 1932 onde se informa que a convite do Dr.David Serras Pereira o célebre arquitecto visitara a Vila e a partir daí concebera alguns projectos arquitectónicos para o Sardoal, uns realizados, outros que infelizmente não passaram do papel.
foto in adagio-2009.blogspot.com
O Advogado Dr. David S. Pereira teve banca de causídico em Abrantes, foi um homem ligado à Imprensa e à política regional como monárquico integralista.
Morto prematuramente quando dele muito se havia a esperar, deixou 2 filhos o nosso amigo Dr. João Nuno Serras Pereira e a Senhora D.Manuela Serras Pereira.
O Dr.João Nuno teve um papel destacado com Agostinho Baptista e Duarte Castel-Branco no salvamento do Convento de São Domingos, ameaçado então como agora pelo camartelo.
Dois dos seus filhos, o arquitecto Gil Serras Pereira e o Rev. Frei Nuno Serras Pereira deram-nos a honra de serem signatários da petição.
Raul Lino fez também vários projectos para Abrantes, do qual o mais destacado é o edifício da Assembleia de Abrantes, barbaramente assaltado durante o Prec, sem nenhum respeito pela sua singularidade patrimonial e arquitectónica.
Assembleia de Abrantes. foto dias dos reis
(quem não compreendeu a paisagem edificada foi o construtor do Prédio dito do Pelicano...)
Raul Lino foi um arquitecto capaz de compreender a paisagem, não há um projecto seu que tente sobrepor-se ao território, mas integram-se sempre nele.
Lição que João Luís Carrilho da Graça foi incapaz de compreender em Abrantes.
Agradecemos ao sr. Luís Manuel Gonçalves mais esta lição de história do Sardoal e da Região.
Marcello de Ataíde
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)