Frei Francisco de Oliveira foi um erudito frade dominicano que viveu, no Convento de S.Domingos , vários anos, no século XVIII e deixou obra vultuosa sobre ‘’antigualhas’’ romanas, tanto abrantinas, como da sua região natal, o Baixo Alentejo.
(foto Artur Falcão)
O seu trabalho consta parcialmente publicado em várias obras de referência , nesse remoto século.
Em Abrantes, foi o capitão Mourato, que se referiu ao dominicano pela primeira vez na sua monografia sobre a história da vila, (Archivo dos Municipios portuguezes historia analytica, descritiva e critica de todos os municipios do Reino... 1885), reeditada por Eduardo Campos em 1981, com o título ‘’ ’Memória Histórica da notável vila de Abrantes’’.
Há alguns anos, a investigadora bejense, Marta Páscoa, na sua tese de mestrado, ‘’Frei Francisco de Oliveira, A escrita da História Regional e Local no século XVIII’, (2002)’’, resgatou a memória do frade dado às pedras romanas e aos velhos alfarrábios.
Traçou o retrato possível, à luz da documentação coeva, da vida e obra dum sábio clérigo, saído da pequena nobreza bejense e que colaborou intensamente com os homens, que no século XVIII, estavam a reescrever a história pátria, limpando-a das patranhas lendárias que séculos de obscurantismo tinham acumulado sobre ela.
Um grupo de homens ilustrados pelo espírito do iluminismo e que em parte se reuniam sob a égide da Academia de História, a cuja fundação andou ligado o 1º Marquês de Abrantes.
Pela sua correspondência, publicada e citada pela Autora, sabemos que esteve em Abrantes seis anos, talvez a partir de 1742.
Numa das suas obras, dá notícia duma lápide romana abrantina, que viu em 1747, na Quinta do Seixo ’’ ‘’Esta em Abrantes em 1747 na quinta chamada do Seixo dos padres dominicanos que continha o seguinte:
‘’Taemilio Ma Or.
Aed. II vir Flamin.
Provinc. Lusitaniae
Taemilia Maerina. D. S. P. F.
Isto he: sendo Tamilio Maero Almotacé e segundo varam do governo levantou este sepulchro a Temilia Maerina Sacerdotiza da Província Lusitana.’’
( Frei Francisco de Oliveira, "Memórias para a História da Província do Alentejo’’ publicada por Marta Páscoa, na tese citada).
Esta obra foi reconstruida pela autora citada, a partir dos manuscritos do dominicano, que se encontram na Biblioteca Pública de Évora (entre os papéis de Frei Manuel do Cenáculo) e no Arquivo Municipal de Beja.
O frade, em múltiplas publicações feitas em livros da época e noutros textos deixados inéditos, existentes na Biblioteca Pública de Évora e no Arquivo de Beja (etc), transcreve lápides romanas, existentes sobretudo no Alentejo.
A autenticidade dalgumas destas lápides é atestada pelo académico e reputado especialista em epigrafia, Prof José da Encarnação, por exemplo na sua monumental obra ’’Inscrições Romanas do Convento Pacense’’ (Coimbra, 1984).
A partir dos manuscritos do frade, que consultou na BPE, o capitão Mourato escreveu:
Transcrição de Manuel Mourato da lápide da Quinta do Freixo ( Campos, 2002)
A transcrição não é igual e há divergências de datas. Mourato diz que o frade a viu em 1742, este diz que foi em 1747. Também afirma que no papel que consultou não havia tradução e que fez esta:
Que é muito diferente da proposta por Frei Francisco.
Mourato refere outra lápide, que o frade teria visto na mesma quinta. No que Marta Páscoa publicou, não há referência a ela.
Mourato diz que transcreveu a lápide a partir dos ‘’apontamentos manuscritos para a história da sua pátria (a Cidade de Beja)’’, que estariam entre os papéis de Frei Manuel do Cenáculo, na Biblioteca Pública de Évora. ‘’ Os quais se conservam na Biblioteca Pública de Évora, entre os papéis do Arcebispo D.Fr Manuel do Cenáculo, já bastantes deteriorados’’.
Temos portanto, que o frade descreveu e traduziu uma lápide abrantina, existente em 1747, que diz que viu e que o documento, escrito pela sua mão, jaz na Biblioteca Pública eborense, no Códice cIII.
Face a esta descrição factual do capitão Mourato (e ainda a outras sobre os desaparecidos documentos alegadamente escritos por Frei D.João da Piedade, Bispo de Macau ou da China, sobre história de Abrantes), desdobraram-se em considerações, Eduardo Campos e Joaquim Candeias Silva.
Bastantes pouco abonatórias para Mourato. E no mínimo infelizes.
Temos agora a prova documental, graças a Marta Páscoa, que parte dos documentos citados por Mourato, estavam na BPE, como ele sustentava.
E que o capitão Mourato não inventou nenhuma lápide, transcreveu-a a partir dos apontamentos setecentistas de Frei Francisco de Oliveira.
Era um probo historiador, Mourato, aqueles que atiraram pedras, podem agora meter a viola no saco.
Finalmente fica a pista, na tese citada há amplas referências a uma volumosa massa documental, saída da pena de Frei Francisco (alguma com referência a Abrantes), dispersa pelos arquivos citados, que ainda não está estudada.
Entre esses papéis, podem estar os outros documentos citados por Mourato e que não são vistos desde o século XIX, como os famosos apontamentos do dominicano abrantino, o Bispo Fr. D.João da Piedade, sobre a História da Vila abrantina.
ma
Em 2003, o dr Álvaro Batista e o C.Silva, publicaram um estudo no ''Ficheiro Epigráfico'', onde davam conta da descoberta duma lápide ou ara romana inédita, em S.Facundo, e procedia à sua leitura.
A leitura do prestigiado arqueólogo abrantino foi esta:
''Triteu, (filho de?) Turao?, cumpriu de bom grado um voto a
Peica (?).''
Advertiam depois Álvaro Batista, e o seu colaborador, que Peica era uma divindade indígena, que continuava a ser honrada, quando a romanização ia já adiantada (Sec. II) e que não se conhecia paralelo, com esta Deusa (?) na Península.
Posteriormente, outros autores, como o Professor José María Blázquez, um dos mais eminentes romanistas ibéricos, estudaram este assunto.
Acha que o teónimo seria Peicai e encontrou-lhe um paralelo em Numância: Paicacomai.(1).
Estaríamos portanto perante uma peça de história abrantina (e ibérica) a preservar a todo o custo e que devia ter um lugar de honra num museu de História da Cidade.
Como não a vi em nenhuma exposição, inquiri a CMA, donde estava a peça:
Eis a alucinante resposta da Drª Filomena Gaspar, responsável pelo Museu D.Lopo de Almeida, e ao tempo empresária de arqueologia.
Como é que possível que o património em Abrantes, esteja assim?
Como é que uma peça única na Península Ibérica leva descaminho?
Era Vereadora da Cultura, Isilda Jana.
Finalmente diz a Lei, que a Isilda incumpriu :
Quem encontrar, em terreno público ou particular, ou em meio submerso, quaisquer testemunhos arqueológicos fica obrigado a dar conhecimento do achado no prazo de quarenta e oito horas à administração do património cultural competente ou à autoridade policial, que assegurará a guarda desses testemunhos e de imediato informará aquela, a fim de serem tomadas as providências convenientes.
2 - A descoberta fortuita de bens móveis arqueológicos com valor comercial confere ao achador o direito a uma recompensa, nos termos da lei.
mn
(1)José Maria Blasquez, TEÓNIMOS HISPANOS. ADDENDA Y CORRIGENDA. V-Acta Palaeohispanica X
Palaeohispanica 9 (2009), pp. 39-61
(2) Informação interna da autarquia de 30.4.12
O Prof. José da Encarnação publica um estudo sobre o marco miliário encontrado em 1976 na Ponte de Sôr.
(Miliário de Ponte de Sô r(Conventus Pacensis)
José d'Encarnação, José Rafael da Silva)
Enquadrava-se na estrada de Olisipo a Emerita por Abelterium.
A peça arqueológica está na posse do achador, sr. José Rafael Correia da Silva.
No marco está inscrito :'
''IMP(eratori) / CAES/[A]R(i) AVR(elio) [?] / MAXI/''
O Prof.Encarnação afirma não conseguir identificar o Imperador a que se refere o texto.
A peça tem inevitável importância para o estudo da romanização da nossa região.
Nenhum dos arqueólogos que dissertou, olímpico, sobre a história abrantina o referiu, se bem nos lembramos.
A autarquia alentejana devia ter adquirido ou pedido a cedência da peça para a musealizar na cidade alentejana.
Desde 76 nenhuma das Vereações se preocupou com isso.
Seria óbvio acrescentar comentários sobre essa tropa mas omitem-se.
Pode ler-se aqui o estudo do Prof.Encarnação, um dos grandes estudiosos da época romana na academia lusa.
ma
imagem devida vénia: Ficheiro Epigráfico
O dr.Álvaro Baptista, o único arqueólogo abrantino que conhece o território do concelho como a palma da sua mão, desfaz o catálogo da última exposição do celerado MIAA num post arrasador
inauguração da coisa
O melhor texto de arqueologia e História abrantina em 2017.
(...)
COITADA DA ARQUEOLOGIA NO CONCELHO DE ABRANTES, QUE MERECIA MELHOR SORTE QUE A QUE TEM. LEMBREM-SE ARQUEOLOGIA É CIÊNCIA E NÃO FICÇÃO OU SEQUER POLÍTICA.
NUNCA ESPEREI EM 57 ANOS DE MINHA VIDA VER TANTA POBREZA, NEM INDIGNIDADE.
DIZEI-ME: PODEREI ACREDITAR NO QUE ARQUEÓLOGOS DO MIAA ME TRANSMITEM EM ARTIGOS, CATÁLOGOS OU REVISTAS? EU SEI O QUE PENSAR E VÓS O QUE PENSÁIS?(.....)
Álvaro Baptista
O Delfino que responda (se é capaz.....)
ma
Pelo seu interesse e actualidade voltamos a publicar um post de 2014
Boa tarde a todos
Respondendo a MN importa esclarecer antes de mais o seguinte:
-A construção da A23/ IP6 não dispunha de acompanhamento arqueológico. As intervenções em Quinta da Légua - Amoreira, Pedreira - Rio de Moinhos e Fonte do Sapo - Mouriscas deveram-se à então minha intervenção para a Amoreira junto do IPT de Tomar, Rio de Moinhos em relatório enviado ao IPPC e na Fonte do Sapo por minha indicação à Filomena Gaspar. Ora, quaisquer dos trabalhos feitos nas estações mencionadas foram feitas em cima da hora e nenhuma delas revelou extrema importância ao ponto de ser classificada e protegida. Se assim o fosse certamente o IPPC teria tomado medidas na altura. Importa aqui referir que no caso da Pedreira a necrópole ficou debaixo da estrada tapada com geotêxtil. Em qualquer dos casos julgo que não poderia ter feito melhor do que fiz em prol da defesa do património arqueológico concelhio. Se para proteger um local basta por vezes a colaboração de proprietários, musealizar implica primeiramente escavações arqueológicas (excepto algumas mamoas). Importa ter em atenção que não consigo andar em todo o sitio protegendo e escavando. É humanamente impossível andar protegendo mamoas do Bronze e arte rupestre a norte do concelho e simultaneamente a escavar no Olival Comprido ou em Alvega. Eram necessários meios que não existem. Escavações na Qtª de S. João - Casa Branca - Alvega são fundamentais se querermos investigar se ali se situaria A velha Aritium. No caso do Olival Comprido escavações se impõem (PNTA seria obrigatório), dado que este local se encontra no PUA (R3) como zona de expansão urbana. Ali se impõem escavações atempadas e não na hora ou através de alguma empresa de arqueologia (como são favoráveis algumas opiniões). Importa afirmar que qualquer licenciamento para o local por parte do Município é ilegal. Como estas duas estações, no concelho de Abrantes inúmeras outras existem a precisarem de intervenção. Mas, sozinho não o farei e muito menos como responsável, face à categoria que detenho de Assistente de arqueólogo.
Sem dúvida que Abrantes necessita de um novo Museu que dignifique a arqueologia e o concelho. Agora é efetivamente necessário uma estratégia pra o concelho que abranja amplas orientações, intervenções, musealização, classificação...
Por minha parte farei o que estiver ao meu alcance pelo património arqueológico concelhio dentro das minhas limitações como assistente de arqueólogo.
Espero que fique bem claro que quem diz ser arqueólogo do Município é Filomena Gaspar me apenas responsável por acções que impliquem a minha directa intervenção. Por muito boa vontade que se tenha assumir trabalhos de arqueólogo e ser remunerado como assistente não o farei, excepto aqueles que decorrem do protocolo existente com o IPT e PNTA.
Como diz MN tudo isto é Politica. Mas, existem politicas e politicas.
Blogue: Escola do Rossio
Bem hajam
Álvaro Batista
Caro Álvaro:
Desculpe o atraso na edição do seu comentário, mas ele referia-se a um post de 2013 e para lhe responder havia que consultar uma papelada. Aquilo que nos diz suscita-nos estas breves reflexões.
1- Todos sabemos que no terreno a preservação das estações arqueológicas abrantinas tem sido um trabalho quase de carola feito especialmente por si. É um mérito que ninguém lhe pode tirar, um serviço inestimável à Cultura e a Abrantes. E todos sabemos que sendo o Álvaro arqueólogo e sabendo mais que alguns doutorados, o classificam profissionalmente na CMA como ''assistente de arqueólogo'' e não lha reconhecem o seu labor. Acontece ao Álvaro o que aconteceu ao Eduardo Campos...
que além de ser tratado dessa maneira, foi humilhado publicamente a título póstumo por não ser da ''cor'' e ainda por ter sido capaz de escrever no ''Primeira Linha'' que era um crime lesa-Abrantes instalar o Arquivo Histórico ao lado dum depósito de sucata no cu de judas.
Esta forma de ostracismo profissional roça a perseguição política ( o que é aconteceu àquele rapaz que ganhou o concurso público para Director do Arquivo? Porque é que o Arquivo funciona sem Director? E a Biblioteca?), é mesquinha e digna de inquisidores rupestres.
Enquanto o Álvaro se sacrifica e trabalha a Filomena Gaspar concilia com o trabalho de arqueóloga municipal com interesses empresariais na área da arqueologia. Enquanto o Álvaro tem um salário baixo, a CMA mantém contratos de avença na área da arqueologia pelo menos com três pessoas (o Gustavo, o Oeesterbeck e o Delfino) que são professores do ensino superior e portanto estão na prática pluri-empregados....
2-O Olival Comprido, para quem não sabe, fica em Alferrarede e é propriedade da Casa Agrícola Moura Neves. Fica ao lado do cemitério local. Foi alvo de 3 escavações a última em 2003. As três foram dirigidas por Filomena Gaspar. A base de dados oficial não informa quem patrocinou qualquer escavação. Mas tenho informação oficial por outra via que houve participação de entidades privadas. Que se encontrou na última????
O estado de conservação era bom...em 2003. O local foi vedado com consentimento da Família Moura Neves e a vedação paga por uma entidade mecenática.
De 2003 a 2009 vão seis anos e Isilda Jana como Vereadora da Cultura. De 2010 a 2013 Isilda Jana foi responsável pelo projecto MIAA na CMA. Que se fez no Olival Comprido???
Como se conservaram os mosaicos romanos únicos no concelho?
Foto : Carta Arqueológica Abrantes
O estado da estação romana em 2014 ainda é bom?
Ou esteve abandonado?
Ou está a degradar-se?
Com tanto dinheiro gasto no MIAA e em estudos que não foram tornados públicos sobre a viabilidade da coisa, etc, não poderia ter sido comprado este terreno, feita a escavação e musealizada a villa romana?
Foto : Carta Arqueológica Abrantes
http://sic.cm-abrantes.pt/carta_arqueologica/carta.html
Já vai longo este post e há outros assuntos a tratar, mas vamos à razão pela qual esta estação e outras não estão defendidas e nem sequer classificadas. Diz o amigo Álvaro : ''No caso do Olival Comprido escavações se impõem (PNTA seria obrigatório), dado que este local se encontra no PUA (R3) como zona de expansão urbana. Ali se impõem escavações atempadas e não na hora ou através de alguma empresa de arqueologia (como são favoráveis algumas opiniões). Importa afirmar que qualquer licenciamento para o local por parte do Município é ilegal. Como estas duas estações, no concelho de Abrantes inúmeras outras existem a precisarem de inúmeras outras existem a precisarem de intervenção. Mas, sozinho não o farei e muito menos como responsável, face à categoria que detenho de Assistente de arqueólogo.''
Diz a informação da base de dados oficial que a escavação de 2001 pretendia: Determinar se as estruturas identificadas anteriormente teriam continuação na propriedade contígua que está inserida na área de expansão urbana do PDM.
Qual foi o resultado dessa diligência? Em 2014 o relatório da escavação ainda não está inserido na base de dados oficial, por isso não sabemos.
Mas sabemos que em 2009 foi aprovado o PUA -Plano de Urbanização de Abrantes e nele não consta nenhuma estação arqueológica assinalada nem defendida.
Oito anos depois!
Porquê?
Objectivamente só pode haver 2 razões: ou porque são incompetentes ou porque há outros interesses que primam sobre a defesa do património.
Falta a referência à situação profissional do Álvaro. É óbvio segundo o meu entendimento que essa situação tem de ser corrigida face ao seu CV. Como se encontra agora é vítima duma clara injustiça.
Cumprimentos amigo
MN
há outro comentário do Álvaro em resposta à Margarida, faremos lá uma nota
Na Coluna Vertical, o dr. Santana-Maia aconselha a que não se deve lutar com um cevado.
No facebook, Elza Vitório apoia a opinião do Advogado. O post tem sido muito compartilhado pelos observadores da vida política abrantina.
Resolvemos publicar a imagem mais antiga que representa um suíno na história de Abrantes.
Esta peça foi encontrada pelo maior arqueólogo abrantino, o Álvaro Baptista, nas escavações da Terra Fria-Cidade da Escória (Montalvo) e datada e estudada pela drª Graça Cravinho.
(ver página 83 da Carta arqueológica do Concelho de Constância da autoria do amigo Álvaro, onde está o estudo da peça.)
A imagem foi roubada ao excelente blogue A Lusitânia da prestigiada investigadora Filomena Barata.
As actas do Museu Romano de Mérida metem em causa o latim do Doutor Candeias Silva....
Porra, lá temos de comprar o nº 13 das Actas para o oferecer ao Dr. António Graça Pereira
E temos de concordar que as sogras latinas eram lixadas.
ma
No último catálogo do MIAA (VII Antevisão) não há textos de Isilda Jana que passou a espalhar a sua sabedoria na Zahara, mas há do Doutor Gustavo Pizarro, ex-bolseiro da Fundação Estrada até 2011.
Diz Pizarro várias coisas discutíveis sobre o Castelo de Abrantes mas antes generaliza e diz que os romanos:
Diz Pizarro que nas cidades romanas não havia ''estruturas defensivas'' para a sua protecção.
O Pizarro é do Porto e se foi à Galiza, conhecerá Lugo
A Muralha romana de Lugo é Património Mundial como o proclamou a UNESCO.
E se o Gustavo Pizarro deixasse de generalizar?
Mas deixo a verde Gallecia e baixo à Lusitânia e chego a Ebora
Boa parte das actuais muralhas de Évora são de origem romana.
Cito o site da tutela do Património:
E as muralhas são estruturas defensivas, quer queira, quer não o Doutor Pizarro.
Há um livro do Pizarro onde o Fernandinho Baptista Pereira lhe indicou as várias tintas que sucessivamente cobriram umas fortalezas marítimas da península de Setúbal.
Que tal o sábio Fernandinho explicar qual era a cor original da muralha de Lugo????
São estas os únicos vestígios de muralha romana na Península? Cito Conímbriga (quem ma explicou foi o Prof. Bairrão Oleiro), Sevilha, Barcelona, e ainda sem ser exaustivo:
lista retirada desta tese de mestrado imprescindível
Começo a pensar que se calhar era melhor o Doutor Pizarro rever a bibliografia, antes de generalizar
mn
Faria e Sousa, Europa Portuguesa, Tomo I, Lisboa 1678
O perdido e às vezes considerado lendário Templo da Lua, em Sintra, foi reencontrado em 2011
Teria Faria e Sousa razão em traduzir Tubucci por Abrantes?
Afinal tinha razão em dizer que o Templo estava em Sintra
mn .
Porque não está este marco romano de Alvega classificado?
Alegadamente fazia parte de Aritium Vetis onde apareceu esta inscrição a Calígula
Juramento de fidelidade a Calígula Record No. 21261 Placa | |
Texto | C(aio) Ummidio Durmio Quadrato / leg(ato) C(ai) Caesaris Germanici Imp(eratoris) / pro praet(ore) / ius iurandum Aritiensium / ex mei animi sententia ut ego iis inimicus / ero quos C(aio) Caesari Germanico inimicos esse / cognovero et si quis periculum ei salutiq(ue) eius / in[f]er[t] in[tul]erit[v]e armis bello internecivo / terra mariq(ue) persequi non desinam quo ad / poenas ei persolverit neq[u]e liberos meos / eius salute cariores habebo eosq(ue) qui in / eum hostili animo fuerint mihi hostes esse / ducam si s[cie]ns fa[ll]o fefellerove tum me / liberosq(ue) meos Iuppiter Optimus Maximus ac / divus Augustus ceteriq(ue) omnes di immortales / expertem patria incolumitate fortunisque / omnibus faxint [a(nte) d(iem)] V Idus Mai(as) in / Aritiense oppido veteri Cn(aeo) Acerronio / Proculo C(aio) Petronio Pontio Nigrino co(n)s(ulibus) / mag(istris) / Vegeto Taltici [- - - V]ibio [- - - M]arioni[s f(ilio)] |
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