Quarta-feira, 25.11.15

Tinha prometido publicar aqui a versão do dr.Ferro Rodrigues, na ''Sábado'', sobre o que se passou em Abrantes, durante as suas aventuras no PREC.

 

ferro rodrigues 25-n 19-25 novembro 2015.jpg

 

ferro rodrigues 2 25-n 19-25 novembro 2015.jpg

Já está publicada

 

Comentários:

Durante anos o dr. Ferro Rodrigues omitiu aparentemente esta passagem pelo extinto Regimento de Infantaria de Abrantes. O assunto foi abordado no Relatório do 25 de Novembro e em algum artigo disperso pela Imprensa Regional. Falta-me publicar um recorte que evoca essa presença, saído no ''Ribatejo''.

A coisa chegou a tanto que a jornalista Judite França, da TVI, 

judite frança.png

descreveu assim o testemunho de Joaquim Aguiar, prestigiado politicólogo e académico, ex-assessor de Eanes, enquanto Presidente, num julgamento :

judite frança aguiar.png

Por acaso o julgamento era daquela miserável história da Casa Pia em 2008.

Diz o dr.Ferro Rodrigues que o relatório do 25-N

ferro recorte.png

era muito mau......e que não tinha ponta por onde se lhe pegasse....

Ora não é isso que dizem as actas do Conselho da Revolução, onde inclusivamente Eanes tentou que o documento fosse publicado sem nomes, para não penalizar ninguém. A posição de Eanes (que já tinha visto o nome do cunhado, Neto Portugal ser penalizado no relatório do 11 de Março, ao lado de alguns abrantinos) não venceu no CR como as actas o demonstram. 

Ora que diga o Ferro Rodrigues que o relatório é mau, é contrariado pela Acta do Conselho da Revolução, onde fala o General Costa Gomes (então PR) e o General Eanes (então CEMFA)

acta do cr  2.png

O dr. Ferro Rodrigues argumenta que não sabe quem foi o responsável pelo Relatório do 25 de Novembro.

O homem anda desmemoriado.

O relatório foi da responsabilidade de Marques Júnior, militar de Abril, depois deputado do PRD e do .......PS!!!!!

marques júnior joao henriques.jpg

foto João Henriques/Público

 

Pode haver lapsos no relatório, mas Ramalho Eanes e Costa Gomes não mandavam prender Otelo, com base nele, se o relatório não fosse sério.

Sobre o tenente-coronel Pulguinhas, volto a dizer que o homem parece que assinou o documento dos Nove.

Escrever a história ao contrário é impossível, foi o que explicou Vasco Lourenço ao Tomé, nesta edição da Sábado.

Falta-me contar a intervenção do Zé Bioucas no desarmamento dos golpistas cá no concelho, mas fica para depois. Também tenho amigos à espera no Tonho Paulos.

Porra, e agora que arranjei as Actas do Conselho da Revolução tenho leitura para meses.

 

ma

Acta do Conselho da Revolução de 19 de Janeiro de 1976   

  

 



publicado por porabrantes às 17:24 | link do post | comentar

Quarta-feira, 17.06.15

ana abrunhosa.png

A Presidente da CCR Centro é Ana Abrunhosa, que esteve aqui a inaugurar o Welcome Center.

 

O anterior Presidente Norberto Pires deu à Sábado uma entrevista onde a Ana Abrunhosa é uma das visadas, uma entrevista essencial para verificar como funcionam as relações entre autarquias e a CCR e ainda as relações entre a tutela governamental e a dita.

 

 

(...)

Sempre recusei recrutar pessoas por causa da filiação partidária na CCDR, apesar de o partido o exigir. Queriam que eu demitisse Ana Abrunhosa, uma socialista que era vogal do Mais Centro, a entidade responsável pelo QREN [fundos europeus], que também dependia de mim. Quando entrei devem ter pensado: aquele tipo nomeado pelo PSD é um boy e faz o que o partido manda. Não foi assim.''

 

 

A Ana Abrunhosa que o bloco PSD/CDS queria sanear terminou Presidente e o entrevistado na rua

 

(..)'' Os três seleccionados foram Ana Abrunhosa, António Queiroz… e eu. Mas foi nomeada a Ana Abrunhosa, que acabou por ser defendida pelas mesmas pessoas que antes exigiam a demissão dela.

(..)Um ex-presidente de uma CCDR perguntou-me porque é que concorri e disse que entre os três era fácil escolher. "Tu saíste em choque. O outro [António Queiroz] tinha um problema [com a insolvência de empresas]. A única hipótese era ela". Ainda me disse que eu, ao concorrer, tinha tirado a possibilidade de um boy do PSD estar entre os três finalistas e ser escolhido. Uma das pessoas que eles queriam colocar terá ficado em quarto ou quinto lugar.'' (...)

 

Como é que aprova um projecto?

'' Certa vez apareceu-me um presidente de câmara acompanhado por um empresário brasileiro que tencionava construir um hotel numa zona de reserva, o que implicava um estudo de impacto ambiental, com um campo de golfe com mais buracos do que o permitido. Foram pressionar-me para dar andamento ao processo, porque era um investimento que se ia perder. Eu disse que havia leis e regras a cumprir. O brasileiro explicou que precisava de um compromisso e eu respondi que não reduzia a qualidade nem a assertividade da avaliação. Reduzia os prazos ao mínimo legal de 60 dias, garantindo a assertividade máxima. O presidente da câmara contorcia-se. Não abriu a boca durante a conversa e estava constrangido. Aquilo era essencial para ele, um investimento que podia decidir eleições. Fez um papel um bocado triste. Para contornar o excesso de buracos no campo de golfe, o brasileiro argumentava: "Dividimos aquilo em quatro ou cinco campinhos e depois junta-se tudo". Eu disse-lhe: "O senhor é um artista". E ele respondeu: "Isto não tem nada de ilegal." Não queria acreditar: "Então o senhor não vê nada de ilegal nisto?" O projecto acabou por ter um estudo de impacto ambiental negativo.''

 

Tudo  na Sábado, moral da história:

'' Hoje não recomendo a ninguém ser militante de um partido. São sítios de maus costumes. O que se aprende é que tendem a gerir as coisas de forma condenável. Nada tem a ver com ética nem a nada se pode aplicar a palavra ética."''

 

Um epitáfio sobre o regime, traçado por quem o viu por dentro: Norberto Pires.

 

(...)

 

uma grande entrevista de Victor Matos

ma 



publicado por porabrantes às 09:47 | link do post | comentar

Quarta-feira, 29.04.15

 

Aqui, d’el rey

Acudam. Acabo de ler nos jornais que o programa económico do Partido Socialista foi feito por 12 economistas. Doze economistas! Doze!! Doze – leram bem.

Todos sabemos que os economistas erram mais do que os meteorologistas e não me esqueço de que, anos atrás, os meteorologistas eram conhecidos não por meteorologistas mas por mentirologistas, porque, com frequência despontava sol abrasador num dia em que os meteorologistas tinham previsto chuvas torrenciais, e chuva a cântaros ou potes num dia em que eles tinham anunciado um sol de ananases.

Mas, dos economistas, todos fomos aprendendo sofridamente que haverá raios, coriscos, granizo, trovoadas, tufões, ciclones e tempestades no dia em que eles previrem a bonança do crescimento económico e do pleno emprego dos portugueses.

Hão-de – ou há-dem, na gramática do Sr. Dr. Jorge Coelho das Obras Públicas e da Mota-Engil -, hão-de lembrar-se daquele ministro que, anos atrás, asseverou que a crise já acabara e que já tinha começado o crescimento económico de Portugal. E que no Parlamento até fez aquele gesto que o celebrizou como ministro dos corninhos.

Viu-se.

Era economista no defunto Banco Espírito Santo. Parece que por onde ele passou não houve crises…

Confesso que sou dos que entendem e proclamam que onde está um economista já estão economistas a mais. Então doze! Doze! Logo doze! Não pode ter saído dali grande coisa…

Como que antecipando-se às minhas suspeições, um daqueles doze já se foi justificando com dizer que “a economia não é uma ciência exacta”.

Disse que a economia não era coisa exacta, mas chamou-lhe ciência! Nem mais nem menos : ciência!

Ciência, a economia!… Só nos faltava ouvir essa!

Que topete!

Doze! Logo doze! Doze economistas juntos davam para arrasar qualquer continente, quanto mais Portugal, o Portugal dos pequeninos.

Acudam. Aqui d’el rey.

Eurico Heitor Consciência

P.S. – Abrantes teve grande relevo na comunicação social, na passada semana.

A revista Sábado fez uma extensa reportagem sobre o espantoso campo de basebol que nos custou 500.000,00 € e que agora está às moscas, sendo que a Presidente da Federação mora no Canadá, mas a sede da Federação é em Abrantes. Valha-nos isso.

Outras referências extensas foram no Público, a propósito da prisão do administrador do Grupo Lena e da sua ligação ao Sócrates, porque Abrantes foi dos municípios do PS em que, nas obras públicas, a Lena tomou conta de tudo ou quase tudo quando o Presidente da Câmara era o devotado Nélson de Carvalho. Não contente com isso, a Lena roubou à Câmara de Abrantes o devotadíssimo vereador Júlio Bento, que era justamente o vereador das obras, e que se reformou da Câmara e foi dali para director ou administrador duma das empresas do Grupo Lena.

___________

Obs: Depois disto, que não é novidade na III República, apetece dizer uma coisa: é um fartar de vilanagem...

 no Macroscópio com a devida vénia



publicado por porabrantes às 12:03 | link do post | comentar

Sábado, 19.05.12

SOL-Tabu    

 

Que a segurança do Estado português tenha estado entregue ao Tarzan Taborda da Loja Mozart, particular amigo do Relvas

 

 

 

 

 

Que a TV do Relvas esteja ao serviço da Menina Isabel 

 

 

 

Visão

 

 

Que uma ditadura repugnante pratique o genocídio em Cabinda e que um grupo de ladrões, organizado à volta da estrutura dirigente do MPLA, se dedique a saquear Angola......e mande em Portugal

 

 

 

é o parâmetro normal......

 

 

Que tenhamos de ser governados por estes gajos, que nos arruinaram (Bendito bloco central) também é normal.......

 

 

 

Que sejamos um protectorado teutónico ou uma colónia do Kaiser como o foram o Sudoeste Africano ou outras partes de África é 

 

 

 wisemoney

 

a nossa sina.......

 

 

até que saia vibrante a 

 

uma Revolution em inglês, porque a dita deve falar o idioma do Império
Estou farto desta triste sina e do nosso eterno fadinho, estou farto de ameaças reles à Relvas, dos transmontanos das negociatas do Solar dos Presuntos, dos atrasados mentais locais, da Igreja a negociar feriados com a corja, dos idealistas que querem proibir os touros, do Cavaco asilado em Belém.......
Tragam-me boa música e umas super-bocks que é tempo delas.....
Porque hoje é sábado  
MA


publicado por porabrantes às 08:51 | link do post | comentar

Domingo, 07.11.10

Freakpolitics: Pusemos Cavaco no divã...

 

Aníbal Cavaco Silva costuma falar “dos políticos” como se fossem “os outros”, uma casta diferente da sua, a dos economistas, apesar do próprio estar na política activa há mais de 30 anos. O Presidente e recandidato a Belém, nunca diz o que pensa de José Sócrates, esse “político”, mas há uma maneira de descobrir.

Vamos usar a regressão, uma técnica central da psicanálise, para entrarmos no pensamento profundo de Cavaco Silva e descobrir a sua verdadeira opinião sobre o primeiro-ministro. Deitamos Cavaco no divã e vamos regredir até 1978: as perguntas deste texto são fictícias; mas as respostas são transcrições exactas de um texto escrito por Cavaco Silva nesse ano (quando nunca tinha exercido cargos políticos), com o título “Políticos, burocratas e economistas”, publicado na revista Economia, depois de ter participado num colóquio em Hamburgo.

José Sócrates tem sacrificado os interesses do País à táctica eleitoral?
“A ideia do político como criatura dedicada à prossecução dos interesses da sociedade como um todo é hoje considerada um mito pela generalidade dos economistas.”

Isso não faz sentido: todas as boas decisões para o País tomadas por Sócrates deviam render votos ao PS, não acha?
“O facto da permanência no poder (...) constituir o principal objectivo dos políticos poderia conduzir a que as decisões tomadas na base do seu interesse pessoal fossem também consistentes com a maximização do bem estar social. Contudo, as imperfeições do mercado político do mundo real fazem com que as divergências possam ser significativas”.

Como viu a campanha de 2009, em que Sócrates parece ter ocultado o valor do défice: dizia que era 5,6% e logo a seguir às eleições assumiu que era 8% e acabou em 9,3%?
“Um importante factor de imperfeição do mercado político reside na possibilidade que os políticos têm de controlar a informação que fornecem aos cidadãos sobre os custos e benefícios das diferentes alternativas, exagerando-os ou escondendo-os conforme o seu interesse pessoal”.

Qual a sua opinião sobre as Parcerias Público-Privadas?
“Os políticos tendem a favorecer as opções cujos benefícios se concentram no curto prazo e em que a maior parte dos custos são diferidos”

Então é isso que pensa do TVG, novo aeroporto de Lisboa ou dos novos hospitais?
“Quando os políticos realçam os verdadeiros benefícios produzidos por um projecto a cuja realização estão associados, procuram deixar na penumbra os custos suportados, assim como as alternativas que foram rejeitadas, porventura com maior benefício social líquido”

Na sua opinião, por que razão é que José Sócrates tem sido tão relutante em recuar nas grandes obras públicas?
“A imperfeita informação que caracteriza o mercado político faz ainda com que seja mais rentável para os políticos a apresentação de novos projectos e o lançamento de grandes obras públicas, o que certamente é publicitado pelos meios de comunicação social (...), do que promover a execução e administração eficiente de programas públicos, o que não atrai grandemente a atenção dos jornalistas”

Como é possível que os conselheiros do Governo e na administração pública ninguém se tenha preocupado com o crescimento da despesa?
“Os burocratas, não menos do que os políticos, procuram satisfazer os seus objectivos privados e não os da sociedade como um todo. (...) Os burocratas rejeitam os economistas, embora não o digam aos políticos, e actuam segundo os seus próprios objectivos, entre os quais se encontram, certamente, a detenção de formas de poder sobre outros grupos, promoção pessoal e maiores compensações materiais”

Porque é que o senhor está sempre a evidenciar o facto de ser economista?
“O economista que consegue evitar um só erros da administração pública terá beneficiado a colectividade em muito mais que a totalidade de recursos que consome durante toda a vida”

Não vai dizer que sente satisfação pelo facto de estar a acontecer aquilo para que avisou há anos: a insustentabilidade do crescimento do “monstro” da despesa pública...
“Face à ignorância a que políticos e burocratas têm votado muitas das recomendações da análise económica, os economistas têm retirado ultimamente algum conforto (ou mesmo vingança) do facto de várias medidas tomadas contrariando essas recomendações terem sido largamente criticadas ex-post, por se revelarem claramente inoperantes, ineficientes e anti-económicas”.

PS: É claro que também é muito divertido ler este texto à luz do que foi o Cavaco político como primeiro-ministro e agora como Presidente da República...

 

por 

 

 

Vitor Matos in Freakpolitics  na ''sábado''

 

Parece pois que o Venerando Primeiro Magistrado da Nação,

 

 

não tem na cabeça o habitual que um homem da rua possui, mas tem uma obsessão fixa por sócrates

 

 

 

mas se tem essa obsessão porque não se livra dela (e nos livra a nós dele????)

 

 

 

será para que tudo fique em família?

 

 

Miguel Abrantes

 

 

 

 

 



publicado por porabrantes às 17:41 | link do post | comentar

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