No Correio do Ribatejo, a deputada Fabíola Cardoso denuncia a emigração ilegal e a escravização de trabalhadores estrangeiros, em pleno centro de Santarém e nas barbas da polícia:
Fotos do Sr. Jorge Da Cunha Galvão no face com a devida vénia
Querem que faça comentários?
É um Museu ribatejano, da célebre rede que uns iluminados querem montar, em Santarém
Pagamos impostos para isto?
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SANTARÉM DE LUTO E INDIGNADA !!!
Ontem vivi, com a minha Mãe, e irmãos, o momento mais surreal das nossas vidas.
O meu Pai faleceu. E isso é devastador. E faleceu num momento em que não nos podemos reunir e abraçarmo-nos e chorar juntos, e isso é devastador.
Mas toda a realidade que vivemos não tem adjectivo qualificável possível que exprima ao que fomos sujeitos.
O meu Pai faleceu, dia 21 de Março, perto das 10 da manhã, perto do carro, quando tentava deslocar-se ao hospital porque se estava a sentir mal. O 112 foi célere a enviar as equipas de socorro, Bombeiros e INEM, que o assistiram e fizeram todas as manobras de reanimação possíveis, já sem êxito. O seu corpo ficou no chão e a médica do INEM verificou o óbito, com causas desconhecidas, e deu-nos os pêsames. Taparam-no com um lençol.
Ficámos, eu a minha Mãe e uma amiga que vendo-nos da janela desceu para acudir e esteve connosco desde o primeiro minuto, a aguardar que, dentro dos trâmites legais normais, o Ministério Público fosse contactado, dando seguimento ao processo para que a Delegada de Saúde Pública de serviço, viesse ao local declarar o óbito e o corpo pudesse ser conduzido à morgue desencadeando todos os outros pormenores de entrega à família, contacto com a agência funerária e funeral.
As equipas de emergência e a PSP, que entretanto tinha chegado ao local e vedado o espaço delimitando um perímetro de segurança, permaneceram connosco.
Entretanto ficámos no local tratadas com bastante suspeição, por um dos sintomas do meu Pai ser febre, ao ponto de não podermos abandonar aquele local sequer para ir à casa de banho. O INEM abandonou o local ficando os Bombeiros e a PSP.
Perto das 12h30 foi nos comunicado pela PSP que o corpo tinha sido liberado à familia, que a Delegada de Saúde não viria ao local, ao contrário do que se esperava. A equipa dos bombeiros foi liberada, inclusivé pela linha da Saúde 24, e abandonou o local, ficando nos, familiares entregues ao nosso destino.
Sem perceber muito bem o que se estava a passar, entrámos em contacto com a agência funerária que, percebendo que não havia declaração de óbito nada podia fazer, não tinha forma legal de recolher o corpo.
Telefonemas para trás e para a frente, tentámos entrar em contacto com Delegada de Saúde, Director Regional de Saúde, Estado Maior do Exército, Procurador Geral, Presidente da Câmara Municipal de Santarém. O Senhor Presidente da Câmara ordenou à Delegada de Saúde que fosse ao local declarar o óbito. Esperámos achando que estaríamos a fazer alguns avanços, e passadas duas horas soubemos que se recusava a vir ao local.
Desde esse momento houve algumas pessoas que não saíram mais do local, acompanhando-nos e garantindo que a situação se resolvesse com a maior brevidade possível, como a Vereadora Inês Barroso, também ela vizinha, que fez todos os telefonemas entre o Presidente, PSP, Comando dos Bombeiros, Agência funerária, tentando também ela perceber o que estava a falhar.
Sim, falhar, porque a sensação de abandono é indescritível.
Como pode um corpo, no meio da via pública, ser entregue à família? Seria suposto sermos nós a fazermos ali mesmo o seu enterro? Revolta, vergonha, humilhação, desprezo, alguns dos sentimentos que sentíamos naquele momento mas na realidade o Meu Pai foi sendo velado ali pelos amigos que foram aparecendo e prestando-nos toda a sua solidariedade.
Contactámos uma segunda agência funerária que compareceu no local e foi incansável em contactos, procedimentos e explicar às autoridades presentes que as informações que chegavam ao local não eram suficientemente dotadas da legalidade precisa que os permitissem levantar o corpo. As equipas de PSP foram, durante todo o dia, 5 no total, tendo sidos acompanhados no final do dia pela própria comandante da esquadra.
Soubemos entretanto que a delegada de saúde declarou o óbito perto das 17h00, morte por causas desconhecidas, e que o corpo seria entregue à familia, novamente. O Procurador Geral declarou que não haverá autópsia, não sendo esse o nosso desejo, e até duvidando da legalidade de uma imposição dessas tendo em conta as causas desconhecidas da morte do meu Pai.
Ordenaram também que o corpo seria levantado por uma ambulância própria para transporte de cadáveres, vinda de Benavente. Aguardámos até às 20h, noite cerrada, quando a ambulância chegou e a equipa, devidamente equipada, fez o levantamento do corpo ao fim de 11 horas deitado na via pública.
Muita vergonha deste País que o meu Pai serviu é o que sinto agora. Entregaram-nos à nossa sorte, o Estado não nos soube proteger.
A paranóia do Coronavirus apoderou-se das pessoas e sobretudo das instituições que, alegando estarem a trabalhar de forma extraordinária, não cumprem o seu papel com os cidadãos, negligenciando tudo e todos.
Se vivemos num Estado de Emergência de Saúde Pública expliquem-me como se abandona um corpo à sua família por 11 horas na via pública? Onde esteve a saúde pública a ser considerada? Se não tivesse questionado as autoridades presentes ninguém se teria lembrado sequer de limpar o local depois da remoção do corpo.
Que Deus nos salve porque esta Pandemia é definitivamente da estupidez humana e não teremos outra forma de sobreviver a isto estando entregues a nada para além da nossa sorte.
Quero agradecer a todos quantos estiveram connosco no local,equipas médicas, PSP, CMS, agência funerária, por todas as tentativas que efectuaram e a forma respeitosa com que nos acompanharam.
Agradecer à CMTV pelo respeito e dignidade com que foram noticiando o insólito momento mais marcante das nossas vidas.
Agradecer sobretudo a todos os amigos que nos ajudaram em contactos, nos ampararam, nos acarinharam e se mantiveram de pedra e cal junto de nós, os presentes, que ainda foram bastantes, e os que ligaram e mandaram mensagens durante todo o dia. Apesar da distância, sentimos verdadeiramente todo o vosso carinho, amor, admiração que sentem pelo meu Pai e é disso que este momento se trata, prestarmos-lhe a devida homenagem pelo Grande Homem, Ser Humano, Profissional, Marido, Pai, Avô, Irmão, Tio, AMIGO!
Peço-vos em meu nome, da minha Mãe, das minhas Irmãs e do meu Irmão, e restante família, que acendam uma vela em vossa casa e possamos todos rezar à sua alma, fazendo-lhe a justa homenagem que ele merece.
Até sempre Pai!
devida vénia família do Sr.Coronel Tacha de Araújo
O doutor Constantino Pissarra (1) faz aqui uma estatística da violência durante a Reforma Agrária, no Distrito de Santarém.
Fico surpreendido com a ausência de menção aos gravíssimos acontecimentos de 6 de Novembro de 1975, na capital do distrito, onde houve 2 mortos.
Compulso a página da CAP e lá está a menção.
Nesse dia mataram Francisco Teixeira, duma família de lavradores de Coruche.
E o doutor Pissarra não dá por ela.
Usou o Diário de Lisboa como fonte e de facto o jornal, ao tempo correia de transmissão do PCP, não menciona o assassinato.
No Público, porque não há outros jornais on-line da época sem ser o DL, o jornalista Manuel Carvalho, autor de boas obras sobre o Prec, relata os acontecimentos.
Carvalho ouve o eng. Andrade da CAP e o dirigente do PCP, António Gervásio.
O Doutor Pissarra para fazer a estatística não podia confiar numa só fonte, especialmente numa tão parcial.
Ao fazê-lo omitiu a data mais trágica e violenta do processo da reforma agrária neste distrito. Ponto Final.
Vai isto dedicado aos lavradores abrantinos que estiveram na jornada de Santarém, parte dos quais já partiram.
Uma jornada épica na luta contra o golpismo comunista.
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(1) A violência política em torno da reforma agrária, 1975-1976
Santarém.
In illo tempore
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O investimento em infraestruturas é fundamental para o desenvolvimento nacional e para cada uma das regiões do país. No distrito de Santarém, a travessia do Tejo reclama decisões urgentes, nas ligações de Constância e Barquinha à margem sul e da Golegã para a Chamusca (completando o troço do IC3), no sentido da resolução já aprovada na Assembleia da República. Estas travessias são fundamentais para o tecido empresarial da região do Médio Tejo (gerador de intenso trânsito de pesados) bem como para os acessos às infraestruturas militares e ao parque ecológico do Relvão.
A linha ferroviária do Norte, que atravessa o distrito de Santarém, carece de uma requalificação há muitos anos adiada, que elimine os estrangulamentos que hoje contribuem para a demora injustificada da circulação nesta linha. Em concreto no troço Vale de Santarém/Entroncamento, mas também Ovar/Gaia e Braço de Prata/Alverca, as intervenções necessárias e previstas há mais de vinte anos continuam por concretizar – sendo que nos planos do governo não está contemplada uma verdadeira modernização mas sim a chamada renovação integral de via.
Do mesmo modo se afigura urgente a requalificação da Estrada Nacional n.º 118, entre Samora Correia e Abrantes, no sentido da diminuição da respectiva sinistralidade e a construção de variantes que afastem o tráfego automóvel do centro das numerosas localidades que esta via atravessa.
Em matéria de acessibilidades, o PCP não esqueceu nestas Jornadas o problema das portagens da A 23 e os prejuízos que a sua existência causa às populações e empresas da região do Médio Tejo, semelhantes aos problemas causados pela introdução de portagens nas chamadas SCUT em diversas regiões do país. Nesse sentido, o PCP reapresentou na passada sexta-feira as iniciativas visando a abolição das portagens na A23, na Via do Infante, na A24, na A25, na A28, na A29, na A41 e na A42.'' (....)
(...)
Por tudo isto, o PCP reafirma que o processo de transferência de competências em curso não é sério nem rigoroso e nesse sentido suscitará na Assembleia da República a Apreciação Parlamentar de cada um dos diplomas sectoriais que, sob a forma de decreto-lei, procedam às transferências de competências do Governo para as autarquias locais.
Acresce que neste debate estão ausentes duas questões absolutamente centrais: a criação das regiões administrativas e a reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações. Não é possível descentralizar sem a concretização do nível de poder regional previsto na Constituição, de forma a dar coerência e maior eficiência à organização administrativa do Estado. Só a regionalização permitiria um desenvolvimento mais equilibrado e harmonioso do território com vista à eliminação das assimetrias regionais. Por outro lado, só a reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações, como o PCP propõe através de iniciativa já apresentada na Assembleia da República, permitiria repor o nível de proximidade do Estado às populações que, entretanto, se perdeu.''
Declarações do deputado João Oliveira no final das jornadas do PCP em Santarém
Conclusões das Jornadas do PCP em Santarém – 2 de Outubro
As crónicas desta autora, que costuma escrever no velho ''Correio do Ribatejo'' aconselham-se.
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