João Serras e Silva, Professor de Medicina em Coimbra, natural de Alcaravela, casado com a célebre D.Prudência, anfitrião de Cerejeira e Salazar quando jovens estudantes católicos, numa Coimbra flagelada pelo jacobinismo, depois Procurador à C. Corporativa de 1935 a 49, foi o mais influente Parlamentar da Região, pela influência que tinha em Salazar.
ver uma boa biografia de Avelãs Nunes na página da Biblioteca Nacional
Foi o homem que educou o seu sobrinho, João Nuno Serras Pereira, muito tempo Deputado abrantino, que ficara cedo órfão de pai, o Advogado integralista David Serras Pereira.
ma
O professor de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa, Edmundo Corvelo era um homem próximo de Armando Larcher, chefe dos Serviços de Censura e a João da Costa Leite (Lumbralles), um dos mais poderosos ministros de Salazar. Graças a esta proximidade conseguiu ser nomeado Vice-Presidente do CELIJ -Comissão Especial de Literatura Infantil e Juvenil. Foi o redactor das '' Instruções para a Literatura Infantil'' que permitiram um ataque furioso e histérico contra as histórias de quadradinhos, que levaram inclusive à proibição episódica da revista ''Tintim''.
Porque reproduziu um foguete soviético....
O herói de Hergé fora publicado pela primeira vez, numa língua estrangeira, em Portugal, graças ao P. Abel Varzim e ao saudoso (para leitores do ''Cavaleiro Andante'', como eu) Adolfo Simões Muller.
Chefiava a CELIJ-o Professor Serras e Silva, catedrático de Coimbra, o homem que ensinara Cerejeira e Salazar a distinguir entre os talheres de peixe e carne.
Serras e Silva era do Sardoal, como já se viu aqui.
Numa magnífica tese de doutoramento, importante para a história da BD e das mentalidades, defendida na Faculdade de Letras, em 13-2-2019, Ricardo Leite Pinto, com o título: ''Censura e as Publicações Periódicas Infanto-Juvenis no Estado Novo : o papel da Comissão Especial para a Literatura Infantil e Juvenil e da Comissão para a Literatura e Espectáculos para Menores(1950-1968)'', analisa o papel do censor Curvelo e das cúpulas clericais-fascistas (com Moreira das Neves como figura destacada) na luta pelo controle ideológico da BD.
E vem agora o pormenor abrantino, a família de Curvelo vivia em Abrantes e o seu espólio foi doado à B.António Botto. Foi aqui, o local, onde estavam os documentos que permitiram mostrar que o Curvelo era um fascista e um censor.
Na António Botto, está a carta de Raymond Leblanc, da editora do Tintin protestando contra os atropelos da censura, que seguia as instruções do filósofo- censor Curvelo.
Uma grande tese, que merece um forte aplauso.
E uma mostra como os arquivos permitem desmentir mitos. Como o do Curvelo, democrata. Era um salazarista.
mn
Bibliografia: a tese citada, donde se extraiu quase toda a informação, excepto a dos talheres dos seminaristas. Esta deve-se a Franco Nogueira, na biografia de Salazar.
a lista dos sócios lusos da Societé Internationale de Sciences Sociales era esta, 1909,
segue com mais um sócio e há ainda 1 sócio em Angola e 2 em Moçambique.
Entre gente célebre e ilustre, o político republicano e historiador Anselmo Braamcamp Freire, o escritor Luís de Magalhães, companheiro de Eça, ''o viticultor'' de Alpiarça, José Relvas, o catedrático e historiador de Literatura, Mendes dos Remédios, o poeta Alberto de Monsaraz, etc está o tabelião e publicista abrantino Francisco Egydio Salgueiro e do Sardoal, o Professor Serras e Silva, catedrático de Coimbra.
Uma curiosidade?
Uma amostra dos interesses polifacéticos dum tabelião abrantino, que marcou a vida da cidade
mn
Na monarquia liberal resolviam-se assim. O doutor (não sei se já era professor) do Sardoal (que militava já na política) ainda não tinha tanta influência. Depois quando o pupilo, o Salazar tomou as rédeas viu um céu aberto. O homem diz claramente mando uma pessoa da minha terra (o Sardoal, ou quem sabe mesmo do lugarejo-Alcarevela). Diga ao Botas que mesmo que seja ilegal, que resolva o assunto.
Hoje é igual, grande parte das coisas e empregos resolvem-se assim.
O Serras. catedrático coimbrão, ensinou o Salazar e o Cereijeira a distinguir entre o garfo de peixe e o da carne.
Foi pai do CADC-Centro Académico da Democracia Cristã.
Qual é o político sertanejo abrantino que é sócio do clube que fundou o fascismo católico na Lusitânia?
MN
a medida tem a pinta rústica de Oliveira Salazar, o ditador que por aí em 1932-1933 fechou as Escolas Normais para diminuir o número de professores primários, baixou para as mulheres a escolaridade primária para a 3º classe e substituiu os professores com habilitações por regentes, criaturas sem preparação académica que deviam ''educar'' os rurais, fechando além disso imensas escolas no campo .....
tudo para cortar na despesa.....
mas Oliveira Salazar herdara um país arruinado pela crise de 29, posto a navegar à deriva pelo desvario anárquico da 1º República e a quem os militares golpistas do 28 de Maio, tinham metido a pique, género naufrágio do Titanic....
mas Oliveira Salazar não gastava dinheiro em coisas supérfluas, até o dinheiro para a PVDE-PIDE regateava....
a Maria. que fora governanta de Cerejeira e do ditador nos Grilos em Coimbra, onde o Professor do Sardoal, Serras e Silva
foto http://www.eb1-panascos.rcts.pt/ (1)
ensinara aos seminaristas a distinção entre o garfo de peixe e o da carne, sofria as passas de Santa Comba Dão na carne (2)porque o António era um furreta tanto na vida privada como no rígido controle da despesa pública.........
naturalmente praticou o clientelismo com os amigos políticos, por isso o seu amigo, o maçon Bissaia Barreto (tio do Presidente da empresa da Central do Pego, eng. Álvaro Barreto) pôde construir o Portugal dos Pequeninos que a ainda estudante da Universidade de Coimbra, Maria do Céu Antunes deve ter podido visitar assiduamente na sua estadia em Coimbra e ter colhido amplas lições porque a sua política de vista-curtas
poderia ser caracterizada por tentar construir uma
como Oliveira Salazar, que também via pequenino....
que tornou este país numa nação castrada pela polícia política, pelo analfabetismo, pelo safanão a tempo, pela censura,pela entrega dos recursos económicos aos Melos (estimáveis patrões do eng.Marçal), aos Espírito e a três ou quatro famílias mais....
a licenciada Albuquerque entrega Abrantes nas mãos de gente da laia de Bento-17,
ao menos Ricardo Espírito Santo sabia comer à mesa e Sá Carneiro, o advogado do Porto, cunhado de Costa Leite (Lumbralles), a quem na gíria forense chamavam o ''Saca-Notas'', a cara tripeira do regime, era um Senhor....
Oliveira Salazar deixou os cofres-cheios (e naturalmente as prisões também e alguns espectros para servirem de aviso a navegantes, Dias Coelho, o amigo de Duarte Castel-Branco, Humberto Delgado, o General de infância abrantina, Marques Godinho, o fidalgo pedreiro-livre mandado matar por Santos Costa....) e uma guerra insolúvel....
Maria do Céu Oliveira Antunes Albuquerque,
presidente da câmara por acidente, ou melhor graças ao DIAP,
ameaça deixar um centro histórico destruído pelo betão e pela rendição incondicional ao mau gosto e ao lobby da chefa, uma paisagem rural de aldeias artificialmente estranguladas por planos de ordenamento desenhados para favorecerem objectivamente interesses especulativos, um concelho em haraquiri demográfico, meia dúzia de incompetentes de profissão avençados, processos judiciais contra donos de burros herdados de um burro que pensava que era um Chavez de parvónia, um concelho com as finanças exaustas e delapidadas a favorecer ou projectos megalómanos ou homens como o barão e o licenciado alentejano
e que mais????
pode-se comparar este reino cadaveroso (obrigado Jorge de Sena!) com o Portugal do animal de São Bento?????
pode e não pode.....
não pode porque o Cerejeira local não distingue entre um garfo de peixe e um de carne, apesar de saber distinguir entre uma nota de 500 € e outra de cinco.......
e o autêntico Cereijeira sabia comer decentemente......
pode, porque ao aplicar a política que o cartaz acima reproduzido representa, que foi a de Salazar dos anos 30, a de liquidar a instrução primária nos campos, num país com mais de 50% de rurais, se faz em Abrantes, agora, o mesmo fechando os
jardins das escolas das aldeias......
Miguel Abrantes, passando por acaso por este blogue......
(1) Esqueceram-se de dizer uma coisa, foi o Prof. Serras e Silva que pagou os estudos ao meu Amigo João Nuno Serras Pereira, que ficara órfão devido à morte precoce do seu Pai o dr. David Serras Pereira. Serras e Silva não fez mais que a sua obrigação. Era tio de João Nuno....
(2) Sofreu tanto na carne a Maria, o autor do livro esqueceu-se que não se chama dona a uma sopeira, que morreu virgem. Testemunho nas suas memórias do abrantino Rosa Casaco....
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