Ao lado de destacados vultos da Oposição, desde anarquistas (Campos Lima), maçons da velha linha republicana (Nuno Rodrigues dos Santos, Dias Amado) , comunistas (o escritor Mário Sacramento, Alberto Vilaça, etc), profissionais de várias especialidades, deixem-nos destacar o capitão Augusto Casimiro, que se cobrira de glória em La Lys, comandando tropa abrantina da Infantaria de S.Domingos, aparece o Advogado Vergílio Godinho, com banca em frente da Santa Casa.
Só duas mulheres, uma delas é a belíssima escritora Natália Correia, que tinha trazido um vendaval de vanguarda à rotineira vida cultural lisboeta, então partilhada entre oficialistas e estalinistas do neo-realismo.
É uma chamada às hostes oposicionistas, para preparar as eleições legislativas e as presidenciais de 1958.
mn
retirado do colega Silêncios e Memórias com a devida vénia
O excelente ''Silêncios e Memórias'', do Prof. João Esteves, faz referências a mais uma abrantina envolvida na Oposição activa à Ditadura em que medrou, casta e piedosa, Maria de Lourdes Pintasilgo
Trata-se da criação na Figueira da Foz duma delegação do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, organização unitária anti-fascista, a que esteve ligado o nome de Maria Lamas, a mana do General Vassalo de Silva, o derrotado Governador da Índia na invasão do território por Nehru
Entre as signatárias da carta, datada de 1946, dirigida à sede central, solicitando a criação da delegação:
e ainda a mulher do pediatra que tratava dos putos abrantinos a banhos na Figueira:
O estimadíssimo blogue Silêncios e Memórias dá conta da pertença do arquitecto Francisco Keil do Amaral, com larga obra no Tramagal e companheiro do Professor Duarte Castel-Branco em alguns estudos urbanísticos e na luta política contra a miséria fascista (em Abrantes animada por tipos como o Padre Narciso, Grande Dirigente e Educador da Mocidade Salazarista) à Loja Maçónica ''Revoltar ao Vale de Almada''.
Entre os membros da loja Manuel João da Palma Carlos, grande Advogado e Embaixador de Portugal em Cuba por curiosas circunstâncias e Babo, que conta isto nas suas memórias.
(imagem desviada aos Silêncios)
Ainda nos Silêncios fala-se do artista plástico Pedro Monteiro que teve grande colaboração com o poeta abrantino (de Torres Novas) José Alberto Marques.
mn
ps-Babo refere-se ainda ao grande poeta António Botto
O dr. João Esteves, dedica um 3º post à biografia da dirigente comunista e resistente Maria Fernanda Corte Real Graça e Silva e tem a bondade de se referir simpaticamente a este blogue.
O post tem mais algumas preciosas achegas biográficas sobre a jurista abrantina, em parte com base no livro ''Mulheres Portuguesas contra a Ditadura, de Cecília Honório, e revela por exemplo que um bufo abrantino (que espero que não tenha sido aquele que eu penso) enviou para a sede distrital da PIDE/DGS, em 1972, 2 fotos da mulher do Dr.Orlando Pereira, acompanhadas de referências ao filho, o meu amigo, Orlando.
Aqueles que na revista Zahara sustentaram a inactividade política da Drª Fernanda, nas décadas de 60 e 70, têm aqui o desmentido. A Pide seguia com atenção o que fazia... e o que fazia o Orlando...que também seria preso político depois do 25 de Abril. Essa é outra história.
Ainda não li nem o referido livro da Cecília Honório, nem o outro da Vanda Gorjão onde há uma entrevista de Fernanda Silva, onde fala sobretudo do MUD.
Não será demais recomendar que a Biblioteca António Botto compre esses livros, nem que o PCP faça justiça a Orlando Pereira e a Fernanda Silva.
Por mais que esteja nos antípodas ideológicos daquilo em que acreditaram, é naturalmente claro que enquanto Maria de Lourdes Pintasilgo medrava nos corredores do marcelismo, entre entrevista com diplomata ianque e beija-mão ao Cardeal António Ribeiro, a resistência, uma longa resistência à ditadura apostólica e beata, foi realizada por mulheres da fibra da mãe do Orlando.
Já chega de hagiografia beata e também já chega que a história do PCP tenha de ser feita (e muito bem) por historiadores como Pacheco Pereira.
Que problemas têm com o passado os comunistas de Abrantes?
ma
veja aqui o vídeo sobre o livro de Cecília Honório onde fala de Fernanda silva
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