O Caseiro Gomes, Vice da CMA e homem das obras, dá uma entrevista ao Médio Tejo, sobre S.Domingos.
Rotundo, diz, armado em estadista '' Falamos de dinheiro público. Temos de gerir esta casa e temos salvaguardar todas as situações que têm de ser devidamente fundamentadas”.
Refere-se às reclamações justas da construtora, que pede quase mais 500 mil euros, pelas paralisações na obra por culpa exclusiva da autarquia.
Diz que foram encontrados ''alguns achados arqueológicos'' (que chatice! cacos e ossos para complicar a vida à empreiteiragem) e que por isso a empresa teve de parar.
Já sabemos o que o Caseiro acha dos achados, foram encontradas pinturas medievais ''raríssimas'' em Santo Amaro e o homem despacha, célere, uma licença de construção para o edifício ao lado, que implica que a ermida passa a ser mera passagem para uma garagem.
Não avisa os colegas, nem o público que há lá pinturas, não vá o povo alarmar-se.
Se se tivessem feito as sondagens prévias em S.Domingos, a paralisação tinha sido menor.
Se fossem eficientes a contratar antropólogos para estudar as ossadas, a paragem tinha sido menor.
Vejamos o que dizem os técnicos:
'' Nesta altura iniciaram-se trabalhos que durarão até finais de maio de 2018, tendo-se identificado um conjunto significativo de sepulturas.
Infelizmente, os trabalhos terminaram antes do mês de junho, porque o contrato da antropóloga também terminou.
A sua segunda contratação também levaria muito tempo.
Foi entretanto feito contrato com empresa de serviços arqueológicos que contratou um desenhador e mais um antropólogo e permitirá, caso o trabalho assim obrigue, à contratação de mais arqueólogos.'' (..)(1)
Continuando, se o projecto de intervenção em S.Domingos tivesse traçado duma forma eficiente a história do monumento, isto não teria sucedido.
O ante-projecto de Duarte Castel-Branco para o ''Centro Cívico-Cultural no Convento de S.Domingos'' estudou a história do cenóbio duma forma exemplar, através da colaboração de Victor Pavão dos Santos.
O projecto do licenciado alentejano, um tal Carrilho da Graça, não fez isso, apesar de pago a peso de ouro.
Fala o Caseiro em '' dinheiro público'', como é que justifica que num projecto de 4 milhões, quase 25% da massa tenha ido ilegalmente para o arquitecto?
Já sabemos como é que a maioria do PS defende o dinheiro público, comprando oliveiras a 2 mil euros!
Continuamos, diz erudita, Filomena Gaspar: '' Relembramos que apesar dos trabalhos que se haviam já desenvolvido nas áreas limítrofes correspondentes à atual Biblioteca Municipal António Botto, curiosamente, não havia notícias de ocorrência de achados antropológicos.'' . Escrevia isto em 17 de Setembro de 2019, como desculpa para a descoberta inesperada das ossadas.
Em Dezembro de 2018, o valoroso Silva (2) tinha publicado na ''Zahara'', a lista, escrita por um frade seiscentista, dos abrantinos que lá estavam enterrados:(...)
''Simão Dias, da Rua dos Coelheiros, e seus herdeiros
Aqui jaz o Doutor Alvaro Ruiz -1575
Sepultura de Joseph Neto e herdeiros(....)''
Segue, porque são muitos mais
E a 17 de Setembro de 2019, aparentemente a sra Gaspar, ex-gerente da insolvente Ozecarus, não sabia de nada.
Qualquer pessoa que frequente arquivos sabia onde estava o manuscrito citado pelo Silva e que antes de escavar ou dar cabo do monumento era preciso lê-lo.
Mas pedir isto a esta gente, é demais.
ma
(1)-Relatório de Acompanhamento da Escavação de S.Domingos, 2019, da ex-gerente da Ozecarus
(2)- Joaquim Candeias Silva, ''Convento de S.Domingos de Abrantes (etc)'', Zahara, Dezembro de 2018....onde o ''académico'' publica obra de frade dominicano, sem dizer onde repousa o manuscrito, para impedir a concorrência de o estudar...
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