O Correio da Manhã destaca o Joaquim Faustino, era 2003. Esta placa homeageia-o.
(Raul Vieira Nery -facebook)
Placa no Tarrafal
Os edis de Abrantes que peregrinaram a Cabo Verde a ver os crioulos, não deram por nada.
Os historiadores oficiosos também não.
Para eles, como diria, Eduardo Lourenço, o fascismo não existiu. O que existiu foi inventar um passado para um tal Dias.
mn
Que querem o rosto dum jovem abrantino, o Faustino das Fragatas ou um rosto curtido pela perseguição e pela tortura fascista?
O primeiro é este:
O segundo é este, passara pelos Açores e por Angra, pelo Tarrafal , onde longos anos de cadeia e a tortura da frigideira deixou marcas, mas onde não vergou. (1)
Joaquim Faustino de Campos, de Rio de Moinhos, marítimo, foi preso em 1935 como comunista, transferido para o Aljube. E, em 1936, nova prisão, Aljube, transferido para Angra, no ''Carvalho Araújo''. Condenado a 540 dias de cadeia é mandado para o Tarrafal. E aí, desde 1936 a 1945, resiste ao Campo da Morte.
Libertado em 1945.
Em 1958, nova prisão, vários meses em Caxias.(2)
Na cadeia, no Tarrafal, o Faustino, conhecido pela sua força hercúlea, não se priva de dar uma sova-mestra no pide Seixas, um dos algozes da Ditadura,.
'' Seixas aproximou-se e com vagares e ares divertidos foi dizendo:
- Tiveram sorte. Chegaram estas cinco. E para o camarada Faustino, que havia muito andava provocando: - Tu não merecias isto...
Mas, mal lhe tocou com a carta no queixo logo foi esbofeteado e com tamanha gana que cambaleou.
Como não trazia arma, pois não era permitido andar-se armado dentro do Campo -não fôsse-mos nós arrancar-lhes as pistolas -, correu para
o guarda do portão. Estava de serviço o Cardoso que, justiça lhe seja feita; lha recusou e lhe virou as costas.
Joaquim Faustino foi levado à coronhada para a frigideira e ali foi espancado por seis guardas.'' (3)
ma
(1)- Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista ''Presos Políticos no Regime Fascista, 1932-35'', Lisboa, 1981
(2) Ficha Prisional, Torre do Tombo
(3) Título: TARRAFAL-Testemunhos, Autor: Vários,
Editorial Caminho, SARL, Lisboa, 1978
Encontrámos o Firmino da Bemposta, autor disto, que foi reproduzido a partir da obra, ''Luuanda há 50 anos'', da autoria de Francisco Topa :
O Firmino destacava-se ao lado do ex-reviralhista Azeredo Perdigão a condenar o merecido prémio dado a Luandino Vieira pela sua obra-prima Luuanda. O escritor estava no Tarrafal reaberto pelo distinto democrata orgânico Adriano Moreira
imagem desviada ao blogue ''do Porto e não só'''
três democratas orgânicos: o Caetano, o Azeredo e o Pai Tomás
eis mais um pormenor da biografia do Firmino
Ficamos a saber que os valorosos Legionários abrantinos se reuniam no
e se dedicavam a fazer exercícios no Castelo de Bode para proteger a barragem, inaugurada em 1951, contra um possível atentado islâmico-bolchevista.
A convocatória ao fascista Firmino diz que ele deve ser portador de ''talher''....
Uma dúvida me aterroriza, era um exercício militar ou uma patuscada o que iam fazer ao Castelo de Bode os legionários?
Qual era a profissão do Firmino?
Diz-me um passarinho que talvez fosse ferroviário.
Boletim CP 1929
ma
O tarrafalista Cândido de Oliveira considerou estes 12 homens responsáveis pelo Tarrafal, no seu livro '' Tarrafal, pântano da Morte''.
A toponímia local da Bemposta homenageia com justiça o grande bairrista Manuel Rodrigues.
ma
Victor Barros diz o seguinte sobre a pressa de Adriano Moreira montar um Goulag tropical
e ....
O Edmundo Pedro está com falta de memória. Qualquer dia faz um testamento a algum Cónego, em vez de ser ao Grande Oriente.
Devida vénia ao Doutor -Victor Barros, e o conselho comprem o livro.
mn
O ex-tarrafalista nonagenário Edmundo Pedro resolveu no Expresso, absolver o quase centenário Adriano Moreira de ter reaberto o Tarrafal para lá meter presos políticos.
A prosa desculpa-se devido à avançada idade do militante PS (com um passado curioso que inclui uma prisão por ter sido apanhado com armas na sequência do 25 de Novembro, prisão aliás noticiada na ''Gente'' do Expresso, com aleivosia e veneno por Marcelo Rebelo de Sousa (1)).
Mas há certas questões corporativas vigentes entre os ''filhos da viúva'',pelas quais interessa a certo lobby branquear o negro passado do advogadozeco de Bragança.
Acontece que a actividade do Ministro fascista do Ultramar, enquanto promotor de campos de concentração, não é um ''boato'' que anda por aí, aos saltos nas redes sociais, mas uma realidade demonstrada por sólidos trabalhos académicos nacionais e estangeiros.
Quem conta isto?
A Historiadora Dalila Cabrita Mateus, que morreu em 2014, autora duma vasta obra sobre a repressão colonialista e ainda a desencadeada pelo MPLA contra os nitistas, onde morreu Cita Valles.
Não só mandou abrir o Tarrafal, mas foi visitá-lo,enquanto Ministro do Ultramar.
Há muito mais e não vale a pena citá-lo, basta procurar na rede.
Se bem me lembro o fascista reciclado Adriano Moreira foi uma vez convidado a perorar pelos Rotários abrantinos.
E ninguém lhe perguntou: ''conte-nos a forma como se portou você, excelso democrata de 26 de Abril, com a Senhora Dona Palmira Godinho?''
E já agora, é V.Excelência ''filho da viúva''?
À primeira pergunta está o tipo por responder, há dezenas de anos, anotou Mário Soares num livro de entrevistas a Maria João Avillez.
ma
(1) As armas tinham sido distribuídas pelo Grupo dos Nove a democratas para combaterem o anunciado golpe gonçalvista,
Há uns anos Santana-Maia Leonardo e Belém Coelho propuseram que se desse uma medalha ao Conselheiro Maia Gonçalves, natural das Mouriscas, figura cimeira da magistratura, no dia da Cidade.
Por puro sectarismo foi vetada essa homenagem, enquanto com a conivência dum tipo que devia ter tido juízo na cabeça e que fora eleito pela Oposição, a maioria distribuía medalhas a torto e a direito aos maiores inúteis da cidade.
Para recordar Maia Gonçalves publica-se excerto dum discurso do Prof. Doutor Paulo Pinto de Albuquerque que recorda o papel decisivo do ilustre magistrado na reforma do sistema penal português.
Pinto de Albuquerque evoca um episódio em que Maia Gonçalves aplica o habeas corpus aos presos do Tarrafal, magnífica instituição penitenciária, reaberta graças aos esforços dum notório fascista, o Adriano Moreira, o licenciado que nunca se conseguiu doutorar em Portugal.
As criaturas que vetaram Maia Gonçalves por ignorância, fanatismo ou sectarismo mesquinho, nem sequer conseguiram perceber que estavam a ofender um deputado do PS, Vera Jardim, familiar do Conselheiro do STJ, que acompanhou Maia Gonçalves na denúncia das condições de detenção no Tarrafal.
Porque neste discurso também Adriano Vera Jardim era homenageado.
Face a esta miséria, há que dizer que nada os safa da mediocridade que os caracteriza.
A prosa podia ser mais assassina, mas não vale a pena.
Quem negou uma medalha a Maia Gonçalves objectivamente estava a homenagear os carcereiros do fascismo e o ultra que reabriu o ''Campo da Morte''..
Como referiu Marcelo Rebelo de Sousa a propósito do seu pai, o marcelista Baltasar, se o comparo com o Adriano Moreira dos anos 70, ''o meu pai era um perigoso esquerdista.''
mn
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