Segunda-feira, 24.08.20

Não se tem publicado nada sobre o teatro abrantino no dezanove. JM.Batista conta uma cena de 1844, no Teatro, que depois se chamaria Taborda, estavam os actores no palco e o público a ver a peça, quando chegou notícia duma revolução em Torres Novas.

O público abandonou em pânico o teatro e recusou-se a ver mais peças, deixando a companhia à míngua. Só não morreram à fome, porque a hospitalidade dos abrantinos lhes tirou a barriga de misérias.

Entretanto os revolucionários marcharam sobre Castelo Branco, ignorando a praça de Abrantes.

1844.png

JM.Batista, Jornal do Centro Promotor das Classes Laboriosas, 1853

O articulista refere-se à revolta de Torres Novas contra Costa Cabral e o público andava avisado, porque os insurrectos marchando de lá, aboletaram-se bem perto em Tomar, antes de demandar a capital da Beira Baixa.

Cá no burgo residia ampla colónia de refugiados espanhóis, conhecidos por radicais, e havia o temor que se juntassem aos alçados.Costa Cabral dá ordens para prender os ''anarquistas'' e conduzi-los em coluna militar para  o Forte de Peniche.   (1) Mais pormenores no artigo citado, que tem relevante informação sobre a situação militar da vila.

mn

(1)Ver artigo de Luis Dória na Análise Social sobre a revolta e a estadia do Barão de Leiria, em Abrantes, ao comando de forças cabralistas, no link. 



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Quinta-feira, 15.08.19

A Ordem Terceira da Vila de Abrantes já funcionava antes de 1571, no Convento de S.António, na Abrançalha. No sec XVII funcionava no Convento da Esperança.

convento da esperança igesparr

Mas o facto das freiras e noviças serem umas bisbilhoteiras e nalguns casos pior que isso ( Rodrigo de Bivar apanhou um processo inquisitorial por ser freirático ou seja ''engatatão'' de freiras), levou os Irmãos a decidirem abandonar a Esperança, para se verem livre das religiosas.

freiras curiosas

Frei Francisco de Santiago, Crónica da Província da Soledade, Lisboa, 1762

O bom do frade cronista não anotou se as noviças continuaram a ser umas puras donzelas, como eram as Meninas de Odivelas.

Odivelas era o Convento da bela Madre Paula, favorita do Magnânimo.

Por causa das freiras passou a Ordem Terceira para o Convento de S.António, onde está o edifício Pirâmide. Em 1717 iniciaram obras para aí fazerem nova Igreja, que ficou pronta em 1721.

Não sabemos se mandaram afixar um aviso proibindo a entrada às freiras da Esperança, por causa do recato e das moscas.

O processo do médico Bivar por cortejar freiras, discriminará se engatava as das Esperança, ou as da Graça. Ou a todas.

No inícios do século XX.....Solano de Abreu mantinha um harém de coristas no Convento da Esperança, então Teatro Taborda

.O Convento continuava a ser um depósito de puras donzelas, para recreio dos abrantinos.     

solano maltrapilhos AS

Nos intervalos escrevia coisas destas, que os seminaristas não consideram literatura abrantina, devido a terem saído da pena dum libertino.

Um dia deu um jantar a uns amigos, velhos conhecidos da boémia coimbrã.

Entre eles um Bispo.

No final da jantarada, animado pelo champanhe, disse à mulher do feitor: -Ò Maria, mostra a c....a Sua Excelência Reverendíssima.

Obediente e fiel, como eram as serviçais de antanho, a Maria iluminou o Bispo.

Terá ganho o Céu?

mn

créditos: Frei Francisco de Santiago

 

 

   

 



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Segunda-feira, 19.02.18

Image00005_derivada.jpg

 Como destruiram o Teatro Taborda e a Isilda ficou calada  

 

Gazeta do Tejo, 2001



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Segunda-feira, 15.01.18

teatro animatógrafo 1910.jpg

 A utilização dos Teatros abrantinos com fins religiosos e políticos é velha.

Em 1913 a fita educativa era o enterro dos frustrados chefes do 5 de Outubro, o suicida Cândido e o psiquiatra Bombarda abatido por um maluco na véspera da intentona

ma



publicado por porabrantes às 13:22 | link do post | comentar

Terça-feira, 03.06.14

 

 

 

Museu:
Museu Nacional do Teatro
N.º de  Inventário:
MNT 239015
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Espólio documental
Denominação:
Folheto da peça "O Rato Azul"/Tournée Artística do Ginásio/T. Taborda (Abrantes)
Título:
O Rato Azul
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Abrantes
Oficina / Fabricante:
Tip. Morgado
Datação:
1911 d.C.
Matéria:
tinta
Suporte:
papel
Técnica:
impressão
Dimensões (cm):
altura: 30.2; largura: 21;
Descrição:
Folheto da peça "O Rato azul", comédia em 3 actos, com tradução do alemão por Xavier Marques, levada à cena pela Tournée Artística do Gymnasio (Ginásio) (da qual faz parte a primeira actriz do Teatro Nacional, Augusta Cordeiro), no Teatro Taborda, em Abrantes, no dia 24 de Julho de 1911. Do elenco fizeram parte os seguintes actores: Augusto Machado, Telmo Larcher, Cardoso, Carlos Moutinho, Silvestre Alegrim, Julio Candeira, augusta Cordeiro, Sofia de Oliveira, Herminia, Guida Machado, Maria Correa, Candeira. A acção desenrola-se em Berlim no inicio do século.  Folheto amarelo com a identificação do Teatro, data, Companhia, nome da peça e seu tradutor, bem como o elenco.
Incorporação:
Doação - Manuel Bairrão Oleiro''
Ficha e imagem do Museu Nacional do Teatro
Naturalmente agradece-se ao ilustre museólogo abrantino  Dr. Manuel Bairrão Oleiro ter dado este programa do Teatro Taborda ao Museu Nacional do Teatro. É este Museu um dos melhores de Portugal e o local certo para guardar a memória do Teatro abrantino.
MN


publicado por porabrantes às 22:18 | link do post | comentar

Sábado, 12.11.11

 

Em 9-7-1911,o Jornal de Abrantes sob a assinatura de J.A escrevia '' espera-se a tournée dos artistas do Ginásio de Lisboa, a fim de dar três espectáculos no ''Theatro'', nos dias 24/25/ e 26 de Julho....representar-se-ão as magníficas e engraçadas peças ''O Olho da Providência'', ''Scherlock'' e ''Rato Azul  e o Dr.Zebedeu''. 

 

a 30 do mesmo mês apontava-se que tinham agradado imenso as ditas peças e os actores ''que o público premiou com repetidos aplausos foram: Telmo, Augusto Machado, Alegrim (sic) e Augusta Cardoso''

 

Fomos à procura duma foto de corpo inteiro da D.Augusta Cardoso, então primeira actriz do Teatro Nacional Almeida Garrett (a República saneara o nome de D.Maria II do teatro).

 

É naturalmente possível encontrar essa foto mas a pesquisa terá de ser mais demorada.....

 

Mas encontrámos um desenho de como seria a actriz uns dez anos antes   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Datação:
1900 d.C.
Descrição:
Figurino "D. Leonor" (Augusta Cordeiro) para 1º acto da peça "Sempre Noiva". Figurino feminino com vestido comprido aberto à frente, vendo-se uma segunda saia com folhos. Mangas com folhos. Segura na mão um leque. Tem anotações do autor sobre os materiais e cores a utilizar no vestuário. No canto superior esquerdo um carimbo da Sociedade de Artistas do Teatro D. Maria II. Peça "Sempre Noiva", original de Marcelino de Mesquita, levada à cena pela Sociedade de Artistas do Teatro D. Maria II em 1900. Interpretações de Sara Coelho (Abadessa), Pedro Teodoro (D. Alexandre), Emilia Lopes (D. Antónia), Lucinda do Carmo (D. Constança), Fernando Maia ( D. Francisco), Virginia Dias da Silva (D. Isabel), Augusta Cordeiro (D. Leonor), Carlos (D. Rodrigo), Ferreira da Silva (D. Vicente), Laura Ferreira (Francisca, a preta), Augusto de Melo (Frei Manuel), Laura Cruz (irmã Paula), Cardoso Galvão (José de Melo), Sara (Luisa, aia de Isabel), Carlos Posser (Marquês de Pombal), Joaquim Costa (Marrati), Manuel Nobre (Capelão), Judite (Teresa, aia de Isabel) e Laura Ferreira (freira)
Incorporação:
Compra - Livraria Histórica Ultramarina'' -Museu do Teatro
O Desenho faz parte do espólio do Museu do Teatro e o vendedor foi o Conde de Almarjão, dono da livraria citada, um dos melhores alfarrabistas que Portugal teve.
Um homem capaz de perder dinheiro só para impedir que um Arquivo importante saísse de Portugal.
Foi ele que comprou a maior parte do Arquivo dos Marqueses de Abrantes e o vendeu à Torre do Tombo. O que está no Arquivo Eduardo Campos, depositado por D.José Lancastre e Távora e família, é só uma pequena parte do que foi um dos mais importantes arquivos nobiliárquicos portugueses.
Podia ter sido comprado pela CMA ''tudo''? Podia....
Mas, vários Presidentes da CMA de antes do 25 de Abril e depois recusaram a compra.
Miguel Abrantes
Créditos: Livro de ''Apontamentos abrantinos do Sr. Eng.A.F.S.


publicado por porabrantes às 18:04 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11.11.11

imagem

 

 Confidenciou em 1911 a Diogo Oleiro, Solano de Abreu que a peça se chamava assim porque o seu olho clínico tinha visto uma actriz muito...

 

 

    

 

quase tão prometedora como, bem .....

 

Não escrevo mais, senão a Suzy chama-me TS......

 

Que vá chamar isso   ao Cavalieri...... 

 

 

M.Abrantes



publicado por porabrantes às 23:55 | link do post | comentar

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