No mesmo número (11-3-1897) do Diário Ilustrado onde se dava conta do assalto a casa de José de Sant' Ana, em Carnide, relatava-se que tinha sido aprovado em sessão camarária, um agradecimento ao Administrador do Concelho cessante, Emílio Segurado, que já se viu ser cunhado do cacique regional Avellar Machado.
O Administrador do Concelho era o delegado concelhio do Governador Civil, e este era substituído quando mudava o governo. A queda do governo regenerador e a instauração dum governo progressista (governava o José Luciano) levava ao abandono de funções do cabo eleitoral regenerador, que era ao mesmo tempo responsável pela ordem pública, fiscalização da Câmara, etc
Os seus correligionários faziam-lhe portanto uma homenagem quando ficava desempregado politicamente.
Como consta no texto a proposta era do irmão de José Eduardo Solano de Abreu, Tiago, definido como ''rico proprietário(1)'' que, passamos a saber, vogava em águas regeneradoras. Cacicava o Visconde da Abrançalha.
mn
o século XIX era trumpiano em Abrantes, era uma garantia para o eleitorado ter edis ''ricos'' ao que parece....
ps- A Cronologia do século XIX (E.Campos) traz mais pormenores sobre isto
Escreveu-me uma amável mensagem o nosso amigo D.Tomaz Mesquitella exprimindo o seu gosto por este blogue ( coisa que a malta agradece) e pedindo informações sobre a sua família.
O Tomaz é neto do fidalgo abrantino Dr. D.Manuel Mesquitella, com quem tive o gosto de trabalhar alguma vez em coisas relacionadas com o Grémio da Lavoura, já então transformado numa Cooperativa Agrícola, Abrantejo se bem me lembro.
Estamos (a malta que faz o blogue) a reunir informações que serão enviadas ao Tomaz por via particular.
Mas faltava neste blogue uma secção mais assídua de bibliografia abrantina e por isso
damos-lhe um conselho.
Pode encomendar aqui na Biblioteca António Botto, por um preço módico, esta pequena mas muito útil biografia do Dr.Solano de Abreu onde o publicista e investigador abrantino, o saudoso Eduardo Campos traçou a vida do lavrador, escritor, benemérito e político Dr.Solano de Abreu bem como as suas origens familiares.
Trata-se dum trabalho notável, que devia ser feito para outras famílias abrantinas (ricas ou pobres) e que foi uma encomenda da Escola Solano de Abreu ao Eduardo.
Estamos à espera que a Manuel Fernandes faça o mesmo sobre o seu patrono.
Na mesma Biblioteca há algumas colecçõess de jornais abrantinos que o podem ajudar naquilo que busca.
Mas não deixe escapar a baratíssima jóia que o Eduardo Campos fez sobre o irmão de Tiago de Abreu.
Um abraço
Marcello de Noronha
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