A Presidente da CCR Centro é Ana Abrunhosa, que esteve aqui a inaugurar o Welcome Center.
(...)
Sempre recusei recrutar pessoas por causa da filiação partidária na CCDR, apesar de o partido o exigir. Queriam que eu demitisse Ana Abrunhosa, uma socialista que era vogal do Mais Centro, a entidade responsável pelo QREN [fundos europeus], que também dependia de mim. Quando entrei devem ter pensado: aquele tipo nomeado pelo PSD é um boy e faz o que o partido manda. Não foi assim.''
A Ana Abrunhosa que o bloco PSD/CDS queria sanear terminou Presidente e o entrevistado na rua
(..)'' Os três seleccionados foram Ana Abrunhosa, António Queiroz… e eu. Mas foi nomeada a Ana Abrunhosa, que acabou por ser defendida pelas mesmas pessoas que antes exigiam a demissão dela.
(..)Um ex-presidente de uma CCDR perguntou-me porque é que concorri e disse que entre os três era fácil escolher. "Tu saíste em choque. O outro [António Queiroz] tinha um problema [com a insolvência de empresas]. A única hipótese era ela". Ainda me disse que eu, ao concorrer, tinha tirado a possibilidade de um boy do PSD estar entre os três finalistas e ser escolhido. Uma das pessoas que eles queriam colocar terá ficado em quarto ou quinto lugar.'' (...)
Como é que aprova um projecto?
'' Certa vez apareceu-me um presidente de câmara acompanhado por um empresário brasileiro que tencionava construir um hotel numa zona de reserva, o que implicava um estudo de impacto ambiental, com um campo de golfe com mais buracos do que o permitido. Foram pressionar-me para dar andamento ao processo, porque era um investimento que se ia perder. Eu disse que havia leis e regras a cumprir. O brasileiro explicou que precisava de um compromisso e eu respondi que não reduzia a qualidade nem a assertividade da avaliação. Reduzia os prazos ao mínimo legal de 60 dias, garantindo a assertividade máxima. O presidente da câmara contorcia-se. Não abriu a boca durante a conversa e estava constrangido. Aquilo era essencial para ele, um investimento que podia decidir eleições. Fez um papel um bocado triste. Para contornar o excesso de buracos no campo de golfe, o brasileiro argumentava: "Dividimos aquilo em quatro ou cinco campinhos e depois junta-se tudo". Eu disse-lhe: "O senhor é um artista". E ele respondeu: "Isto não tem nada de ilegal." Não queria acreditar: "Então o senhor não vê nada de ilegal nisto?" O projecto acabou por ter um estudo de impacto ambiental negativo.''
Tudo na Sábado, moral da história:
'' Hoje não recomendo a ninguém ser militante de um partido. São sítios de maus costumes. O que se aprende é que tendem a gerir as coisas de forma condenável. Nada tem a ver com ética nem a nada se pode aplicar a palavra ética."''
Um epitáfio sobre o regime, traçado por quem o viu por dentro: Norberto Pires.
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uma grande entrevista de Victor Matos
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