Faleceu subitamente o amigo Zé Bioucas, filho do ex-presidente da CMA homónimo.
Antigo aluno e companheiro do Colégio La Salle, era uma abrantino atento e crítico, empenhado na vida cívica e política do concelho, designadamente na área laranja.
Deu-nos o prazer de ser nosso atento leitor e comentador assíduo de bastantes posts aqui publicados.
Apresentamos os nossos sentimentos à sua família.
ma
O Zé Bioucas fez uma vez uma obra ilegal, uma vala e o Anacleto foi acusá-lo.
O Cónego demoliu ilegalmente o Jardim do Solano e o Anacleto, pacífico, continou a dirigir o coro nas missas do burlão.
Ou seja a beataria só acusa laicos !!!!
Requerimento n.' 2429/111 (1.')
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:
Ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, requeiro ao Ex.mo Sr. Director-Geral da JAE que me seja informado, face à actuação da Câmara Municipal de Abrantes na abertura de uma vala junto ao posto da Brigada de Trânsito em Barreiras do Tejo, freguesia de São Vicente, da cidade de Abrantes, que deu causa a um processo crime julgado em 30 de Abril de 1984, vala essa que impede o acesso de veículos à balança de pesagem da mesma Brigada, e, por consequência, me seja informado:
1) Foi pedida pela Câmara Municipal a competente autorização? Nesse caso, requeiro me sejam fornecidas fotocópias da correspondência havida;
2) Se não foi pedida e, por consequência, não concedida tal autorização, quais os mecanismos legais desencadeados por essa Junta na sequência de tal procedimento;
3) Finalmente, requeiro me seja informado se qualquer Câmara Municipal tem poderes para abrir valas na via pública sem autorização prévia.
Palácio de São Bento, 17 He Maio de 1984.— O Deputado do PSD, Anacleto B
1"0 Sr. Presidente da Assembleia da República:
Ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, requeiro ao Ex.mo Sr. Comandante--Geral da Guarda Nacional Republica que me informe, quanto à abertura de uma vala junto ao posto da Brigada de Trânsito, sito em Barreiras do Tejo, da freguesia de São João Baptista, na cidade de Abrantes, vala essa que impede o acesso de camiões à balança existente naquele posto, e, designadamente:
1) Para além do processo crime, cujo julgamento ocorreu no dia 30 de Abril próximo passado, que outras medidas foram tomadas, designadamente para repor a situação no seu estado normal;
2) Se a Câmara Municipal carece ou não de autorização desse Comando para poder proceder a obras que impeçam acessos a balanças de pesagem, como no caso;
3) Se porventura esse Comando tem ou não conhecimento de que a atitude da Câmara resultou do facto de elementos da GNR em serviço naquele posto terem autuado — ou tentaram autuar— um veículo pertença da Câmara Municipal de Abrantes.
Palácio de São Bento, 17 de Maio de 1984.— O Deputado do PSD
MINISTÉRIO DO EQUIPAMENTO SOCIAL
gabinete do ministro
Ex.m" Sr. Chefe do Gabinete de S. Ex.° o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares:
Assunto: Resposta a um requerimento do deputado do PSD Anacleto Baptista acerca da actuação da Câmara Municipal de Abrantes relativamente à abertura de uma vala junto ao Posto da Brigada de Trânsito em Barreiras do Tejo.
Em referência ao ofício acima mencionado, cumpre-me informar V. Ex.a do seguinte:
1) Ainda não foi pedida pela Câmara Municipal de Abrantes a autorização para assentamento da conduta elevatória de esgotos do Rossio ao sul do Tejo para a estação de tratamento de Barreiras do Tejo;
2) A |AE, através da Direcção de Estradas de Santarém, desencadeou os mecanismos normais de actuação em casos semelhantes, oficiando em 3 de Maio de 1984 ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, como resultado da informação recebida dos seus Serviços de Fiscalização;
3) As câmaras municipais não têm poderes para abrir valas na via pública sem autorização prévia da entidade que nela tiver jurisdição, a não ser que a via pública seja camarária;
4) A realizada pela Câmara Municipal, segundo sua posterior informação, confirmada pela |AE, consistiu em «proceder à substituição de conduta de água existente por nova conduta de água, a fim de evitar futuros trabalhos que possam danificar o novo pavimento» a ser em breve executado por empreitada em curso, fiscalizada pela Junta.
Com os melhores cumprimentos.
Gabinete do Ministro do Equipamento Social, 10 de Agosto de 1984. — O Chefe do Gabinete. Emílio Ricon Peres.
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
gabinete do ministro
Ex.™ Sr. Chefe do Gabinete de S. Ex. o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares:
Assunto: Resposta a um requerimento do deputado do PSD Anacleto Baptista pedindo informações relativamente à abertura de uma vala junto do Posto da Brigada de Trânsito em Barreiras do Tejo.
Em resposta ao requerimento em epígrafe, cumpre--me comunicar a V. Ex. o seguinte, de acordo com a informação prestada pela Guarda Nacional Republicana:
1) Em 27 de Abril de 1984, pelas 17 horas e
45 minutos, a Câmara Municipal de Abrantes, por ordem directa do seu presidente, determinou a abertura de uma vala, alegando a necessidade de substituir uma conduta de água, o que não estava, até àquele momento, planeado;
2) Momentos antes uma viatura da mesma autarquia havia sido fiscalizada e pesada na báscula do posto fixo e autuada por excesso de peso;
3) Ao ter conhecimento da abertura da vala, uma força desta Guarda deslocou-se ao local, verificando que uma máquina retroescavadora procedia aos trabalhos.
Ordenado ao seu motorista que retirasse a máquina, este não obedeceu, com a alegação que estava a cumprir ordens do presidente da Câmara;
4) Em 30 de Abril de 1984 o condutor da máquina foi presente em tribunal (julgamento em processo sumário), onde, estando presentes o presidente da Câmara, alguns vereadores, industriais de camionagem e advogados, foi condenado em pena de prisão e multa;
5) Muito embora a Câmara Municipal devesse informar a Guarda das alterações, por motivo de obras, que se iriam verificar, o certo é que a sua obrigação, neste caso concreto, era fazer essa comunicação à Direcção de Estradas do Distrito de Santarém e assegurar a passagem para o posto fixo;
6) A Câmara foi informada que deveria repor rapidamente o acesso ao posto fixo, permitindo a utilização da báscula por agentes de fiscalização, o que foi feito, encontrando--se actualmente a situação normalizada.
Com os melhores cumprimentos.
Gabinete do Ministro da Administração Interna, 25 de Julho de 1984. — O Chefe do Gabinete, Duarte Manuel da Silva Braz.
ma
Em declarações ao Médio Tejo, o Sr.Carvalho (M.Alegre dixit) veio desmarcar-se da cacique, acerca da localização duma nova travessia no Tejo, na região abrantina, tema que se discute há mais de 30 anos.
Cita o Carvalho, o Mira Amaral, e nesta notícia do ''Público'', o ex-Ministro culpa-o a ele, dizendo que devia ter sido a CMA a fazer o projecto da ponte e que por não o ter feito, não houve travessia.
Coisa que o Carvalho se esqueceu de explicar.
Diz a notícia que o projecto teria custado 200 mil contos ( 1 milhão de euros em números arredondados) e que a autarquia não tinha money.
Mas houve 1 milhão de euros da CMA para o Casal Curtido, onde o Carvalho foi episodicamente dos pequenos e médios projectos e houve 800. 000 euros para o arquitecto Carrilho da Graça para a torre fantasma de São Domingos, duas decisões do homem de confiança do excelso Alexandre Alves, aquele que quis comprar o BES, acenando com um banco inexistente.
Também houve, ainda no tempo do Zé Bioucas, afirmações dele (enquanto recandidato PS com o António Mor à ilharga) que a Ponte já estava aprovada em Bruxelas.
Falsidades desmascaradas pelo Mário Semedo, no Jornal de Abrantes, e que fizeram os caciques da época ameaçá-lo com um processo, por escrever a verdade.
Na primeira página do pasquim do Cónego, lá veio essa atoarda da aprovação na UE.
Está resolvida a localização da ponte, porque segundo o Carvalho, já há estudos de impacte aprovados?
Permitimo-nos duvidar....
Há outros estudos de impacte aprovados para uma travessia a localizar entre Constância e o Tramagal
De forma que o folhetim da ponte ameaça continuar.
mn
Presente o sr. Silvério Dias Frade
''
O munícipe referiu ainda que, bastante contrariado, vendeu à Câmara Municipal, durante o mandato de José dos Santos de Jesus, uma parcela de terreno, para que fosse rectificada uma curva na Estrada Nacional, tendo a escritura sido efectuada durante o mandato de Humberto Pires Lopes, desconhecendo se o terreno actualmente já está registado em nome da Câmara.
Dado que as obras não foram efectuadas, a referida parcela de terreno e o seu próprio terreno estão a ser utilizados para depósitos de lixos e de terras provenientes das obras da ETAR, verificando-se movimento de terras com bastante altura, o que pode originar algum acidente grave, dado que as crianças vão para lá brincar com frequência, pelo que quer reclamar desta situação, dado que segundo consta que o depósito está a ser feito com a autorização da Câmara Municipal e do Presidente da Junta de Freguesia.
O Presidente da Câmara referiu que deve queixar-se à empresa adjudicatária da obra “Construtora do Lena”, devendo enviar cópia da carta para conhecimento da Câmara Municipal.
Quanto à parcela de terreno os Serviços de Contencioso e Notariado irão verificar se o terreno já está registado em nome do Município.''
acta de 3-6-2002
Perguntamos ao Carvalho: isto é uma merda de resposta que se dê?
ma
"Queixa da Câmara Municipal de Abrantes contra os órgãos de Comunicação Social estatizados"
Foi algures nos anos 80, numa Assembleia Municipal. Celebrava-se numa fria sala de S.Domingos, outrora Igreja onde os frades oravam, D.Guiomar, Infanta de Portugal, fora sepultada e que a tropa profanara.
Fazia um frio dos diabos.
Era Presidente o Zé Bioucas e Vereadores da Oposição o eng. Herlânder Leitão e pelo CDS um tal Branco.
Francisco Correia Semedo era chefe de fila da APU e simultaneamente consultor jurídico do Município.
O povo só podia intervir no final da sessão e naturalmente o povo ficava a ver telenovela ou ia para a cama, porque tinha de trabalhar.
E também porque a qualidade da discussão era fraca e as sessões eram uma chatice.
O chefe da direita era um Anacleto.
Mas nesse dia um punhado de populares foi à sessão e resolveu falar.
O dr. Semedo deixava-se dormir a partir das 10 e meia até ao final da sessão.
Era o sono dos justos.
Terminaram de falar os caciques e todos queriam ir para casa,quando os populares começaram a protestar sobre uma pocilga que havia em Alferrarede e cujo aroma inquinava as casas vizinhas.
Face a isto, o Zé Bioucas berrou: ''Ò Semedo o que é que se passa com os porcos''?
Estremunhado acordou o Advogado e disse : ''Quais porcos?''
Depois, lá deu umas explicações atabalhoadas sobre o processo de licenciamento da pocilga, que estava no contencioso camarário....
Serve isto para dizer que o povo tem o direito a ser ouvido nas A.Municipais, antes que os políticos.
Porque é o povo que lhes paga.
E porque se o povo não está presente (como parecem querer), dia santo na loja.
ma
Morreu aos 87 anos,o Sr. Eng.José dos Santos de Jesus, ou seja o Zé Bioucas, toureiro frustrado (por causa da sua Mãe não seguiu a carreira de matador, como o seu amigo, o diestro Manuel dos Santos) industrial de reboques (com os irmãos um bocadinho mais abaixo da EICA), professor prestigiado na Escola Industrial e Comercial de Abrantes,colaborador na fundação do PPD de Abrantes, membro da 1ª Comissão Administrativa da CMA, 1º Presidente da CMA eleito em eleições livres após a Abrilada, posteriormente Presidente do CRIA e ligado ao longo da vida a inúmeras associações abrantinas e à vida cívica da cidade.
Geriu uma edilidade em tempos tormentosos, esteve muito tempo no poder até ser derrotado pela Direita Unida, comandada por Humberto Lopes (uma AD sem esse nome), retirou-se da política, mas nunca deixou de intervir, mesmo que fosse para fustigar os caciques como Nelson Carvalho e Maria do Céu Albuquerque
Mais que palavreado, é melhor ouvirem-no. O vídeo foi produzido pelo António Colaço, no blogue Ânimo, e reproduz-se com a devida vénia.
Era sobretudo um homem com um excelente sentido de humor, coisa de agradecer num tempo de cinzentões. Teve naturalmente acertos e erros, que não são, agora, para aqui chamados.
Uma vez o António Bandos disse-me que o Zé Bioucas era essencialmente uma pessoa que gostava de Abrantes e agia como tal. Nunca aceitou envergar nenhuma camisola partidária, coisa que só o honrou. Pertencia a uma velha família abrantina, com raízes no mundo industrial, ligada ao ramo automóvel (estou a ver os anúncios aos gasogénios Bioucas num velho Jornal de Abrantes).
Está na Capela de Sant'Ana ao lado da sua casa.
As nossa condolências aos seus familiares
a redacção
foto: Bioucas com manifestantes tramagalenses da MDF. Fragmento duma foto divulgada no Grupo Tramagal. Anos 80
Isto precisa duma aclaração. A rejeição da Central pela Assembleia do Rossio, foi proposta pelo dr. António José Serafim da Costa (AD). Assim que ele leu a moção, logo o sr. Amante (que era da APU) disse: se é contra a poluição está já aprovada.
Foi aprovada por unanimidade.
Inquirido em Assembleia Municipal, quando a CMA ainda não tinha se tinha pronunciado, o Zé Bioucas disse: ''Não queria falar nisso...'' - mas lá falou.
Revelou que os edis abrantinos tinham ido a França, a convite da EDP, visitar centrais termoeléctricas.
''Vi uma ao lado da praia e as pessoas estavam todas contentes a tomar banho. Aquilo não polui coisa nenhuma''.
Depois os políticos aprovaram por unanimidade na Assembleia Municipal a vinda da Central.
Numa sessão convocada pelo PPD, no Convento de S.Domingos, o eng. Carlos Pimenta quase foi o maior crítico da Central.
Um engenheiro da EDP berrou que não havia nenhum protesto. Lá teve de passar por mal-informado e recebeu a moção rossiense, enquanto corava e o eng. Pimenta se ria.
Mas o eng.Pimenta tinha-se rido mais, quando recebeu uma delegação de forças vivas a protestar e o Presidente da Abrantejo, um brigadeiro lhe disse :'' Não queremos lá em Abrantes, uma central dessas.'
Então o que é quer?
-Queremos uma coisa moderna : Uma central nuclear.''
ma
anos depois dizia o Zé Bioucas o contrário
Na A.M. de 25 de Abril o representante do PS disse isto: (...) Que iniciaram no nosso Concelho, uma das grandes vitórias da “revolução de Abril” que constitui um dos pilares estruturantes da democracia, que é o Poder Local Democrático. Referimo-nos aos homens que em 17 de Julho de 1974 formaram a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Abrantes:
Presidente – Francisco Lopes Correia Semedo – MDP/CDE;
Vice-Presidente – José Joaquim Brito Ribeiro Vasco – MDP/CDE;
Vogal – José dos Santos de Jesus (Bioucas) – PS;
Vogal – João Camarinhas dos Reis – PS;
Vogal – Afonso da Silva Campante – PCP;(.....)
Acontece que durante toda sua vida o eng.Bioucas foi independente e fez gala disso.
Veja-se esta entrevista ao Mirante:
Onde confessa claramente a sua admiração por Sá Carneiro e diz que acha que mataram o fundador do PPD
De forma que era de agradecer ........que não filiassem o Zé Bioucas a título póstumo numa agremiação a que se recusou a pertencer em vida.
Só espero que não venham ainda dizer que o falecido Zé Bioucas gostava muito do mamarracho do Carrilho da Graça.
ma
ps- acho que vou contar a recusa do dr.Orlando em fundar o PS de Abrantes...feita a ....
foto A.Municipal
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Só por colocarem o Hospital com este enquadramento urbanístico, construindo uma muralha de betão que tapa a vista da colina da vila medieval e do Castelo, a edilidade onde mandava o Bioucas e o Mor, demonstrou para a eternidade que tinha da paisagem uma concepção digna da Reboleira de Baixo.
Ou da Buraca, ou da Quarteira.
Só por isso os dois merecem ser remedalhados pela enésima vez.
Quem teve esta lata, merece medalhas de lata.
Que pena não haver uma tela da Mary Lucy a retratar a reboleirização da cidade de Abrantes....
ma
ps- já não me lembro do nome do tipo que andou a comprar, através do compadre, uns terrenos no Vale da Fontinha. Receberá medalha o compadre? Se não recebe, grossa injustiça....
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